Funcionários Ruins, Fornecedores Ruins, Clientes Ruins, Gestores Ruins, o Que Mais Falta?

Nenhuma empresa sobrevive se um desses players falhar na sua responsabilidade coletiva.

Infelizmente, o Brasil tem mais um player que inviabiliza o país e especialmente as empresas.

São os acionistas ruins.

O Brasil tem acionistas para lá de péssimos e disfuncionais.

Primeiramente são as empresas familiares, geridas agora pelos filhos e genros, depois que o empreendedor mor faleceu.

Só essa semana li sobre três famílias que estão se digladiando pela posse das empresas de seus pais.

Saad, Saraiva e Maksoud: acionistas brigando entre si não ajudam em nada suas empresas atoladas em dívidas e mais dívidas.

A Esquerda brasileira é forte no Brasil porque muitos esquerdistas associam capitalismo com empresas familiares, como Odebrecht, e querem acabar com esses acionistas retrógrados e incompetentes.

O Brasil tem também mais de 150 empresas Estatais, onde o Estado é um péssimo acionista.

Nada entendendo do negócio, por exemplo, Eike Batista era um Engenheiro Ferroviário construindo barragens da Vale, e Ministros de Estado aparelhando a diretoria com amigos e parentes.

Para piorar a situação, 15 Fundos de Pensão brasileiros, a maioria Estatal, tem enorme ingerência sobre mais de 100 empresas, e são acionistas distantes e não comprometidos.

Nenhum dos indicados por estes na Vale, por exemplo, era sequer administrador para poder fazer parte do Conselho de Administração.

A maioria dos conselheiros está lá para suplementar seu salário como funcionário público, casos notórios foram a Dilma e Guido Mantega na Petrobras.

Fundos de Ações também são geridos por acadêmicos, matemáticos, estatísticos, economistas, que permanecem acionistas por quatro meses em média, e no primeiro sinal negativo se livram de suas responsabilidades, vendendo suas cotas na Bolsa.

Assim, o que sobra são as empresas familiares que ainda são tocadas pelos seus donos originais.

Esses sim pensam a longo prazo, descascam os pepinos diários e possuem visão do negócio.

Mas faz 20 anos que não vale mais a pena empreender no Brasil, e esses pioneiros originais estão sumindo ou morrendo.

Assim o Brasil jamais será bem administrado, pois nem bons acionistas temos.

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Comentários

2 respostas

  1. Estou num dos quadros citados: engenheiro que virou pequeno empresário. Não vejo sucessão na família, pois a única filha já declarou que pode ser tudo menos engenheira…
    O que tenho visto é um número de empreendedores, muitos como alternativa a desemprego. Alguns darão certo – e vão se deparar com a situação acima. O que seria melhor: trazer gestores profissionais ou capacitar empreendedores técnicos?

  2. Kamiya
    Sou administrador pela GV advogado pelo
    Mackenzie, estufei na França e Inglaterra, especializar-me em empresas familiares e em governança corporativa etc e tal e não consigo dar consultoria para nenhuma empresa familiar e nem ser membro de conselho de administração delas. Infelizmente viver em toda razão a turma é muito ruim

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