A Segunda Onda e o Sucesso Reprodutivo

É relativamente mais fácil para nós, casados e aposentados, nos resignarmos que nessa segunda onda do Covid teremos de ficar mais seis meses em casa e distantes de aglomerações.

Mas pensem do lado da rapaziada, descrita pela imprensa como irresponsáveis e que banalizam o perigo.

Psicologia Evolutiva possui um termo Sucesso Reprodutivo, um dos objetivos primordiais de cada indivíduo de uma espécie.

Se não forem bem sucedidos nessa etapa da vida, toda a sequência de transmissão de genes se torna perdida.

Por isso, para uma moça de 32 e todos os jovens confinados há mais de sete meses, esperar mais seis meses pode ser uma sentença de morte reprodutiva.

Portanto, faz muito sentido os jovens se arriscarem, diante da alternativa.

A solução não é proibi-los, a solução é achar meios para que os jovens possam se encontrar aleatoriamente, sem risco.

Já há muitos imunizados por exemplo, que podem se encontrar sem susto ou sem risco de contaminar.

Há formas de fazer zoom’s com 40 casais aleatórios, não sou especialista nessa área, mas a solução é criatividade e não confinamento.

Só estou alertando que os jovens não estão sendo irresponsáveis na sua intenção, estão achando que os riscos são menores que a recompensa.

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Comentários

6 Responses

  1. Os jovens saberão como se encontrar com riscos reduzidos. Não precisam os governos quererem ensinar a eles como isto deve ser feito. Basta orientar as medidas de proteção

  2. Para os jovens mais próximo, faço sempre uma conta para mostrar a importância do COVID. Seguinte: em 2019 morreram de gripe 2.6 MM de pessoas no mundo. Temos mais 23 dias para igualar a 2019. O COVID oficialmente matou 1.2 MM em 2020. Outras gripes mais 0.5 MM. Conclusão: 0.9 MM de pessoas precisam morrer para igualar a um ano normal. Com certeza não serão os jovens. Talvez alguns Alemães porque eles queriam matar Brasileiros para salvar a Amazonia, ou os negros Americanos que querem acabar com os Latinos, ou os Argentinos? não! Isto não tem nada haver com futebol. Vai uma cerveja ai?

  3. Os jovens não estão sendo irresponsáveis? Aglomerações, contaminação de idosos e pessoas vulneráveis? Já há muitos imunizados? Há artigos seus, professor, excelentes. Este, foi infeliz.

    1. Não imputo o artigo como infeliz. Creio que, por estarem os jovens e toda a população obrigados ao confinamento, buscam alguns poucos locais para se reunir. Se pudessem fazê-lo livremente, talvez não houvesse tantos confinamentos.

  4. Realmente existem vários pontos a se levar em conta. Podemos colocar ainda os anos de vida perdidos, por exemplo. Na epidemia de influenza H1N1 foram muito mais anos de vida perdidos, mesmo com menos mortes, porque afetou principalmente os jovens, ao contrário do covid.

    Outro ponto é que o ser humano é biologicamente um ser social. Indivdualmente é bem mais frágil que outras espécies na natureza. A evolução humana se deu à base de socialização. Ai de uma hora pra outra literalmente temos que ignorar milênios de evolução para se trancar sozinhos, sem socializar… Era de se esperar que muitas pessoas tivessem e tenham dificuldade com isso. Não fico surpreso com furos de lockdown, e me atrevo a dizer que são esperados até, é muita ingenuidade achar que uma lei vai moldar um comportamento biológico.

  5. Professor, compreendi o seu feliz artigo. Como disse a um querido amigo a pouco. Sempre houve riscos e que isso nunca foi impeditivo, justamente contando com a criatividade.
    Grato

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