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Há mais de 50 anos se discute Política Monetária ou Política Fiscal, ou ambas, como forma de reduzir a inflação.
Como no Brasil é quase impossível reduzir os gastos do governo, que são inflacionários em momentos de pleno emprego, nossos Políticos optam por Política Monetária, aumentando os juros, como fazem nos Estados Unidos.
Juros somente um pouco mais altos aumentam brutalmente os preços a prazo, ainda mais aqueles com 10 vezes “sem juros”.
Assim, como dizia Che Guevara, se pode endurecer no combate à inflação com “ternura”.
Quem compra a vista não é afetado pelo aumento dos juros, mas quem compra à vista, 2, 3 até 10 vezes, é prejudicado proporcionalmente ao prazo, e deixa de comprar reduzindo a inflação.
Mas como nossos Institutos de Pesquisa, começando com o IBGE, não trazem estes preços a valor presente, o tiro sai pela culatra.
Pior, em países pobres como no Brasil, não é o aumento de juros que vai impedir um pobre de comprar a sua primeira televisão, a sua primeira geladeira.
O famoso “homus economicus” ou “expectativas racionais” funcionam em países que possuem uma cultura administrativa e financeira disseminada.
Por isto o varejo que vende a prazo aumenta ao mesmo tempo o número de prestações.
Assim a prestação continua a mesma e o consumidor continua comprando.
Mas o estrago não para por aí.
Aumentar o prazo, segundo o modelo econométrico que desenvolvi em 1982, aumenta a Superestimação da Inflação.
É o que está ocorrendo hoje, e vai ocorrer em dezembro.
Fornecedores estão aumentando o Prazo, “pague somente no ano que vem”, e em dezembro o varejo vai aumentar o prazo de crédito.
Se você trabalha no Bradesco, é parente de Joaquim Levy, ou conhece o responsável por um Instituto que calcula inflação, tente mostrar este erro brutal, porque eu nestes 40 anos não consegui.
Nem mais me preocupei depois de 1994, quando achei que a inflação jamais iria subir desta maneira.
A volta da inflação por erro de mensuração é realmente dar um tiro no pé.
Uma resposta
Que burro, dá zero para ele!