Livros Que Recomendo

Depois que eu recomendei o livro “A Auto-Estima de Seu Filho”, de Dorothy Briggs, recebi vários pedidos sobre outros livros que eu achava que valiam a pena serem lidos.

 

Não sou um especialista em tudo, portanto o máximo que poderei fazer é sugerir alguns livros que me influenciaram no passado.

Os primeiros da lista são “The Evolution of Cooperation” (“A Evolução da Cooperação“, já traduzido) e “The Complexity of Cooperation”, de Robert Axelrod.

São dois livros imperdíveis de uma nova ciência que irá modificar uma série de Ciências Sociais.

Os dois livros, apesar de serem teóricos, explicam alguns de nossos mais sérios problemas como corrupção, parasitagem, porque o Brasil não consegue criar laços de cooperação mútua e porque o brasileiro não se auto-organiza e por isto vive à mercê do Estado.

Este livro mostra a necessidade de aumentar os laços de confiança entre a sociedade, como o trabalho voluntário na comunidade, e originou a criação do  site www.filantropia.org e www.voluntarios.com.br.

A Auto-Estima do Seu Filho”, de Dorothy Briggs, foi reeditado pela Martins Fontes, depois da minha recomendação, e está disponível.  É o melhor livro sobre como criar filhos que eu li e usei nos meus primeiros 20 anos como pai.

Teaching Thinking“, de Edward de Bono, toca o dedo na ferida da educação, e todos os seus livros tratam de como ensinar a pensar, algo que nosso ensino esqueceu com o tempo.

I Am Right You Are Wrong“, outra crítica ao nosso ensino, e “The Happiness Purpose“, também de De Bono, têm uma filosofia de vida moderna muito bem elaborada.

De Bono é um tanto arrogante e cheio de si, mas não deixe isto influenciá-lo contra as coisas sensatas que ele diz.

The Vision Of The Anointed“, de Thomas Sowell, é necessário para entender alguns intelectuais e professores universitários que temos.

Sowell é um economista negro que teve a coragem de denunciar o intelectualismo americano e por tabela o brasileiro, e explica o porquê da arrogância típica dos nossos dirigentes, intelectuais e da nossa elite política.

Ele acredita que países que dão certo são aqueles que processam, colhem e disseminam informação entre seus membros corretamente. Algo que ainda não sabemos fazer se analisarmos friamente nossas universidades e a nossa imprensa. Leia também seu “Knowledge and Decisions“.

The Worlds Religions“, de Huston Smith, é um excelente livro para quem ainda não definiu para si qual o verdadeiro sentido da vida.

Pergunta que por sinal é melhor ser respondida quando ainda se é jovem, do que quando for tarde demais.

Democracy in America” (“Da Democracia Na América“, já traduzido), de Alexis de Tocqueville, é um clássico da teoria política que tem muito a ver com o Brasil.

Fala das origens do comunitarismo americano que os Estados Unidos estão esquecendo, e que o Brasil nunca desenvolveu.

How Good People Make Tough Choices“, de Rushworth Kidder, é um excelente livro sobre como pessoas tomam decisões difíceis.

No fundo, um livro sobre ética. Leve, sem a chatice usual dos livros de Moral e Filosofia.

Pathfinders“, de Gail Sheehy, foi um livro que eu achava que se tornaria um clássico da Psicologia e Sociologia, o que não aconteceu, não sei o porquê.

Gail entrevista 300 pessoas consideradas modelo nas suas comunidades, e descreve o que é ser bem sucedido. Não em termos de dinheiro, mas em termos de respeito da comunidade e dos amigos. Psicólogos definem “normalidade” a partir dos pacientes e dos “neuróticos” que eles atendem nos consultórios, uma amostra cientificamente questionável. Gail sai a campo, descobre e entrevista as pessoas consideradas exemplos nas suas comunidades: “Quem você acha o máximo na sua cidade?”

Faltou divulgação ou os psicólogos estão atados às suas antigas fórmulas e modelos. Economize em terapia lendo este livro.

Liberdade Para Aprender“, de Carl Rogers.

Não sei se este livro continua empolgando, mas eu me lembro aos 23 anos ter começado a lê-lo às 10 horas da noite e não parei até às 6 da manhã.

Se você está cheio do que lhe ensinam na escola, este livro vai mudar a sua vida.

 

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Comentários

5 respostas

  1. Se fosse tão fácil assim ter formação para compreender literatura inglesa. Uma pena as editoras estarem investindo cada vez menos na tradução de obras estrangeiras. Até alguns livros de P.F.Drucker não têm tradução. Uma lastima.

  2. Leiam também “História da Riqueza do Homem” de Leo Huberman. Um dos livros mais bem produzidos e transcrevidos da história. O livro mais não-didático que já li.

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