Cuide de Sua Integridade Intelectual


O futuro é para ser feito, não para ser previsto.

Esta é a grande linha divisória que divide administradores de um lado, e os sociólogos, cientistas políticos e acadêmicos de outro.

Muitos cientistas sociais tentam prever o futuro, para administradores o futuro é feito com suor e lágrimas.

A maioria dos administradores não pretende ficar rico assessorando especuladores, porque a maioria acredita que o futuro não dá para ser previsto.

O máximo que cada um de nós pode fazer é ter uma vaga ideia do que poderá acontecer, podemos saber o jeitão da coisa, e nada mais.

Existe sim uma luta de classe neste país, mas é entre aqueles que acham que o futuro é científico e previsível e aqueles que acham que o futuro traz surpresas que precisam ser bem administradas.

É a luta de classes entres os intelectuais que acham que sabem, e o resto da população que acha que não sabe tanto, mas trabalha produzindo coisas todo dia, não ideias.

E, para piorar a situação, a maioria dos intelectuais não é motivada por dinheiro. Se fossem não escolheriam a profissão de acadêmicos.

Intelectuais são movidos por prestígio, entrevistas na imprensa, plateias e programas de televisão.

Aparecer em público ou simplesmente aparecer, é a sua moeda de troca, a sua motivação.

E aí a questão que todo intelectual é forçado a enfrentar é: devo dizer o que eu penso, ou devo dizer o que a plateia quer ouvir.

Se meu compromisso é com a integridade intelectual, a minha opção é a primeira.

Se meu compromisso é com a vaidade, a segunda opção é que vence.

Ser pobre e ao mesmo tempo desconhecido é a morte para o intelectual.

Pobreza foi o preço que ele pagou para conseguir a fama intelectual.

Todo professor reclama de seus baixos salários, e com razão.

Intelectual paga um preço muito alto se disser algo que nenhum veículo publica ou jornalista quer ouvir.

Woody Allen retrata este personagem no filme Zelig. Zelig é uma pessoa tão amável, tão desejosa de agradar que concorda com tudo o que a pessoa ao lado diz.

Só que Zelig acaba indo ao psiquiatra com sério problema. Ao querer ser todo mundo, ele acaba sendo ninguém.

Sendo ninguém, e não tendo opinião própria, ele acaba esquecido, o contrário do que o intelectual politicamente correto maria vai com a onda do momento pensa.

 

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Comentários

2 Responses

  1. Esse tipico detalha de colocar sua posição acima de tudo pode lhe custar muito caro, frequentemente nós temos que aceitar situações que não concordamos porque precisamos do salario no final do mes para pagar as contas.

    Mas sem duvidas, sempre busco um meio de colocar minha visão, nem que seja com um olha de reprovação, para que todos saibam que eu vou fazer mas discordo que isso deveria estar sendo feito.

    O exemplo acima citado também me vem duas situações … uma seria o seriado americado Dr. House, onde ele expõe de maneira sarcástica sempre a sua opinião e realidade de maneira crua. Outra seria uma frase do celebre Martin Luther King …. ” Para criar inimigos não é preciso declarar guerra …. Basta dizer o que pensa”

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