Tempo de leitura: 85 segundos
Infelizmente, eu prevejo um futuro onde a corrupção irá continuar apesar do Moro, da Lava Jato, por três razões.
- As corrupções no Brasil não foram detectadas pelo Departamento de Auditoria da Petrobras, nem pelos Auditores da Petrobras, nem pelo Tribunal de Contas da União.
Elas foram descobertas graças à delação premiada de pessoas. Isso é muito grave.
Corrupção deveria ser detectada sistemicamente, naturalmente.
- Se os emails e os computadores tivessem sido criptografados, pouca informação sobre o Palocci ou Lula teria sido descoberta, por exemplo.
Daqui para frente, tudo será criptografado. Codinomes tipo Italiano ou GM jamais serão usados, e poucas pessoas serão “copiadas”.
90% das evidências da Lava Jato deixarão de ocorrer no futuro. Inteligente!
- Com o PT a corrupção saiu do controle e envolveu 18 tesoureiros e economistas, dezenas de bancos em vários países, centenas de operações, até de R$ 9.000,00 à compra do pedalinho.
Esse erro, outros partidos políticos no futuro não farão.
Se tudo fosse centralizado num único tesoureiro com poucas operações, usando uma única corretora financeira, como é feito num outro partido, nada seria descoberto, como, aliás, não foi.
Como não houve nenhum movimento até agora para fortalecer a classe dos auditores do Brasil, da função da auditoria, do ensino de auditoria, da criação de faculdades de auditoria, a corrupção continuará, mas desta vez não será detectada.
E as 10 Medidas Contra a Corrupção, do Ministério Público, não servirão para nada, por não entenderem a essência do que é administração.
Como ocorre na Itália, onde a corrupção após a Operação Mãos Limpas somente piorou.
2 respostas
Sempre pensei algo parecido. Se uma quadrilha em atividade, pilhando o erário, tem seus métodos de comunicação e pilhagem descobertos, por que as outras continuarão a usar os mesmos métodos? Para serem desbaratadas e presas também? Vão permitir que esquemas de beneficiamento coletivo sejam encerrados por uma falha bisonha dessas? Nesse exato momento, quadrilhas de ladrões do colarinho branco acompanham o noticiário para conhecer os métodos de investigação de PF e MPF e, assim, poder escapar deles. A casa até pode ser intencionalmente derrubada, mas nunca desabar pela estrutura ruim.
São ferramentas de fiscalização e punição que faz o ser humano temer as coisas erradas. Pode ser lei, pressão de grupo social ou desconto na mesada do filho.
Um exemplo de mecanismo que funciona, não é perfeita, é a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo.
Os policiais na rua quando ficam sabendo que tem viatura da corregedoria na área respeitam ou temem.
O agente público que tem que fazer as coisas funcionarem tem que ter poder, mas se errar tem que ter punição imediata e exemplar, para também temer os próprios atos errados.
Coronel PMESP da Reserva