Antes de ler, decida.
1. Governos podem imprimir moeda sem lastro para pagar dívidas de Estados que vencem.
2. Moeda é uma instituição de confiança, que não pode ser aviltada para resolver um problema de gestão financeira.
Guedes decidiu assustar o Congresso que se ele não conseguir pagar os credores da dívida interna cada vez mais desconfiados, ele irá imprimir irresponsavelmente moeda para quitá-la, gerando hiperinflação.
Essa é uma das opções que a maioria dos economistas acham que dispõem, quando não tiverem como saldar a dívida.
“Nenhum país quebra na sua própria moeda” é um ensinamento comum em salas de aula.
Decretar falência não é uma opção porque admitiria a incompetência da administração financeira dos que quebraram o país.
Em vez de quebrar os credores idiotas que emprestaram para um governo gerido por intelectuais, esses intelectuais preferem quebrar o país com uma hiperinflação.
Imprimindo moeda para saldar a dívida, os primeiros a receber compram rapidamente ativos reais e se safam da hiperinflação futura.
Por quanto tempo seremos geridos por indivíduos que não medem limites éticos para se manter no poder, em vez de termos uma administração responsável das nações, com gente preparada para administrar um país, e não imprimir dinheiro falso que é crime contra os mais pobres?
Pior, o Congresso não está nem aí para saldar a dívida de banqueiros e assets idiotas. Muito menos desestatizar estatais ineficientes e cortar gastos do funcionalismo público para pagar dívidas dos outros.
Ou seja, soluções erradas (imprimir), assustar as pessoas erradas, gerar pânico à toa, quando a solução é decretar falência, vender todos os ativos, despedir todos, dar calote nos aposentados por falta de fundos de capitalização.
Um caos eu sei, mas começar do zero é melhor do que resolver por hiperinflação.
Ou estou errado? Tenho avisado há mais de quatro anos.
5 respostas
Apocalipse é logo ali. Antes, achávamos que outros países poderiam ser um porto seguro. Agora o mundo inteiro quer ser um Brasil
Querem ser um Brasil???
Querem é ficar LONGE do Brasil do Bolsonaro…
Estará fazendo exatamente a definição do Friedman, “a inflação é apenas um fenômeno monetário”.
O Friedman alertava que a dívida mais dia menos dia obriga a emissão. Não é privilégio de governante brasileiro, Deocleciano roubava 2% do ouro e causou inflação na Roma Antiga. A Alemanha se acertou com a hiperinflação e passou a ter um dos maiores crescimentos do mundo, a crise de 1929 é que quebrou tudo.
Os governos gostam de inflação porque desengessa o orçamento quase todo composto de grana carimbada. Como a arrecadação aumenta em termos nomianis, joga-se esse aumento em “excesso de arrecadação” e faz-se o que quiser. E quem paga a maior parte da conta são os pobres cujo dinheiro vai todo para o consumo. Em um país, no qual a arrecadação é majoritariamente de impostos sobre o consumo, e com os pobres não percebendo, é fácil.
Não adianta, o Guedes não vai deixar quebrar o que já está quebrado, a emissão faz parte da estratégia dos credores, preferem isso a um calote. Vai emitir adoidado e dane-se o amanhã. Teria que ser santo para não fazer isso. É muita tentação.
Se avisa a 4 anos falamos do final do governo Dilma e nossa insolvência vem de lá ! O mundo ocidental a Japão já operam a juros negativos há mais de 10 anos e nada se resolveu ! Se vai emitir para pelo menos trazer a dívida de volta para o patamar antes da pandemia não vejo risco de hiperinflação mas melhor equilíbrio fiscal sem aumento de carga tributária ! Reformas tributárias e administrativas dependem de congresso irresponsável savel ! Idem privatizações ! Sua proposta é viável em sistema autocrático com congresso fechado e STF aposentado ! Me parece uma utopia sem propósito !
Na minha família fui o único a dizer que o Guedes é um fanfarrão chicaguista que adora suas teorias monetárias e inflacionistas. Não presta. Ainda bem que já tomei providências para retirar tudo o que tenho desse país gerido por Doutos Idiotas.