O Que Nos Faz Humanos


Os genes que nos faz humanos são os mais recentes, não estão tão adaptados e sedimentados.

Muitos genes animais com o tempo serão desligados, como 90% do genoma humano que é lixo genético que nós carregamos sem necessidade.

Fidelidade masculina é um comportamento humano recente, um gene por assim dizer ainda em desenvolvimento.

Faz muito mais sentido hoje um homem ser sexualmente fiel, do que gastar o seu tempo em motéis seduzindo mulheres e torcendo para que elas nunca engravidem.

Mas nem todos adquiriram o gene da fidelidade, ou ainda tem o gene da promiscuidade animal ligado, por isto talvez ele tenha sofrido tantas recaídas, perdendo a sua batalha com os genes animais.

Somos menos humanos do que gostaríamos, porque não sabemos ainda o que é ser humano.

Mais um exemplo que discutiremos em detalhe mais adiante.

Muitos intelectuais brasileiros, sociólogos e historiadores fazem suas ciências com a premissa de que o ser humano é egoísta.

Que o ser humano é ganancioso, que só busca o lucro, danem-se os outros.

Rose Marie Muraro, é mais do que taxativa, “homem é egoísta, mulher é altruísta”.

Uma frase ofensiva aos homens, o que provavelmente era a intenção da autora, mas que não se justifica no mundo acadêmico, pautado como deveria ser na ciência.

Hoje, geneticista sabe que um antepassado nosso egoísta não sobreviveria sequer um único dia, ninguém conseguiria caçar mamutes sozinho.

Até hoje, quem quiser produzir tudo sozinho produzindo bens somente para si morrerá de fome.

É o triste futuro de todos que acreditam no “artesanato”, na “economia solidária”, no professor de universidade que dá aula “sozinho”.

O que nos faz humanos não é o gene do egoísmo é o gene da cooperação.

Cooperação que vai desde a relação homem mulher na família até a cooperação das 200 pessoas que trabalham no hospital do seu bairro.

Se tiver um funcionário egoísta ou se o marido for egoísta e a mulher também, nem preciso dizer o que irá acontecer.

Cooperamos porque queremos o bem de todos, e é assim que nós avançamos, pela cooperação e não pelo egoísmo.

Por isto, a Ciência da Administração está lentamente substituindo a Economia, a Política e a Sociologia. Administração lida com a cooperação de pessoas estranhas entre si, 2.000 a 30.000 delas.

Não que ela seja uma ciência superior, mas a Administração sempre partiu do princípio da cooperação como força motriz que rege o movimento civilizatório, e o administrador sempre se preocupou em aprimorá-la, estimulá-la e incentivá-la.

Hoje, a ciência da administração é a terceira opção do jovem brasileiro, depois de Medicina e Advocacia.

Se o seu futuro marido ou esposa é formado em Administração, seu casamento já começou na trilha certa.

Você terá alguém que acha que a essência do ser humano é a cooperação, e não a centralização do poder na mão de um dos dois, do homem provavelmente.

 

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Comentários

9 respostas

  1. “Cooperamos porque queremos o bem de todos, e é assim que nós avançamos, pela cooperação e não pelo egoísmo”, vale ressaltar que muitas vezes cooperamos não por princípios religiosos ou por bondade, mas por puro pragmatismo, que começou lá nos primórdios da jornada humana, quando a nossa raça percebeu que era mais fácil sobreviver cooperando ao invés de competir abertamente um contra o outro. Não creio que algum dia o ser humano será totalmente altruísta, pois o nosso “chassi biológico” é extremamente animal.

  2. Parabéns pela visão diferenciada, estamos num mundo de aparências e você consegue mostrar a essência do ser humano. O capital nos faz a propósito perder a fé na cooperação, com isso vendem mais, pois cada membro da família precisa ter uma televisão cada comodo e não um único aparelho na sala de tv para todos assistirem juntos e discutirem o conteúdo dos programas televisivos, dividir para enfraquecer. Somos no intimo comunidade.

    1. Desculpe, Darci. Mas o capital não tem o poder de nada. O que existe é uma natureza humana muito poderosa que impede um altruísmo mais amplo. Nem mesmo entre coletores de alimentos que nem sabem da existência do dinheiro, a cooperação é absoluta. Repare que é comum os chefes de tribos terem mais esposas e outros privilégios que os demais. A natureza humana é paradoxal mesmo, somos competitivos e colaborativos.

  3. Excelente! Costumo sempre diferenciar o ser humano do que chamo de “bicho homem”.

    Esta discussão sobre egoísmo é longa. O argumento maior é que, mesmo alguém agindo cooperativamente, ou ainda autruísticamente, age por razões egoístas.Seja pelos benefícios obtidos ou pela satisfação atingida.

    Mas este argumento é óbvio. Não acredito que faça diferença se alguém sente medo perante uma situação de crise, mas sim se ele toma ações que refletem as um ser humano corajoso.

  4. Calma lá com essa premissa inicial!!
    Nós somos 98% iguais aos chimpanzés mas, se considerarmos a “receita genética” do que nos torna humanos, ainda há bastante variação. Não há 2 humanos iguais. Nem os gêmeos idênticos são totalmente idênticos já que estão sujeitos a variações ambientais (os efeitos epigenéticos). Por exemplo, pode haver gêmeos “identicos” (monozigóticos) em que apenas 1 é autista! Outra questão: “90% do genoma humano é lixo” já caiu por terra há algum tempo. De fato a maior parte do genoma não é codificante para proteínas, mas é determinante na regulação da expressão destas proteínas. Ou seja, boa parte do genoma não tem a receita de como fazer as proteínas, mas contribui com a informação de quando, onde e quanto deve ser feito de cada uma destas proteínas.

  5. O que nos faz humanos…

    A menos de algum conhecimento que eu não tenha, a diferença entre animais (irracionais) e humanos (racionais) é que os últimos têm capacidade (mental) para decidir se e quando irão se comportar de acordo com seus instintos (genéticos ou aprendidos).

    Eu chamo ISSO de livre arbítrio!

    Para mim, esse é o diferencial que qualifica os humanos (se bem que não muitos, neste planeta, se enquadrem).

  6. Caro prof. Kanitz, no começo de seu texto você cita uma premissa que já caiu; está desatualizada. É esta: ”
    como 90% do genoma humano que é lixo genético que nós carregamos sem necessidade.

    Novas pesquisas já estão desvendando que a maioria do que se acreditava ser “Junk DNA” na verdade tem utilidade, e muita utilidade.

    Sugiro trocar esta parte.

    1. Sim e não. Na minha opinião, 90% são proteinas que eram uteis no passado, mas que desligamos. Em vez de deletar, a prudencia gentica determina que no as mantenhamos, que diz que no futuro nao vamos querer usa las novamente. Mas hoje nao servem para nada.

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