Governos passados acham que o problema da questão do desemprego se resolve dando tempo e dinheiro para o desempregado arrumar um novo emprego.
Por isto aumentaram recentemente o “aviso prévio”, que dá mais tempo para o desempregado achar novo emprego.
Ou o FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, onde o trabalhador recebe dinheiro para poder sobreviver enquanto procura um novo emprego.
E o seguro-desemprego, erroneamente atribuído a outros políticos, que foi instituído pelo Governo Sarney, pela lei 2.284, de 10 de março de 1986.
Art. 25. Fica instituído o seguro-desemprego, com a finalidade de prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, ou por paralisação, total ou parcial, das atividades do empregador.
Art. 27. O benefício será concedido por um período máximo de quatro meses ao trabalhador desempregado que não tenha renda própria de qualquer natureza, suficiente à manutenção pessoal, e de sua família, nem usufrua de qualquer benefício da Previdência Social ou de qualquer outro tipo de auxílio desemprego.
De fato, arrumar um novo emprego leva tempo, mas não somente isto.
Muitos que perdem o emprego precisam de treinamento porque ficaram obsoletos.
E quem melhor para retreiná-lo?
O futuro empregador.
Hoje, a maioria das empresas possui programas de treinamento por duas razões.
A primeira, porque o ensino público é de péssima qualidade no Brasil com enorme viés anti-empresa.
Todas as demandas das empresas para uma melhora no nível de ensino são normalmente recusadas, a favor de matérias como Sociologia, Filosofia e Cidadania.
Em vez de matérias como Administração Financeira Pessoal, Organização e Métodos, Redação Comercial, jamais dadas.
Recentemente, o Conselho Universitário da Universidade de São Paulo expulsou a FIA – Fundação Instituto da Administração, por ensinar um curso de pós graduação em Administração, curso que a USP se recusava a fazer internamente.
A segunda razão pelos cursos internos de treinamento que os trabalhadores fazem, onde muitos dos cursos são específicos de cada empresa.
Nada do que se aprendeu na faculdade é útil para a Google por exemplo, cujo exame de seleção normalmente são testes de inteligência e não de conhecimento.
Em vez de gastar fortunas de dinheiro de impostos para dar 3 a 4 meses de tempo para o trabalhador arrumar um novo emprego, administradores prefeririam dar para as empresas o dinheiro necessário para empregá-los imediatamente, e o dinheiro ser usado para o curso de treinamento já existente nas empresas.
O invés de dar 4 meses de seguro desemprego em dinheiro e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, os Administradores criariam um programa onde este dinheiro iria para o futuro empregador, em troca de emprego imediato com 4 meses de treinamento. Um ganha ganha.
Pesquise “Perdeu o Emprego?” e você não encontrará entre as primeiras 200 referências nenhum site do governo brasileiro dando conselho para o desempregado. Esta seria uma outra medida a ser feita pelo Partido Bem Eficiente. Vamos criá-lo enquanto há tempo.
6 respostas
Concordo com o senhor. Mas falando mais diretamente não existe desemprego no Brasil. Faltam pedreiros, carpinteiros, domesticas, serralheiros, mecânicos, operadores de maquina, motoristas…..estou me referindo a profissões que não exigem curso técnico avançado, só para constar que não existe desempregado, existe vagabundo!!!!! Qualquer cidadão com um pouco de força de vontade está empregado nesse Brasil de hoje!!!!!
Apoiado!
Bem… Essas teorias, são excelentes no pensamento, nas discussões e no papel. Como o Comunismo, nos livros, é bonito e nos faz refletir sobre quase tudo. Mas na prática, não é bem assim! Se o Brasil fosse a Holanda, Suécia, Alemanha, teria, com certeza o resultado esperado em 98% dos casos.
Aki, os “empresários” arrumariam algumas notas frias, para “comprovar” o curso/treinamento dado, e EMBOLSARIA a verba dada pelo Governo. Infelizmente…
O Paulo disse tudo, o que temos são vagabundos e não desempregados!
Olá, Professor Kanitz e a todos!
Interessante à tese da realimentação com o seguro desemprego e o FGTS. Porém, explique-me, professor:
Se o FGTS teria toda a sua totalidade empregada na reeducação profissional do empregado?
Se esse dinheiro funcionaria como um condicionante para que as empresas admitissem a pessoa em seus quadros?
A empresa, na qual esse profissional estivesse trabalhando, poderia custear a reeducação profissional dele e mantê-lo em seus quadros?
Esta medida garantiria a empregabilidade do profissional na empresa?
Esta medida garantiria uma condição de vida superior, a que se tem hoje, quando da aposentadoria desse profissional?
Desde já, obrigado pela atenção!
Nossos governantes tem que deixar de lado as divergências políticas e unir em prou de uma nação melhor que venha gerar empregos e pais de família possa dar uma melhor quantidade de vida a sua família