A Importância do Bom Nome da Família
A direita dá muita importância à conservação da boa reputação familiar. Isso permite que os filhos comecem suas vidas profissionais “com o pé direito”, já com a fama de serem corretos e confiáveis nos negócios, por exemplo.
Além desse início facilitado, famílias tradicionais tendem a acumular riquezas ao longo das gerações e possuem menos membros “delinquentes”, devido à constante pressão familiar. Ninguém quer ser a “ovelha negra da família”. É isso que os conservadores desejam preservar.
O oposto de conservador não seria “progressista”, mas sim o pensamento “dane-se o sobrenome”. Muitos se consideram progressistas por acreditarem que a direita representa estagnação, a defesa do “status quo”.
Minha vida profissional foi bem mais difícil do que a dos meus filhos. O sobrenome Kanitz não era conhecido, e isso até gerava certa desconfiança: de onde esse cara vem? Hoje, meus filhos agradecem o bom nome que construí. Recebo elogios do tipo: “Gosto muito de seu pai por isso, isso e aquilo”. Assim, eles percebem que valores morais são apreciados neste momento da história humana.
Como nas boas empresas, o nome Kanitz tornou-se uma marca valiosa, e nosso brasão familiar é o símbolo dessa reputação — algo muito conservador. Compare isso com o legado deixado aos filhos de Lula ou Odebrecht. Alguém compraria um carro usado deles? Ou investiria suas economias suadas? Por isso, filhos de esquerdistas muitas vezes começam a vida com o “pé esquerdo” e ganham menos ao longo de suas vidas.
Essa perspectiva, focada no legado familiar em vez da simples defesa do “status quo”, é respaldada por diversos pensadores conservadores:
Edmund Burke – Considerado o pai do conservadorismo moderno, argumentou em Reflexões sobre a Revolução na França (1790) pela preservação dos valores familiares herdados como um dever moral para com as gerações passadas e futuras. Ele enfatiza a “parceria entre os vivos, os mortos e os que ainda nascerão”, sugerindo que honrar a própria família e herança é central ao conservadorismo.
Russell Kirk – Em The Conservative Mind (1953), argumenta que a honra pessoal e a responsabilidade são deveres morais que os conservadores têm para com suas famílias e comunidades, priorizando valores em vez de estruturas sociais rígidas.
Roger Scruton – Em How to Be a Conservative (2014), foca na preservação de valores que dão sentido e dignidade à vida, incluindo os ligados à família, honra e cultura. Ele defende uma “ética da herança”, que valoriza o dever moral para com a família e a comunidade.
Alasdair MacIntyre – Em After Virtue (1981), enfatiza a importância das virtudes, tradições e narrativas morais que unem comunidades e famílias.
Michael Oakeshott – Em On Being Conservative (1956), descreve o conservadorismo como respeito aos costumes estabelecidos, aos laços familiares e à responsabilidade pessoal.
Leo Strauss – Defende um retorno aos valores morais clássicos que as famílias devem incorporar, ressaltando que o conservadorismo foca na preservação do caráter e não na simples manutenção do status quo.
Atenção: se você diz “sou um progressista”, pode estar indicando que desconhece a origem do termo conservador e que dedicou parte de sua vida a uma causa mal compreendida.
“Na dúvida, vamos contratar outro. Passe bem.”