Entenda o Futuro Político do Brasil

Tempo de leitura : 2 minutos


A direita tem medo da classe média, que a classe em ascensão poderá lhe tirar o poder. A esquerda odeia a classe média, especialmente os Marxistas, porque são compostos de pequenos burgueses.

Por isto vemos esta aliança entre a esquerda e a direita, do PSDB com o DEM, do PT com o PMDB, que tem sempre uma vítima, a classe média.

A direita, (Globo, Empreiteiras e Bancos) financia e usa a esquerda para destruir a classe média, que é moderada ou liberal. Por isto a imprensa e as Universidades são contra o Neoliberalismo e Liberalismo.

A direita cria barreiras protecionistas obrigando a classe média a comprar mais caro do que o mercado demandaria.

E com a destruição da classe média desaparecem os valores de sacrifício pela família, da filantropia e do voluntariado, da cooperação mútua, educar os filhos e escolher bem seus professores, médicos, policiais e assim por diante.

Valores como comunitarismo foram sendo destruídos em nome do estado máximo, aquele que hoje controla 68% do nosso PIB. Veja as novelas da Globo, que são um massacre aos valores da classe média.

Mas o golpe letal na classe média foi a revolução de 1964.

Os militares, em nome da direita, fizeram tudo o que a esquerda acreditava.

1. Estatizaram a economia.

2. Centralizaram o câmbio.

3. Controlaram os preços.

4. Criaram o Ministério de Planejamento Central.

5. Censuraram os dois únicos veículos da direita liberal, o Estado de São Paulo e a Veja.

6. Romperam os acordos militares com os Estados Unidos, compraram uma tecnologia nuclear da Alemanha recusando a tecnologia testada da Westinghouse.

7. A la Gramsci colocaram mais de 400 intelectuais no poder, na sua grande maioria professores de economia da USP e FGV RIO.

8. Criaram planos decenais e quinquenais e chamaram o movimento de Revolução de 64.

Que grupo de direita se auto denominaria de Revolucionário?

Nossos Militares nem eram de direita, uma mentira veiculada pela esquerda há mais de 50 anos. Isto você só encontra em países muito ricos, por uma simples razão.

Em países pobres, militares ganham pouco, como todos.

Eles também se preocupam com a pobreza, a incompetência dos governantes, a corrupção desenfreada dos nossos políticos.

Militares também são idealistas, talvez mais do que a maioria, dispostos a morrer pela causa, neste caso a Pátria.

Não conheço ninguém da direita disposto a morrer pela Pátria.

Na primeira encrenca vendem suas empresas para uma multinacional e mudam de país.

Militares, como a esquerda, acreditam na igualdade salarial, onde todos ganham o mesmo salário independente do desempenho na guerra.

A direita acredita em esforço remunerado em dinheiro, os militares e a esquerda acreditam em prêmios e medalhas.

Militares acreditam que é o Estado que precisa lhes providenciar comida, casa, aposentadorias, educação, saúde e treinamento, igual a maioria dos militantes de esquerda.

Militares acreditam em disciplina partidária, centralização e forte hierarquia como a esquerda.

Ou seja, militares têm uma mentalidade bem mais próxima da esquerda do que da direita.

Quem espalhou esta mentira de que militares são de direita apesar da estatização, controle de preços, juros, câmbio, salário mínimo, Ministério do Planejamento estatal, censura do Estadão e na imprensa em geral, tortura de presos políticos, fim de eleições livres, voto indireto, fim da democracia, tudo que a direita e os liberais se opuseram?

Na realidade, a revolução de 64 se tratava de mais uma luta entre duas esquerdas, como vemos hoje a luta entre PSDB e PT.

Os militares eram social nacionalistas, e é fácil entender o porquê. Militares têm de defender a Pátria, ou seja são nacionalistas.

A esquerda que queria tomar o poder em 1963 era Leninista, ou seja Social Internacionalista.

Queriam um outro mundo possível, uma Internacional Socialista. Como hoje querem o Bolivarianismo.

Esta facção é dominada por intelectuais, professores de Sociologia, Economia, Filosofia, Urbanismo e Arquitetura, Educação, Higiene, Assistência Social, Política e a maioria dos jornalistas.

Uma das primeiras medidas dos militares foi dar um golpe mortal aos seus inimigos de causa, e revogaram uma lei que isentava todo jornalista de pagar o imposto de renda.

Era um privilégio hipócrita do jornalismo brasileiro, e os militares sendo esquerda, lutam contra privilégios.

Jornalistas brasileiros nunca perdoaram esta redução de 25% nos seus salários e foi uma das razões da derrocada da ditadura militar.

O que é assustador é que todo jovem brasileiro acha que a revolução de 64 era de direita, financiada pelo Tio Sam.

Justamente Tio Sam, que adoraria ter comprado a Petrobras, a Telebras, a Sabesp, e mais 500 empresas que viraram estatais na ditadura militar.

Constituições de direita são caracterizadas pelas obrigações que cada ser humano tem de assumir com relação aos outros.

Para a direita, cidadania é justamente o elenco de obrigações, não sujar a rua, não publicar notícia falsa, pagar seus impostos.

É a esquerda que define cidadania como direitos, como aposentadoria, escola grátis, saúde grátis, transporte grátis, comida, cultura, esporte, etc.

Não há no Brasil mais debates sobre que direita queremos.

Nenhum intelectual ou jornalista sequer abre a discussão se queremos a direita comunitária japonesa, ou a direita de comitês alemã, ou a direita de governança americana, ou a direita socialmente responsável inglesa.

Este tipo de discussão foi suprimido neste país desde 1964 e mais acentuadamente a partir de 1984.

Nem eu sei direito quais são os valores da direita moderna, não conheço nenhum pensador de direita brasileiro de fato.

Como a classe média foi destruída, só sobraram as 5.000 famílias de extrema direita, e uma casta de 500 intelectuais e políticos de esquerda, como Dilma, José Dirceu que em nome dos trabalhadores, vão dividindo o bolo entre si.

Algo para se Pensar

 

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Comentários

4 Responses

  1. Texto fantástico, o Brasil nunca acreditou em mão invisível do mercado, mas sim em mão pesada do estado. O estatismo dos militares no entanto acertou mais que o do PT e do PMDB juntos. Pró-alcool, bacia de campos, tupi, hidrelétricas, mercado de capitais, banco central, muita coisa eles fizeram. Até onde fracassaram, como na política habitacional, acredito que o legado para o povo foi menos desastroso, uma coisa é morar numa casa ruim mas quase de graça da COHAB ou ganhar o privilégio de pagar uma ninharia pela casa do BNH graças a hiperinflação, outra é o Minha Casa Minha Vida, que endivida a pessoa pela vida toda por um imóvel padrão COHAB a preço irreal, supervalorização que mais dia menos dia vai levar o país a uma bela crise financeira.

  2. Caro Prof. Kanitz, voltei ao topo para conferir se o texto era seu mesmo. Desculpe, deve ser o seu pior texto. Que enorme confusão de papeis. Os militares só queriam derrotar os revolucionários comunistas. Nunca entenderam que o que temos hoje (socialismo) é o velho comunismo sem a estatização da propriedade. Empreiteiras e banqueiros nunca foram e nem serão de direita ou de esquerda, são apenas dinheiristas, capitalistas nunca. Me parece que o senhor já disse que não é capitalista, só assim se pode admitir sua enorme confusão. Quando o senhor tenta defender o PT da nisso. Tenho enorme apreço pelo Senhor, mas por favor, reveja este artigo.

    1. Não vi tentativa de defender nem esse nem aquele partido.

      Ao contrário, vi uma postura que tenta retirar a máscara colocada pelo PT e outros partidos que se promovem como a “esquerda legítima”. Essa “desinformação” acontece através de críticas forjadas ao governo militar (o qual deve mesmo ser criticado, mas pelos motivos certos), de uma postura “revanchista” em relação às alas da esquerda que não alinham com eles (e isso vale tanto para o PSDB quanto para os atuais partidos da classe operária, como o PCO e o PSTU) e, finalmente, através de associações ideologicamente paradoxais, como as alianças com o PMDB (da qual o PSDB também é culpado), as privatizações dos aeroportos e campos petrolíferos (outrora tão criticadas) e as “parcerias” com grandes empreiteiras e conglomerados empresariais, através do lobby e do financiamento ilícito de campanhas.

      Para mim, o professor Kanitz tentou mostrar as consequências dessa posição contraditória para o país, e, em especial, para a classe média.

  3. O artigo resume a situação atual, não só no Brasil, como em vários outros países: a classe média foi suprimida e os valores associados a essa classe foram deturpados.

    A meritocracia se tornou algo negativo. Os valores de comunidade, de bairro, de cooperação foram substituídos por fantoches de jargão ideológico. As empresas privadas não estão mais interessadas na boa gestão e optam tanto pelo lobby – para obter favores públicos e remediarem sua má administração – quanto pelo marketing social e ambiental, que na maioria das vezes é ilegítimo e as torna muito mais parecidas com “sepulcros caiados” do que com empreendimentos de sucesso. Na Europa, as medidas de austeridade colocam peso sobre a classe média. Nos EUA, fala-se em “efeito ampulheta” e até as agências de marketing estão direcionando seus trabalhos ou para os mais ricos ou para os mais pobres.

    O Brasil, claro, sofre com todos esses problemas, mas com algumas particularidades. Aqui, o governo se “esforça” para colocar mais pessoas na classe média (programas assistenciais, redução do IPI veicular, mudança dos parâmetros que separam a classe média da baixa) e aumentar o poder de consumo da população (sem elevar, de fato, a qualidade de vida). Ao mesmo tempo, a classe média é criticada pelo braço ideológico do governo (artistas e filósofos, todos ricos), chamada de “coxinha” e “reacionária” quando percebe que está sendo passada para trás. Ou seja, ao invés de se manter como parte da sociedade, a nossa classe média virou um mero título para manipulação eleitoreira: o recém-chegado a ela é exaltado, para que dê seu voto a quem, supostamente, o colocou lá; e o que nela já estava é coagido a manter a boca fechada e a carteira aberta, sem condições de escolher outro caminho político. A máscara colocada sobre a ditadura militar, classificando-a como extrema-direita, submissa e entreguista só serve para fomentar essa relação.

    No artigo o senhor fala de duas esquerdas, uma que alcançou o poder em 1964, pela via militar, e outra que alcançou o poder em 1986, pela via pseudo-democrática. Concordo com a dicotomia, mas discordo de que se trate legitimamente da esquerda. Inclusive, destaco suas próprias palavras: “É a esquerda que define cidadania como direitos, como aposentadoria, escola grátis, saúde grátis, transporte grátis, comida, cultura, esporte, etc.” Nem antes, nem hoje, podemos observar uma iniciativa governamental em prol da educação, da saúde, do transporte, da cultura, da reforma previdenciária… Por aqui, estamos sem direita e sem esquerda, aleijados em termos de representação política…

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