Não Sabemos Mais Dialogar

Não Sabemos Mais Dialogar

A sociedade brasileira está passando por uma ruptura na comunicação, marcada por uma crescente polarização e pela dificuldade em engajar-se em diálogos produtivos e baseados em evidências.

Comentários nas mídias sociais geralmente são a favor ou contra, sem contribuir para a discussão.

Nossos jornalistas apenas noticiam o que lhes interessa, e não o que é relevante para o leitor; por isso, estão em declínio.

Os 10% da população que detêm 40% da renda não são os mais ricos, como acreditam alguns economistas de esquerda, mas os mais velhos.

Afinal, nós, os pais, ganhamos em média quatro vezes mais que nossos filhos.

Somos justamente aqueles que ainda leem jornal, mas jornais como Folha, Estadão, Correio, e Globo nos agridem diariamente com termos como “endinheirados”, “capitalistas” e “burgueses”.

Esses jornalistas, que nem mesmo conhecem seus leitores, estão dando tiros no próprio pé.

Os algoritmos das redes sociais tendem a mostrar conteúdos que reforçam nossas crenças, criando câmaras de eco.

Isso isola os indivíduos de pontos de vista divergentes e apenas alimenta a polarização, ao invés de promover um meio-termo.

A confiança nas instituições, jornalistas, intelectuais, mídia e especialistas tem diminuído ano após ano, gerando ceticismo em relação à informação baseada em evidências e aumentando a desinformação.

As conversas públicas, especialmente online, priorizam conteúdos emocionais e sensacionalistas, que se espalham mais rapidamente do que discussões ponderadas e equilibradas.

O discurso político tornou-se altamente tóxico, com lados opostos se vendo como inimigos, e não como oponentes com visões diferentes, o que enfraquece o debate construtivo.

Com o enorme volume de informação disponível, torna-se difícil distinguir entre fontes confiáveis e desinformação, gerando confusão e afastamento de discussões baseadas em evidências.

O Brasil está passando por uma ruptura na comunicação, marcada pela crescente polarização e pela dificuldade em engajar-se em diálogos produtivos e baseados em evidências.

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Comentários

Uma resposta

  1. Na minha opinião, a responsabilidade por isso é do presidente da república e seu departamento jurídico que no passado era conhecido por STF. Não dá para haver diálogo com um dirigente político que antes de assumir prometeu se vingar do país e de quem o mandou com justiça para a cadeia. Não há também, como haver diálogo com um judiciário inchado e venal que põe em liberdade bandidos conhecidos.

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