Quantos de vocês pensaram que longevidade é um item de consumo, e não uma obrigação da companhia de seguro?
Os custos médicos e de saúde estão aumentando assustadoramente no mundo todo. Nos Estados Unidos crescem 15% ao ano e já correspondem a 15% do PIB, e com o envelhecimento da nossa população um dia será o mesmo valor no Brasil.
Isto não significa que médicos ganharão mais com este crescimento, pelo contrário. Médicos que já recebem mal vão receber cada vez menos e terão problemas médicos cada vez mais difíceis nas suas mãos para resolver. Isto já vem ocorrendo nos últimos 10 anos no Brasil e é a razão da deterioração do atendimento geral em medicina.
Honorários médicos são cada vez mais uma parcela menor do custo de medicina, o grosso dos dispêndios vai para hospitais, remédios, exames clínicos, serviços de enfermagem e seguros contra erros médicos. E no fundo, todos estes agentes concorrem entre si neste orçamento geral cada vez mais limitado.
Culpar as empresas de seguro-saúde ou o governo por esta situação é não entender corretamente o problema. E por não entenderem o problema, a maioria das medidas tem sido no sentido de manter uma constante pressão para redução de custos, o que só piora a situação.
Precisamos entender o problema real por trás destes problemas, porque atualmente médicos, hospitais, laboratórios e seguros-saúde estão numa guerra de todos contra todos, cada um tentando repassar o prejuízo para o outro. NINGUÉM está ganhando dinheiro nesta área crítica para o futuro da humanidade, ao contrário do que a maioria dos intelectuais deste país acredita.
As companhias de seguro estão tecnicamente quebradas, no sentido de que não estão provisionando os custos médicos que terão no futuro com seus clientes à medida que vão envelhecendo.
Muitos vivem no regime de caixa e não no regime de competência, o mesmo erro do nosso sistema de previdência. Não estão levando em conta que velhos gastam de 8 a 30 vezes mais do que gasta um jovem, então não se surpreenda quando seu seguro-saúde quebrar justamente quando você mais precisar dele.
Estima-se que 50% do orçamento médico durante uma vida é gasto nos últimos 2 a 4 anos de vida, nada disto está provisionado.
Não resolvido este problema grave, a qualidade do atendimento médico neste país cairá continuamente, como já está caindo, razão da minha preocupação que é compartilhada por todo cidadão brasileiro.
O Conceito de Seguro-saúde mudou.
O cerne do problema é o conceito de seguro-saúde.
Seguro-saúde, seja governamental ou privado, não tem o mesmo sentido como antigamente, com os contínuos avanços da medicina.
Antigamente, poucos tinham doenças que poderiam ser de fato curadas. A maioria das doenças era incurável, por isto 50% dos custos médicos eram gastos nos últimos dois anos de vida.
Na época, seguro-saúde era poupar ao longo da vida para poder pagar pela doença que no fundo o levaria daqui. Por isto, os primeiros a entrarem no ramo de seguro-saúde foram os bancos, porque era mais uma questão financeira do que médica. Eles recebiam as mensalidades ao longo dos anos e só devolviam a maior parte no fim da vida do segurado, nem precisavam entender muito de medicina.
Os avanços na medicina mudaram esta lógica do seguro-saúde.
Hoje, 80% terá as chamadas doenças sérias, caras e de longo tratamento como câncer e coração. Ou seja, não haverá seguro-saúde que aguentará sucessivas doenças sérias e caras, mas que agora salvam o cliente.
Mais dia menos dia, todos nós teremos uma doença séria e cara. Portanto, não faz sentido pagarmos enormes quantias em dinheiro ao seguro-saúde para recebermos de volta as mesmas enormes quantias.
O famoso cálculo atuarial, onde todos pagam pelos tratamentos caríssimos de alguns, não vale mais. Todos nós teremos eventualmente um tratamento caríssimo.
Para que pagar custos administrativos das companhias de seguros, comissão de venda, despesas de fiscalização, custos de inadimplências, fraudes médicas e ainda pagar os “lucros exorbitantes” de empresas de seguro-saúde segundo alguns, se todos nós teremos as mesmas doenças graves e custosas nas nossas vidas?
No fundo o que mudou é que não estamos comprando mais saúde, e sim longevidade.
Longevidade e Seguro-saúde são dois conceitos diferentes.
Não estou sugerindo o fim do setor de seguro-saúde, mas sim alertando o consumidor e segurado que existe uma nova componente na equação que não está sendo contemplada. A distinção entre garantir saúde para todo mundo e garantir longevidade para todos.
Hoje, por erro de percepção do verdadeiro problema, as companhias de seguro-saúde estão sendo obrigadas a pagar não somente a saúde, mas também a natural erosão e deterioração do corpo humano, como pontes safenas, hipertensão arterial, que não são doenças adquiridas mas sim o curso natural da deterioração do corpo humano.
Na hora da encrenca, o segurado não quer saber de nada além da solução do problema, mas isto não é possível se não tivermos pagado ao longo dos anos os valores necessários para tal.
O que os especialistas da área da saúde, nossos jornalistas que cobrem a área e os clientes que compram seguro-saúde não estão percebendo como já foi dito, é que agora não estamos mais comprando seguro-saúde e sim longevidade humana. E longevidade não tem preço. Ou pelo menos, o preço será sempre maior do que aquilo que nós poupamos ou estamos dispostos a pagar.
Quando membros do governo sugerem e conseguem a proibição do aumento de preços de toda a área médica, eles estão reduzindo a longevidade, o contrário do que pretendem, por não perceberem esta nova realidade.
Ao querer proteger você dos médicos e do sistema de saúde, o governo está reduzindo a sua longevidade, de forma lenta e sem que ninguém perceba. Ao exigirem que seguros-saúde cubram doenças que antes não existiam porque todo mundo morria antes, o governo deixará a população sem longevidade e sem saúde também.
A expectativa média de vida em 1960 era de 60 anos, agora é de 72, ou seja, aumentou 12 anos, justamente na faixa em que existe a maior incidência de falhas do organismo. Este aumento de 20% de expectativa de vida gera um aumento de mais do que 50% de aumento nos custos dos seguros, mas estes estão proibidos de cobrar este aumento.
Na questão de longevidade os gastos médicos são infinitos, ao contrário das doenças que são finitos e até a pouco calculáveis por técnicas atuariais. Você poderia gastar milhões de dólares reparando as degenerações naturais do corpo humano, como pode fazer um trilhardário. Mas, o governo e as companhias de seguro não podem nos tratar como se cada um de nós tivéssemos os recursos financeiros ilimitados.
Pelo menos em teoria, todos nós poderemos num futuro bem próximo comprar a longevidade que quisermos, até certo ponto, basta poupar o dinheiro necessário para tal durante sua vida produtiva.
Quem quiser viver até os 80 simplesmente terá de pagar os exames preventivos necessários, tomar os remédios adequados e arcar com os gastos necessários de, digamos, R$ 100.000,00.
Quem quiser viver até os 90 provavelmente terá de pagar um adicional, R$ 150.000,00, o custo de um transplante de rim e uma ponte safena.
Quem quiser viver até os 100 provavelmente terá de gastar algo em torno de R$ 500.000,00 ou mais, para trocar vários órgãos e assim por diante.
Só que estes cálculos acima não fazem o menor sentido num plano de saúde, nem queremos que planos de saúde façam estes cálculos por nós. Não é o espírito do contrato, nem tampouco poderemos fazer contratos de saúde diferenciados para quem quer viver 80, 90 ou 100 anos. Ninguém pode garantir longevidade contratualmente.
Decidir quanto dinheiro você está disposto a gastar para aumentar sua própria vida não é mais uma decisão de saúde nem uma questão médica. Ë uma questão financeira, o quanto você quer gastar do seu patrimônio ou do patrimônio social da coletividade para continuar vivo. E infelizmente, ou felizmente, o Estado não pode nem tem os recursos para cuidar da longevidade de todos ao limite máximo que todos nós desejaríamos. Quem vai ter que decidir isto é você e sua família, não o Ministério da Saúde.
Obama está neste momento decretando mais uma falência dos Estados Unidos, oferecendo seguro saúde para 40 milhões de americanos, para poder se eleger. Aí falam mal do Bolsa Família.
Várias pessoas responsáveis já discutiram com seus médicos um limite fixo nestes gastos, para não comprometer as finanças da família num coma prolongado, por exemplo. Curiosamente, nem temos legislação que permita fazer isto.
Médicos têm a responsabilidade legal de manter todos vivos, custe o que custar, outra razão para os problemas atuais dos médicos e da medicina em geral.
Não há dinheiro suficiente no mundo para manter toda a população viva para sempre, nem privado muito menos público. Esta verdade tem de ser disseminada, uma realidade cruel, mas a realidade atual está sendo mais cruel ainda, porque ela é injusta.
Hoje, alguns estão tendo tratamentos que aumentam sua longevidade à custa dos outros que pagam a conta. Estamos diante de uma questão ética de enorme complexidade.
Vejamos: você faz um seguro-saúde privado e descobre que a empresa está gastando fortunas com outros clientes, não para curar doenças e sim para aumentar a longevidade de alguns dos segurados até os 110 anos.
Você porém é jovem, com saúde, e percebe que continuando assim não vai sobrar dinheiro para cuidar de você na velhice. Isto é justo?
Ou então, você descobre que os clientes mais velhos do seguro estão pressionando para trocar fígados e rins deteriorados por simples uso natural o que está tornando o seu seguro-saúde caro demais para o seu bolso. Ingenuamente, as pessoas acham que é o dono da companhia de seguro quem paga todas estas contas, na realidade são os próprios mutuários, ou seja, você.
Por que você deveria pagar esta conta se você só fez um seguro-saúde para cobrir partos, pernas quebradas, bronquites e pneumonias?
Se o governo não definir esta questão terá diante de si uma classe média que irá exigir estes direitos adquiridos ilimitados, bem como teremos dezenas de companhias de seguro falidas sem condições de honrá-los.
Precisamos evitar os erros que outros países já cometeram, como nos Estados Unidos, que têm um Medicare falido com passivo superior a 20 trilhões de dólares, que a nova geração terá de pagar.
Isto será uma mudança brutal de concepção e de expectativa em termos de saúde que exigirá uma enorme campanha educacional. Uma enorme mudança cultural onde clientes e pacientes terão de se conscientizar de que não poderão esperar que tenham assistência médica para combater a natural deterioração do corpo humano.
Quantos de vocês pensaram que longevidade é um item de consumo, e não uma obrigação da companhia de seguro? Quantos de vocês pouparam o suficiente para viver até os 90 com dignidade?
Quando um consumidor compra uma viagem para a Disney, será que ele está sabendo que aquele dinheiro poderia lhe comprar 5 anos de vida? Ninguém nos avisou, e por quê?
Estamos mentindo a nós mesmos ao achar que as companhias de seguro nos manterão vivos diante de tantos avanços da medicina, que vai curando uma doença atrás da outra, algo que ninguém imaginava quando os cálculos atuariais foram feitos.
Saúde e degenerescência do corpo humano são duas questões que requerem duas abordagens econômicas e financeiras diferentes.
Se quisermos salvar vidas teremos que tirar da equação os problemas de longevidade.
Isto devolverá aos seguros-saúde o seu equilíbrio financeiro, aumentará os salários médicos e reduzirá a guerra de todos para com todos.
Devolverá ao Estado as suas verdadeiras responsabilidades, a de prevenção, vacinas e correção de defeitos genéticos.
Temos poucos anos para mudar toda uma forma de raciocínio construída antes destes maravilhosos avanços da medicina.
Se deixarmos claro que degeneração do corpo é um problema caríssimo de se resolver, a população terá mais preocupação médica, com mais respeito aos problemas como fumo, sedentarismo e obesidade que contribuem no processo de degeneração.
Caso contrário, teremos uma conta impagável, ou pior, teremos empresários ou governos decidindo quem vai viver e quem vai morrer.
Algo inadmissível numa democracia e num estado de direito.
64 respostas
A verdade dói… Ainda mais nos meus vinte e poucos anos!
Kanitz, parabéns pelo artigo. É ilusão pensar que o governo resolve ou resolverá todos os problemas da população. Nossa carga tributária já está em quase 40% do PIB, e não temos uma proteção adequada para problemas de saúde, nem educação, nem segurança…
Dr. Kanitz
Este artigo deveria ser encaminhado para a agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, onde seus geniais burocratas , se esmeram em criar regras que ampliam coberturas, aumentam os custos das oeradoras e ao mesmo tempo impedem que estes custos sejam repassados aos usuários dos planos . A empresas do setor estão rapidamente caminhando para o abismo, o que poderá deixar milhões de pessoas sem cobertura de planos de saúde, que automaticamnete irão sobrecarregar o já combalido SUS.
Parabéns pelo artigo!
Como médico sei bem como é esta luta, bem definida no artigo, “de todos contra todos”. Há anos vivemos uma situação onde o atendimento médico público finge que atende e o doente se ilude que é atendido…uma vergonha nacional. Depender de um sistema que encara a solução dos problemas em recrutar mais recursos financeiros e se esquece que o maior tesouro a ser zelado é o recurso humano…Concordo com a opinião do artigo que longevidade e deterioração física natural do corpo humano devem ser consideradas com distinção.
CARAMBA!
Parabéns por lançar luz nessa questão tão crítica e tão eminente em nossas vidas. Contudo, não deixo de ressaltar a complexidade do tema, apesar do seu brilhantismo ao escrever este importantíssimo artigo, tendo em vista o seu inquestionável passeio pelas palavras e conceitos, eu confesso que sentirei dificuldades em discutir isso nas minhas rodas de amigos; mesmo assim, irei empreender este esforço e sugiro o mesmo a todos que puderam desfrutar destas informações aqui abordadas.
Mais uma vez Parabéns.
pios é, meu pensamento a dois anos atrás era mais ou menos esse, deixei de pagar meu plano de saúde (três pessoas)aproximadamente R$ 550,00 por mês ou R$ 6.600,00 ao ano ou ainda R$ 66.000,00 em dez anos (sem correção), nesses dois anos, gastei apenas 1.800,00 com médicos e exames (não está incluso os custos de adminsitração, lucros etc.), ficando minha poupança saúde com um crédito de mais R$ 11.400,00. somente com educação teremos saúde para todos.
Pois é. E quanto às inúmeras opções de jogos lotéricos federais? Considerável parte do que é captado não poderia financiar a tal da longevidade? Quem sabe, poderíamos imaginar até uma raspadinha a fim de gerar receita futura para gerenciar esta longevidade.
É sempre um prazer ler seus textos. Mesmo quando tratam de assuntos difíceis como esse, principalmente numa sociedade como a nossa, que tem pavor à tomar decisões e encarar os riscos de suas decisões.
Esse ano nossa família passou por momentos muito difíceis, quando meu filho de 28 anos teve um acidente de carro numa estrada federal assassina em Mato Grosso. ( mas isso é outro assunto..)
Ele ficou na UTI de um hospital em Cuiabá em coma por 3 semanas e o valor da diária é de R$7.000,00. Isso mesmo.
Se não fosse o seguro saúde, não teríamos como arcar com essas despesas. Ou melhor, venderíamos tudo o que tivessemos, e a dor seria maior ainda, além de vê-lo naquelas condições e ainda preocupados em pagar a conta.
Meu filho teve sequelas cerebrais e agora está na fase da reabilitação motora, e essa fase de fisioterapia, que é feita 2 vezes ao dia, também tem um custo alto e tudo está sendo coberto pelo plano.
Sei que o tema que foi tratado aqui é muito mais profundo, pois envolve o planejamento de algo que virá, que é a falência de todo o sistema de saúde e previdenciário. Mas resolvi dar esse depoimento pois vi que a cobertura de saúde não pode ser pensada apenas no que diz respeito aos exames e consultas periódicos. Temos que colocar nessa equação a variável do imponderável. E todos estamos sujeitos à ela.
Eu também pago meu plano para não ter que usá-lo. Se eu for computar o que eu gasto durante o ano, com exames e consultas de prevenção, não chega a 1/3 do que é pago.
Minha saúde é perfeita e todos os meus resultados são de causar admiração.
De tudo que eu vi e vivi, pelo tempo que acompanhei meu filho só posso dizer uma coisa, que quando chegar minha hora, que Deus tenha a Misericórdia que me levar direto, sem conexão por nenhum hospital.
Esse ambiente é um circo de horrorores. Só quem passa para “o outro lado do balcão”, mesmo que temporariamente é capaz de avaliar. Públicos e privados, não há excessões!!! Nem de nenhum Estado.
Desde lidar com técnicos de enfermagem dopados (sim, o maior índice de drogadição é da área de saúde), que emendavam plantões em busca de uns trocados a mais e quando chegam até você estão tão sonados e “bolados” que a coisa mais comum é dar a medicação errada.
Esse é o assunto mais comum nos corredores dos hospitais. A cada minuto tem uma medicação sendo trocada… enfim, dos males esse é o menor.
Sem falar na verdadeira pandemia da INFECÇÃO HOSPITALAR.
Esse é um tema que a sociedade precisa levantar a bandeira. A situação já fugiu ao controle há muito tempo. As super bactérias estão aí. As escolas estão avisando aos profissionais de saúde da importância de lavar as mãos? Não sei não. Não era isso que eu via…
Hoje temos acompanhado laboratórios, casas de saúde e hospitais, comprando medicação roubada, isso é só a pontinha do iceberg…
Talvez eu tenha escrito para dizer que o pagamento do seguro-saúde é um mal necessário. Não sei. Mas o fato é que essa discussão já passou da hora de ser feita.
Como sempre, parabéns pelo seu artigo e muito grata por levantar essa discussão e nos permitir pensar sobre ela.
Na minha opinião o autor deixou de considerar o aspecto principal do problema, que é o da Indústria Farmacêutica dar prioridade aos lucros em detrimento da saúde e qualidade de vida dos usuários de seus produtos. Ela direciona sua pesquisa de novos produtos para o objetivo de controlar doenças em vez de curá-las, substituem produtos eficientes e de segurança comprovada, e cuja patente está por vencer, por novos produtos que custam mais caro, muitas vezes são menos eficientes e cuja segurança ainda não foi comprovada, podendo provocar outras doenças nos seus usuários. Investem pesado em campanhas publicitárias muitas vezes enganosas e baseadas em pesquisas “científicas” manipuladas (a autoria dessas denúncias é da Dra. Marcia Angell, cátedra da Harvard Medical School e muito respeitada no meio acadêmico, e autora de vários livros sobre o assunto, entre eles “A Verdade Sobre Os Laboratórios Farmacêuticos”, editado no Brasil).
Hoje em dia trata-se doenças que poderiam ser curadas ou minimizadas por procedimentos de baixíssimo custo como a auto-hemoterapia, fitoterapia e alimentação equilibrada sob o ponto de vista da reação hormonal do organismo aos alimentos (descoberta pelo Dr. Barry Sears, pesquisador da Harvard Medical School e do MIT e autor de vários livros também publicados no Brasil), por exemplo, usando-se fármacos caríssimos de eficiência e segurança duvidosos, internações e cirurgias desnecessárias… tudo com a cumplicidade das lideranças da classe médica e dos órgãos governamentais que deveriam controlar sua atividade, que se beneficiam de vantagens proporcionadas pelos Laboratórios Farmacêuticos e pelos grandes Hospitais, além de serem muitíssimo bem remunerados por seus serviços. Hoje em dia, na minha opinião, a figura do médico mais parece com a de um vendedor de fármacos e procedimentos médicos de alto custo que a de alguém realmente interessado na saúde e bem-estar dos seus clientes.
Kanitz,
Sua argumentação foi admirável, o problema está muito bem explicado.
Me preocupa a solução que envolve , a meu ver, a decisão de dizer não àqueles que apesar de ter um plano de saúde não tem dinheiro para pagar pelos tratamentos alternativos.
Não me parece que isto seja possível, estas pessoas sempre conseguirão ganhar no judiciário seus tratamentos, o legislativo sempre dirá que os novos tratamentos devem ser incrusos nos planos existentes e as agências reguladoras exigirão o
mesmo.
Os planos quebrarão e terão ser ajudados pelos governo ou ainda este assumirá o onus. Quando os planos quebrarem e os seus beneficiarios tiverem de ser assumidos pelo sus de certa forma o problema se resolverá. (o sus não terá condiçoes de dar tratamentos como não tem hoje.)
Maristela,
Voce está completamente certa. Existe um aspécto do seguro saúde intrinseco a sua finalidade que é a IMPREVISIBILIDADE. Por isso, se faz um fundo mutualista, onde quem por hora está são, “divide” a conta com quem não está e vice versa.
É impensalvel não ter seguros.
Alguém ai, cogitou cancelar o seguro do seu carro então?
Kanitz,
Existe um aspécto de qualquer seguro, incluindo de saúde intrinseco a sua finalidade que é a IMPREVISIBILIDADE.
Quem está são , sim deve pagar a conta, pois como voce mesmo disse um dia todos ficaremos doentes.Por isso, se faz um fundo mutualista, onde quem por hora está são, “divide” a conta com quem não está e vice versa.
É impensalvel não ter seguros, sejam de saúde, de vida, de invalidez, do carro, da casa… a menos que essa perda possa ser aceita sem impacto no patrimõnio pessoal.
Concordo com suas considerações sobre os problemas apresentados e que as soluções passam por uma mudança na gestão dos recursos. Quando falamos de seguro saúde, o paciente não reflete quanto aos custos de seu tratamento, não raras vezes consultam sem necessidade, pedem aos médicos exames desnecessários ou não questionam a real necessidade deles, procuram vários especialistas de uma mesma área e muitas vezes parecem querer justificar o valor de sua mensalidade em despesas geradas com consultas e exames. Quando seguramos um carro, não deixamos o veículo aberto só porque temos seguro. Pensamos em cuidá-lo pois no próximo ano teremos bônus de desconto na renovação e temos uma franquia para pagar. O seguro médico na concepção está equivocado, o segurado deveria também participar nos seus custos. Uma segunda alternativa para amenizarmos o problema é uma redução fiscal nos custos médicos. O governo federal, com uma constituição que garante saúde a todo o cidadão, não deveria angariar recursos tributários de forma tão feroz.
Gerson Maahs
Pedro caso você não tenha conhecimento e não viva neste planeta toda pesquisa se sustenta com investimentos e seu retorno. Se não fosse a indústria farmacêutica você já tinha morrido de tuberculose aos 20 anos.
Gostei do texto, gostaria apenas de saber se existe algum país no mundo o qual possamos tirar como exemplo nesta questão? Claro que entendo que, com as dimensões do Brasil e EUA, não podemos trazer uma Bélgica ou Luxemburgo como exemplos, mas, quais políticas econômicas podemos ter como norte para uma mudança?
Pois é, a cada dia amplia-se na minha mente a percepção de que há dois povos: um que está ciente dos graves problemas estruturais, principalmente a nivel individual, como este da Saude, e o outro, que corre de qualquer discussão sobre isso e mais ainda de qualquer ideia de ação, para estes ultimos, tá tudo bem, Copa em 2014, Olimpiadas em 2016, nada que um bom chope e churrasco não amenizem… Nós somos uns chatos mesmo, rs.
Livre pensar:
Quem dos leitores toma cuidado com as subliminares mensagens, insertas nos textos com viés econômico, político, partidário?
Que relação o “bolsa família” guarda com o tema?!
Parabéns pelo Artigo, muito lucido como sempre.
Deixa eu fazer uma pergunta, e o Vice presidente, Sr. José Alencar, quem banca o plano de saúde dele, acho que gostaria de contratar a mesma seguradora ou operadora.
vc deveria se informar mais.
1 – Poucas doenças na medicina são “curáveis”;
2 – Nenhum médico sério recomenda AUTO-Hemo-terapia.
3 – vc culpou os laboratórios pelos custos. O artigo fala justamente o oposto, para acabar com a guera de todos contra todos…
Em síntese, Rubens, sugiro que se crie métodos de controle mais rigosoros sobre a atividade dos Laboratórios Farmacêuticos e da atividade médica em geral, como a própria Dra. Marcia Angell recomenda na sua obra.
Deveria haver limites, a medicina não deveria ser vendida como mais um produto de consumo qualquer como é hoje aqui no Brasil e nos EUA, ela está ligada diretamente a nossa saúde e qualidade de vida, por isso deveria ter uma abordagem diferenciada. Por exemplo, órgâos governamentais e universidades públicas deveriam pesquisar produtos e procedimentos de baixo custo e não patenteáveis, como a auto-hemoterapia por exemplo, que obviamente não interessa aos laboratórios comerciais pesquisar.
Marcio, não sou contra a pesquisa científica, muito pelo contrário, mas lamentavelmente o que se pratica hoje nos laboratórios farmacêuticos não merece o nobre nome de ciência.
Heraldo, vamos lá:
1- Com todo o respeito, mas os profissionais que citei trabalham para uma das instituições de ensino e pesquisa de maior credibilidade no planeta, são conhecidos e respeitados no seu meio, e afirmam exatamente o contrário.
2- Há que se determinar aí o que é um médico sério, e aí nosso ponto de vista diverge totalmente pelo visto. Eu experimentei a AH em mim mesmo, e presenciei resultados positivos em muitas outras pessoas, profissional que afirma ser esse procedimento ineficiente, sem nenhuma fundamentação plausível como se vê por aí, não merece a minha credibilidade. Sorry.
3- Não entendi, o que o leva a crer que o oposto seja verdadeiro?
A meu ver, a solução é simples, porém, um desafio enorme: EDUCAÇÃO. Uma evolução na educação em todas as esferas do indivíduo (formação, conhecimento, social, ambiental, etc.) objetivando a elevação da sua consciência e conseqüentemente seu auto conhecimento. Acredito que só assim poderemos realmente alterar toda a forma de nos relacionar com o mundo, com os outros e com nós mesmos.
Fatástica análise da situação da saúde no Brasil e no Mundo. Parabéns pela análise. Agora, e daí ? Que o povo brasileiro já sabe, de alguma maneira disso, isso já sabe. Qual é a solução ? Não acho que o Obama esteja tentando arrumar votos. Se não houver solução para a saúde da população, nem republicanos, nem democratas estarão salvos, muito menos eleitos.
Sou administrador assim como você e a pergunta é uma só: como organizar e obter o melhor resultado em relação a isso ? Fazer um texto para alertar como anda a saúde no país é interessante. Agora, fazer um texto com propostas e demonstrar que o diploma de Harvard tem seu valor, é outros quinhentos.
Um grande abraço.
Perfeita colocação referente sistema de saúde!
Executo minhas habilidades em uma clínica de oncologia e me deparo cada vez mais com esta realidade de gastos exorbitantes!
Acredito que esta questão(saúde) diz respeito à todos e não somente autoridades.
O problema “x” da questão é sempre posto à frente com intuito de resolver depois, amanhã ou quem sabe talvez!
Parabéns pelo artigo.
Sr. Kanitz,
Fique tranquilo porque muitos hospitais antevêem o custo do paciente e…acontece uma “fatalidade” e eles morrem, aquelas coisas que vc já viu, vc está no corredor esperando o que vão te dizer sobre seu ente querido e aí aparece alguém dizendo: LAMENTAMOS MUITO! Ponto, no nosso país NUNCA vi pacientes ficarem muito tempo em hospitais, logo acontece alguma “fatalidade”. A Saúde é um NEGÓCIO e quem a administra sabe como “sair de situações sem futuro”. Já perdi Pai e Mãe nestas situações, meus Pai pelo SUS e minha Mãe pq teve autorização para internar e mais tarde o Plano negou, misteriosamente ela morreu no mesmo dia que o Plano negou a cobertura. Não se ILUDA meu caro, tem MUUITO CABELO NESTA SOPA!
Bom artigo, lançando luzes na discussão de assunto tão tenebroso.
Alguns comentários excelentes,como por exemplo alguém que fala sobre o porque do inserir o bolsa familia nessa discussão(viés político partidário?).Mas a melhor sugestão foi a da loteria!Realmente uma “raspadinha” melhora a saúde de qualquer homem!
Concordo contigo Christian, lamentavelmente há um interesse comercial enorme na medicina hoje em dia. Diferentemente do que o autor afirma tem gente ganhando muito dinheiro com a medicina oficial, desde os Laboratórios Farmacêuticos (que estão entre as atividades mais lucrativas da economia) até palestrantes e formadores de opinião do meio, que se vendem aos interesses dos Laboratórios em troca de ‘presentinhos’, como denuncia a Dra. Marcia Angell nos seus livros.
Pesquisas da maior seriedade como as do Dr. Barry Sears (www.drsears.com – em inglês) não se tornam procedimentos homologados e aplicados no ambiente clínico por absoluta falta de interesse da classe médica, que está alinhada a interesses pessoais e dos Laboratórios, em detrimento da saúde e bem-estar dos seus clientes. Assim como a auto-hemoterapia divulgada pelo Dr. Luiz Moura, que possui uma quantidade significativa de casos clínicos muito bem documentados demonstrando a eficácia e segurança do procedimento, e também tratamentos fitoterápicos, muito mais baratos e na maioria das vezes com menos efeitos colaterais e sem efeitos iatrogênicos (doenças causadas por médicos, cada vez mais comum nos dias de hoje) que o tratamento correspondente com fármacos e procedimentos médico-hospitalares caríssimos.
As universidades de Harvard e Cambridge publicaram recentemente um compêndio com 20 conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual !!
1- Um Copo de Suco de Laranja diariamente para aumentar o ferro e repor a vitamina C.
2- Salpicar Canela no café (mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).
3- Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral que tem quase 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro que tem o pão branco.
4- Mastigar os vegetais por mais tempo.
Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm.
5- Adotar a regra dos 80%: servir-se menos 20% da comida que ia ingerir evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.
6- O futuro está na Laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.
7- Fazer refeições coloridas como o arco-íris.
Comer uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.
8- Comer pizza.
Mas escolha as de massa fininha.
O Licopene, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e ademais é melhor absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos para massas ou para pizza.
9- Limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente.
As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes à semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças quando devem ser mantidas separadas de outras escovas.
10-Realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua memória…
Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova… Leia um livro e memorize parágrafos.
11- Usar fio dental e não mastigar chicletes.
Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo.
12- RIR.
Uma boa gargalhada é um ‘mini-workout’, um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e os anticorpos.
13- Não descascar com antecipação.
Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos.
Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer.
14- Ligar para seus parentes/pais de vez em quando.
Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã.
15- Desfrutar de uma xícara de chá.
O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração.
16- Ter um animal de estimação.
As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University. Os mascotes fazem você sentir se otimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourados pode causar um bom resultado.
17- Colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche.
Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School.
18- Reorganizar a geladeira.
As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer que todo vegetal tem. Por isso é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo.
19- Comer como um passarinho.
A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.
20- e, por último, um mix de Pequenas Dicas para alongar a vida:
-Comer chocolate.
Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio.
– Pensar positivamente.
Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que ademais pegam gripes e resfriados mais facilmente.
– Ser sociável.
Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a família.
– Conhecer a si mesmo.
Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o ‘ser’ sobre o ‘ter’ têm 35% de probabilidade de viver mais tempo.
Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos…
É exatamente o que diz uma certa frase de Sêneca:
‘Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável’!
Pedro, desculpa a intromissão, seu problema era somático ou psiquiátrico ?
rsrs
Heraldo, era apenas uma sinusite amigo.
Cara, você chamou o Kanitz de economista… sei não viu, acho que ele não gostou muito kkkk ele é admnistrador, muito bom e competente por sinal.
abraço
Prezado colega Kanitz,
concordo com a idéia do artigo e como o Wilber Lambert, grosseiramente, lembrou temos que nos esforçar para apresentarmos novas idéias para antigos problemas.
Aproveito para compartilhar trecho da conclusão da minha monografia defendida em Julho/2008 na UFF que teve como tema: “Gestão de Saúde: Mercado de saúde suplementar”.
…A formação do mercado de saúde suplementar brasileiro é recente, surgiu a partir dos anos 1960, e sua regulação aconteceu há exatos dez anos, em 1998, com a Lei nº. 9.656/98, na tentativa de eliminar as falhas de mercado. Desta forma, o governo buscou interferir nos abusos percebidos no sistema, no entanto, na maioria dos casos, as soluções regulamentares criaram novas dificuldades, pois atacaram apenas os sintomas e não os reais problemas.
Diversos autores apontavam como principais problemas as falhas na cobertura e exclusão de procedimentos, exigências indevidas para admissão de beneficiários, falta de coberturas para algumas doenças, descumprimento de normas de atendimentos, dentre outros. Porém, concordando com Porter e Teisberg, estes são os sintomas de um problema maior: a competição em custos no setor de serviços que é altamente customizado.
A competição baseada na transferência de custos e a falta de concorrência qualificada resultaram na ausência de estímulos para agradar o cliente e na baixa qualidade dos serviços ofertados. Os conceitos e práticas gerenciais de serviços apresentados neste estudo possibilitam identificar que a satisfação das necessidades dos clientes é a principal razão da existência dos serviços.
Face ao exposto, a melhor maneira de aumentar qualidade dos serviços ofertados e mitigar os problemas advindos da competição por transferências de custos é a mudança do tipo de competição no setor. Todos os stakeholders devem voltar-se para o paciente (cliente) a fim de atenderem suas necessidades e privilegiando a qualidade, buscando a diferenciação através de serviços customizados. No entanto, não podem ignorar os custos, reduzindo-os em todas as áreas que não agreguem valor ao serviço.
A competição baseada em valor deve ser fomentada pelas políticas públicas através da adoção de regras que estabeleçam aos participantes do sistema a obrigação de mensurar e relatar resultados a fim de competir por clientes (pacientes) em condições de saúde. As operadoras devem privilegiar os prestadores mais qualificados e de melhor resultados em cada condição de saúde, remunerando-os de forma diferenciada. Os prestadores devem oferecer serviços de qualidade por condições de saúde, tendo em vista todo o ciclo de atendimento. Os usuários (pacientes) serão beneficiados pela divulgação dos resultados que proporcionarão escolhas melhores, resultados eficientes e, consequentemente, maior satisfação.
Contudo, o advento da competição por resultados baseada em valor, melhorará muito o mercado de saúde suplementar brasileiro. Pois, conforme ocorre em outros setores, este tipo de competição traz benefícios à todos os atores do sistema.
Outrossim, o presente estudo não esgotou todas as possibilidades do setor e se apresentou de forma introdutória e abrangente, conforme seus objetivos. Portanto, faz-se necessário maior aprofundamento em relação à competição baseada em valor para cada ator do mercado.
Caro Kanitz
Duas observações merecem destaque em seu texto.
1 – Sua habilidade em promover cenários futuros com base na situação atual da saúde. O novo sempre é um desafio, que impõe barreiras e desafios simplesmente pelo fato de sermos comodistas e aversos à mudanças. Usar a lógica e raciocinar dentro desse contexto, sem apego a raízes ou convenções, é realmente uma habilidade admirável.
2 – Seu compromisso com os fatos. Sua própria opnião prevalece sem preocupações em ferir os interesses e negócios de terceiros. Escrever aquilo que deve ser escrito e não o que querem que seja escrito.
Parabéns, grande Kanitz.
Está tudo muito bom, está tudo muito bem. O que ninguém falou é que os laboratórios no mundo inteiro gastam bilhões em farras médicas, pagando “congressos”,navios,viagens,universidades,tornando médicos os vendedores, de seus produtos, que por sua vez, nada mais são que “fabricantes”de uma nova doença,pois cada um traz seu efeito colateral ( uma nova doença ).Os fabricantes de equipamentos para exames, por sua vez, tem nestes médicos,O FORNECEDOR CERTO ! lhes dão polpudas propinas…vai daí que…para unha encravada, faz-se exame… É tão singela a resposta de pq os sistemas estão quebrados que ninguém vê. Desunida a classe médica ? Tente processar um para ver o que acontece? O juiz necessita do laudo de um deles para enquadrar o colega… e eles se encontram no clube… quem vai levar…. O CLIENTE OU O COLEGA ? E o nosso congresso… Tente passar alguma lei que coloque os médicos em alguma posiçao correta… quantos são eles ? Conte e veja ! Acorda Brasil. Somos dos únicos países que não se pode fazer refraçao ( exame para determinar grau para óculos ) a não ser num consultório médico, embora quem faça optometria estude 4 anos e os médicos tenham somente 1 semestre desta especialidade, por que ? Reserva de mercado…. Máfia…. Acorda Brasil…. No entanto, eles vendem produtos, lentes de contato etc… como um comerciante qualquer e sequer pagam ICM… Acorda Brasil. O sistema de saúde está quebrado, pq os médicos são bandidos.
Você deve ter processado um médico e perdeu, além de ser optometrista, ou ocorreu isso a alguém próximo de você. Aproveitou o blog e derramou suas frustações em cima dos outros. Retrato do fracasso.
Entendi o ponto de vista do Kanitz.
Imagine o mundo daqui 30 anos. Imaginou. Todo mundo tendo menos filhos. Convenio não vão aguentar o tranco, pois terão muitas internações de idosos. Tratamentos caros.
A maioria vai falir.
Com a saúde pública acontecerá a mesma coisa, só ver os problemas do tio Sam. Hoje em dia.
Logo sem ter para aonde fugir, a única solução. Vai ser ou se previnir, (com atividades físicas, dieta balanceada (não comer muito colesteral etc…). Ou juntar dinheiro para pagar atendimento particular.
Simples assim…
Quanto aos medicamentos caros, ruim com, pior sem.
Infelizmente ainda existem muitas doenças sem cura e sem dinheiro e nem lucro, irão continuar sem cura. Ex: Câncer, Diabete.
Se não quer dar dinheiro a eles, melhor se previnir, não comer além da conta, praticar exercícios etc…
O problema é e se o medicamento de R$ 20.000,00 não existisse?
Quais opções o doente teria?
1 – Ser cobaia a lá Doutor House, e numa dessas ficar pior ou morrer.
2 – Rezar para se curar.
3 – Tratar com homeopatia e ervas medicinais.
4 – Tomar remédios para diminuir a dor e ir definhando a cada dia.
De qualquer forma, o preço é exorbitante para um tipo específico de doenças. E se o mesmo não existisse e se auto pagasse. O doente não teria muitas opções. É claro que os pobres não serão beneficiados no primeiro momento. Mas se o medicamento não existisse, continuariam sofrendo do mesmo jeito.
Mas depois de 10 anos a patente caí e outros laboratórios começam a lançar genéricos. Tornando-os mais acessíveis.
Se a longo prazo a humanidade ganha a custa de quem pode pagar, não vejo motivos para ser contra.
Usando a lógica e não o emocional, parte boa de um laboratório ter muito dinheiro, é que o mesmo pode pesquisar a cura de várias doenças ao mesmo tempo, ao invez de 1 a cada 10 anos.
Aproveitando do fato que isto dá muito retorno financeiro, as pesquisas nunca irão parar.
E na outra parte, quem tá doente quer se ver livre da mesma o mais rápido possível. Por exemplo se seu filho estiver doente e a doença dele não tivesse cura, de repente aparece uma droga nova. Vc não venderia o seu carro, se endividaria para compra-la?
Melhor existir cura mesmo que cara, do que nenhuma e morrer.
faco minha suas palavras…
Poucas vezes li um artigo com tanta simplicidade e objetividade de alguem que não é da área da saúde, mas que analisa com honestidade e isenção apaixonada um tema tão complexo e importante.
Como sou da área da saúde, não tinha esta visão tão bem delineada, apesar de sentir, assustadamente, esta imagem tão didaticamente e verdadeiramente exposta.
Temos visto o incremento progressivo dos custos de saúde, diria até gigantesco, com cada doença, como define o professor e administrador (não economista) Kanitz. E, estes custos, com doenças originadas realmente pela longevidade, pelo desgaste.. Os planos de saúde não fabricam dinheiro para tais custos. Gerenciam o dinheiro suado, cobrado dos seus colaboradores afiliados, para atender as doenças intercorrentes. Infelizmente, a ANS, Agência que regula os planos de saúde, não tem esta visão que o prof. Kanitz nos traz. E, impondo serviços como fonoaudiologia, psicologia, nutricionista, apenas para exemplificar, e tantos outros aqui sim, de altíssimos custos, procura beneficiar usuários, gerenciando com o dinheiro alheio, sem a contrapartida dos custos.
Isto é um verdadeiro tiro no pé. Estas e tantas outras, a título de beneficiar os usuários, carreia consigo o incrementeo altíssimo dos custos dos planos, que não conseguirão, como foi explicado acima, no artigo, ter recursos para o atendimento dos usuários dentro de 10 ou 20 anos. Se for otimista. Se não falirem mais cedo, deixando uma parcela da população que estava sendo atendida fora da instituição oficial pública, sem assistência por impossibilidade de atendimento, devido aos excessos de benesses. Conclusão. Esta massa de usuários voltará a ser bem pior assistida pelo SUS. É a ANS, instituição governamental (que gere muito mal seu próprio planos [SUS] saúde), ditando normas, sem esta visão de futuro.
O prof. Kanitz nos mostra uma visão cristalina, mas extremamente preocupante, em relação aos planos de saúde como um todo e, principalmente, pela nossa angústia em relação às possibilidades de atendimento melhor a nossos filhos e netos.
As previsões do professor Kanitz têm sido muito acertadas. Espero que esteja redondamente enganado em relação a esta. É a única esperança que nos resta. Mas creio que acertará novamente, para a infelicidade da nação.
PARABÉNS PROFESSOR E ADMINISTRADOR STEPHEN KANITZ
Muito oportuna e controversa a matéria. O autor descortina o assunto de forma habilidosa, porém imprimindo um caráter apocaliptico e demonizado. Não obstante a aparente correção dos fatos, há de se relevar que ao contratar um seguro saúde, não interessa ao consumidor o alto custo da medicina – para isso ele contrata o seguro. Cabe ao seguro administrar os parcos recursos com responsabilidade. Ao governo, fica a sensação de estar transferindo para a iniciativa privada uma responsabilidade que seria dele.
Nessa guerra de seguros, médicos, prestadores, governo,…, uma coisa é certa… O SEGURADO PAGA A CONTA (CONTRAPRESTAÇÕES MENSAIS PLANOS DE SAÚDE, IMPOSTOS, ETC…)E TEM DIREITO, GARANTIDO CONSTITUCIONALMENTE, A SAÚDE… SEJA VIA PRIVADA OU PÚBLICA, MALGRADO A APRESENTAÇÃO DE QUALQUER CENÁRIO OBSCURO QUE SE VENHA ESTABELECER.
Entendo que o sr. Alexandre Rocha não se apercebeu que os seguros de saúde ou repassam estes altos custos ou entram em falência. Prof. Kanitz busca demonstrar que a equação não haverá de fechar dentro de poucos anos. Segurados podem não se incomodar com os números. No fundo, entretanto, quem paga a conta é o usuário, segurado. Não existe milagre. Planos de saúde não podem ser deficitários. Nenhuma empresa pode ser deficitária. Dizer que paga e quer o serviço pode ser uma exigência temporária. Ou vai se pagar mais, (e bem mais) ou o plano simplesmente vai fechar as portas…
Lamento lhe informar Vitor, em matéria de adivinhações vc é quem é um fracasso… me pergunto se seria médico ? Nào sou optometrista, não processei ninguém mas ouví sim de médicos tais considerações, pessoas estas do meu círculo de conhecidos ( pois é… não excluo fonte alguma julgando seu carater…) de forma alguma derramei frustações, lamento sim e muito, que procurem resolver questões, olhando para o lado errado… como se estivessem atravessando a rua na Inglaterra e mantendo os olhos na mesma direçào como se estivessem no Brasil, mas certamente vc nào teve alcançe intelectual para perceber isto.
Muito oportuna e coerente as afirmativas do Sr. Mauro Silveira, as quais contribuiram de forma relevante para a minha formação de valor quanto ao assunto em pauta, no entanto, não obstante a relevância do tema e das qualificações do autor, nenhum leitor deveria abrir mão de uma leitura isenta de axiomas. Penso que de fato esta equação é complexa, por isso fiz uma leitura do texto avaliando tão somente a visão das partes e a minha própria.
O assunto é polêmico mesmo. Abraço.
Prezado Kanitz.
Seu artigo e’ uma perola para pensadores da area de saude.De 80 para ca’ saude saiu do discurso social para o economico e a imensa maioria dos medicos não se deu conta.
Com estes ricas observações vc traz de volta o nucleo tematico PROMOÇÃO DA SAUDE,muito em voga quando da passagem do Serra pelo Ministerio da Saude…
Morando nos EUA durante 20 anos, meu seguro era de Kaiser Permanente. KP, alem de vender seguro e dona dos hospitais, patroa dos medicos e pessoal, e possui a farmacia onde se preparam os vidrinhos com medicinas a um custo nominal para o paciente. Tudo coberto. Dessa maneira eles controlam nao somente os custos, mas eliminam procedimentos desnecessarios, os medicos nao dirigem Mercedes Benz, e os laboratorios de drogas nao roubam como no Brasil. E so olhar “follow the money”…La nunca soube onde ficabam farmacias. No Rio de Janeiro cheguei a contar 7 farmacias numa quadra so! Aqui nao existe medico que nao receite medicamentos depois da consulta!…se nao ele eh um medico mau. O desperdicio de papelada, requisiçoes, e exames demais e uma barbarie mafiosa que faz “eles” todos lucrar sem limite nem…control nenhum.
Emcima, a Unimed me ligou 4 horas antes de minha cirurgia para “solicitar” um cheque de R1000 para pagar instrumentos que o medico pidiu na sua requisiçao(que ja tinha sido aprovada) em caso que ele “precisase” delas!!!!!
E VC NEM MENCIONA O FRAUDE, A SACANAGEM, O NEGOCIO, E A CHANTAGEM QUE OS PACIENTES DEVEM SOFRER A DIARIO!
PS: Como minha cirurgia era eletiva, nem fui para o hospital por…..FALTA DE CONFIANZA: ingrediente No. 1 para poder acreditar no sistema de saude.
Excelente artigo. Geralmente adoramos os direitos, mas as obrigações, as resposabilidades… isso é coisa para o outro! Nos condomínios, por exemplo, há os que gastam água, gás, etc., descontroladamente e acham que isso deve ir para a conta do outro. Quando se fala em aumentar a taxa condominial, esses protestam. Esse também é nosso comportamento em relação aos planos de saúde. Queremos tudo, todos os exames, procedimentos caros, até mesmo para estética! Como resolver isso? Concordo com Fábio Hirayama: a solução é a “EDUCAÇÃO”.
Façam poupanças, tenham vida mais regrada, não sejam tão exigentes e não esperem que o outro tenha sempre a obrigação de pagar suas conta.
Perdão, “suas contas”, digo.
Publique a referência original do texto, por favor. Sou extremamente cético quanto a essas informações que você divulgou. Acredito tratar-se de texto que não provem da fontes citadas, cujos nomes estão sendo falsamente usadas como ärgumento de autoridade
Meu amigo sua desinformacao beira a ignorancia. O que vc citou acontece com uma minoria de médicos figuroes , como acontece em qualquer categoria ( ou vc nao sabe que alguns juizes tb recebem propinas por sentencas?) sendo que a grande maioria dos medicos esta as voltas com multiplos empregos decorrente dos baixos salarios na saude publica e os baixos valores das consultas pagas pelos planos de saude ( em media 25 reais liquidos) . Há uma pressao em cima dos laboratorios pela ANVISA que cada vez mais diminui essa pratica que deve acabar em breve. A saude esta essa droga pq alguns cabecas de bagre como vc dirigem as instituicoes, inclusives as medicas sem atencao real ao problema de todos ( pacientes, médicos e até da saúde financeira das operadoras de saude).
O investimento pesado sempre será na promoção á saude enprevençao das doenças!!!! Atenção básica eficaz é o que falta! Gestores…. Atenção!!!!
Kanitz, fala aí, vai… qual a sua agenda oculta com esse texto?
Muito bom o artigo. Os nossos governantes tem a obrigação de ler e tentar evitar os problemas que vão aparecer num futuro cada dia mais próximo.
Tem muito idoso querendo e podendo trabalhar, acabar com a aposentadoria compulsória é uma meta a ser perseguida. Ninguém pode-se dar ao luxo de cruzar os braços e nada fazer com 70 anos de idade.
Bom dia !
Sem dúvida um debate interessante e perigoso: quem traçará o limite entre doença e longevidade ?
– Não é a doença SEMPRE uma ameaça à longevidade, e a longevidade a demonstração prática da saúde ???
– Não cabe à ciência e à indústria farmacêutica e de equipamentos de saúde, reduzir os custos dos tratamentos de saúde e de longevidade indiferentemente, seja pelas novas tecnologias seja pela maior escala de produção de equipamentos e medicamentos para atender a uma demanda cada vez e sempre maior ?
É perigoso ouvir-se os economistas, pois somos todos educados(eu também) no raciocínio “coeteri paribus” (ou seja com “tudo mais mantido constante”), mas a humanidade tem sempre surpreendido os economistas com sua criatividade e engenhosidade, para quebrar os paradigmas e seguir adiante.
Sem fome, sede ou quebradeira generalizada !
Prezado Luiz Gabriel Pacheco,
Concordo com sua exposição. Este pensamento corrente em Harvard e oriundos de teorias do Dr Michael Porter se aplicam perfeitamente em nosso mercado. As Operadoras de Plano de Saúde (OPS) não possuem gestões focadas em ofertar qualidade de atendimento aos usuários. Estão especializadas em simplesmente redução de custos ou repasse de custos. A grande maioria não se sustenta no mercado, pois as operadoras maiores passaram a incorporar as operadoras que não souberam enxergar as atuais tendências econômicas e mercadológicas da saúde e não souberam se sustentar financeira com novas estratégias de gestão empresarial. O problema na saúde privada é que ela se tornou pouco competitiva em oferecer valores, se comparado ao setor de saúde publico. As empresas reguladoras do setor estão infiltradas por administradores (e profissionais de saúde) com conflitos de interesse com o setor privado de saúde. Pelo menos nos EUA, o indivíduo pode optar onde realizar uma cirurgia de ponte safena, pois anualmente são divulgados em que hospital (no caso a Cleveland Clinic) a mortalidade para esse tipo de cirurgia é menor. Todas as demais instituições querem copiar os resultados da Cleveland, mas infelizmente nem todas conseguem alcançá-la nos mesmos resultados. E aqui, o país que se diz um dos maiores programas de transplante do mundo e jamais apresentou qualquer dado nacional, estadual ou regional, sobre a sobrevida destes transplantes a longo prazo (5 a 10 anos). Sem dúvida, os políticos tem se esmerado em cumprir demagogicamente a constituição ampliando a oferta de saúde a população. De que adianta ampliar a rede de saúde se a resolutividade é baixa, se não se comparam resultados. As comparações entre governo PSDB e PT sempre se fazem em números de atendimentos de qualquer condição diagnósticas, número de hospitais, postos de saúde e número de atendimentos. Infelizmente, apenas uma mínima parcela da população é capaz de entender que a atual proposta de corte de gastos de bilhões de reais que seriam aplicados na saúde terá grave repercussão sobre as condições de saúde do país. E isso ninguém comenta na mídia. Por que será???? Como então afirmar que os gastos e despesas médicas aumentam? Talvez na Suécia, Inglaterra e Canadá…não aqui. Aqui a saúde é subfinanciada e os resultados se comparados com indicadores internacionais (benchmarking) são pífios. Ademais, justificar que a saúde precisa ser universalizada antes de melhorar a qualidade do atendimento possui um viés utilitarista enorme (vide Bentham e Mill). Quem será o “sábio Rei Salomão” a definir quem será o felizardo a ser salvo ou ter o corpo partido ao meio ? Quem ingressa com as maiores chances de sobreviver, o usuário do sistema público ou do sistema privado ? A decisão é econômica e justificar que a “massificação” da atenção à saúde é a melhor forma de equilibrar as oportunidades, é no mínimo ingênua. Como explicar uma crise no setor de saúde se houve ampliação considerável na rede de atendimento (hospitais, clínicas e laboratórios)? O setor privado passou a exercer caridade. Deixou de investir em ações da bolsa para investir em…saúde!!?? Qual é essa lógica de mercado? Por que as grandes empresas do setor de saúde e corretoras de seguro passaram a adquirir hospitais e laboratórios próprios??? Que investimento ruim seria não fossem os negócios lucrativos. Qual o foi o lucro das OPS no último ano? 15 bilhões de lucro líquido entre as 15 principais OPS do país (73 bilhões de lucro bruto). Não seria nenhum problema se as OPS não liderassem a relação de queixas nos órgãos de defesa do consumidor, confirmando que a insatisfação com a prestação de serviço é ruim. E aí a justificativa das OPS é de a culpa por isso é dos médicos, que eles mesmos contratam como prestadores de serviço. Ora, que empresa com compromisso ético e de valores não deseja a satisfação dos seus clientes? Aquelas que não tem realmente compromisso com os valores! Se o meu prestador de serviço é ruim, então devo substituí-lo! Não é assim??? Mas, nesse caso o prestador de serviço serve muito bem aos meus propósitos (lucro) pois o custo da prestação de serviço, que não agrega VALOR ao usuário, é pouco dispendiosa.É como anuncia o jargão popular – “É ruim, mas é barato”. Parabéns Luiz Pacheco, ninguém esta oferendo valor ao usuário do sistema de saúde, público ou privado. Estamos apenas contabilizando custos. Porém estamos arcando com um valor inestimável, VIDAS.
Gostei do artigo!!
Tenho Unimed, Pago mais de R$ 300,00 mês.Com diagnostico de carcinoma, fiz exames RM via liminar.Ñ obtive resposta aut. p cirurgia.
Peregrinei meses no INCA.
Fiz cirurgia Oncologia Hosp. Geral de Bonsucesso. Na hora do sufoco só o SUS.
Volto a justiça p/ tratamento Radioterapia, msm tendo direito p contrato.
Tenho Unimed, Pago mais de R$ 300,00 mês.Com diagnostico de carcinoma, fiz exames RM via liminar.Ñ obtive resposta aut. p cirurgia.
Peregrinei meses no INCA.
Fiz cirurgia Oncologia Hosp. Geral de Bonsucesso. Na hora do sufoco só o SUS.
Volto a justiça p/ tratamento Radioterapia, msm tendo direito p contrato.
Tenho Unimed, Pago mais de R$ 300,00 mês.Com diagnostico de carcinoma, fiz exames RM via liminar.Ñ obtive resposta aut. p cirurgia.
Peregrinei meses no INCA.
Fiz cirurgia Oncologia Hosp. Geral de Bonsucesso. Na hora do sufoco só o SUS.
Volto a justiça p/ tratamento Radioterapia, msm tendo direito p contrato.
Cuidar da saude na juventude, acumular recursos, e prevenir. Esse eh o caminho.
O Problema maior dos “custos” da saúde, é que supervalorizam tudo.
Por exemplo, ao fazer uma cirurgia de grande escala, como remover uma parte do intestino por exemplo, o cirurgião precisa dar pontos utilizando uma espécie de grampeador descartável (que possui a mesma tecnologia que um Zíper, e acredito que o mesmo custo de fabricação), mas por se tratar de material de cirurgia, custa uns R$ 1500,00 (valor de custo do hospital).
E isso é só um pequeno exemplo.
O texto é baseado em tantas premissas problemáticas e outras tantas amplamente discutíveis (e números, no mínimo, questionáveis) que é impossível comentar todos.
Por isso, vou me ater ao problema da falácia da expectativa de vida. Não é real a ideia de que, no passado, as pessoas adultas viviam décadas menos do que nos tempos modernos.
É comum a disseminação de números reais, que dão conta de que a expectativa de vida em sociedades pré-modernas era décadas mais curta do que a atual (40, 50 anos? Há épocas e locais em que se estimam que nem chegue aos 40). E é comum esta informação vir acompanhada com a interpretação de que, antigamente, as pessoas viviam MUITO menos porque tinham doenças que as matavam cedo, ao passo que hoje temos condições de curar tais morbidades.
O fato é que esta interpretação ignora que a expectativa de vida anormalmente baixa (inclusive em países miseráveis, de baixíssimo IDH, hoje em dia) se deve imensamente mais à altíssima mortalidade infantil do que a um possível incremento de longevidade proporcionado pela medicina moderna às pessoas que atingem a idade adulta.
Este incremento de fato existe, mas é muito menor do que este tipo de interpretação aqui criticada faz supor. Assim, a expectativa de vida de 60 anos citada no artigo não passou aos 72 porque hoje temos pontes de safena e stents. Talvez 1 ou 2 anos possam ter sido ganhos nisso, mas os outros 10 ou 11, a esmagadora maioria deste acréscimo, se deve a coisas como saneamento básico, que acaba com o cólera; partos ocorridos sob controle hospitalar, o que aumenta a taxa de sucesso de um parto difícil, e confere maior possibilidade de sobrevivência do bebê e da mãe; vacinação infantil, que elimina morbidades importantes e diminuem a taxa de mortalidade infantil; etc.
Excelente comentário.