O Erro Crucial de Keynes

Espero que meus seguidores já estejam convencidos de que qualquer teoria econômica que esqueça uma variável crucial é incompleta e perigosa.

Keynes nunca estudou administração, parece que no seu grupo de Bloomsbury nem havia um industrial, por isso eu atribuo que facilmente ele se esqueceu da variável crucial.

Capital de Giro, termo que ele usa uma única vez em Teoria Geral, mas em outro contexto.

Capital de Giro Próprio não faz parte das equações propostas por Keynes. Isso é um fato.

Ele simplesmente esqueceu uma variável crucial.

Quantos de vocês já entraram numa loja, e comentaram que o movimento estava fraco?

“É, o dinheiro anda curto, diz o lojista.”

Foi essa frase que fez Keynes pensar que os problemas em recessões eram dinheiro curto ou falta de demanda.

Afinal o produto estava lá produzido, embalado, prontinho na prateleira, só faltava dinheiro na mão do consumidor.

Jean-Baptiste Say discordava, dizendo que o fabricante daquele produto já tinha pagado o material, os empregados, a embalagem, portanto dinheiro tinha sim na praça, a famosa Lei de Say.

Talvez o preço estivesse errado, o produto não era da cor certa ou era de má qualidade.

“A oferta gera a sua própria demanda”, dizia Say um administrador de fábrica, que fundou a primeira escola de administração em Paris.

Na época de Say e Keynes não havia supermercados nem muitas lojas de departamento com produtos prontos na prateleira.

Tudo era encomendado pelo cliente, a costureira, o marceneiro, o empreiteiro, que pediam um adiantamento de 30% digamos, o famoso sinal.

Isso por falta de capital de giro, para girar os negócios, e colocar o ciclo da Lei de Say em movimento.

Mas Keynes confundiu falta de demanda com falta de capital de giro ou adiantamento.

Por isso, o Keynesianismo erra a dose, 30% a mais do que necessário, e eventualmente gera inflação.

Milhares de livros foram escritos sobre Keynes, e é assustador que nenhum desses autores notou a falta de uma das variáveis mais importantes do comércio.

Que hoje pelo menos os supermercados têm, e poucas lojas aceitam encomendas e pedem 30% adiantado.

O Brasil não cresce depois do plano Real não por falta de demanda, mas por falta de capital de giro para colocar a Lei de Say em movimento.

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Comentários

4 Responses

  1. Como fazer essa conta ou pensamento funcionar para setores onde o custo tem origem global? Não me parece uma conta tão simples de fazer e me faz a voltar o pensamento no sentido de que um poupança curta não necessariamente baixaria a demanda e sim os preços, o que consequentemente aumentaria a necessidade do capital de giro e o custo de capital.

  2. Olá Professor
    Acho que na parte dos supermercados está faltando um dado importante na sua análise. Os supermercados compram tudo a prazo, recebem a mercadoria, vendem e depois de 30 a 60 dias pagam para os fornecedores. Quando maior a renda maior é o prazo de pagamento. Quem financia os grandes são os pequenos que produzem e levam de 60 a 90 dias para receber.

  3. É isso mesmo professor. Como o senhor tem sempre ensinado nesse seu exercício, o capital de giro próprio das 500 maiores empresas nacionais foi totalmente corroído pelas perversas políticas fiscais dos entes federados que, dele, se apropriam e malversam. Àqueles que, como os supermercadistas e outros grandes compradores, podem impor aos seus fornecedores um “prazo de égua” para quitar suas compras, vêm o seu capital de giro “de terceiros” lhes propiciar o conforto ótimo do negócio. E, via de regra, bonzinhos, oferecem ao fornecedor um banco, normalmente seu, para lhes antecipar recebíveis a juros módicos de 2% AO MÊS. Eta fazendão grande e bobo como alguém já apontou.

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