A Era do Robô Chegou
Comprei, três meses atrás, ações da Tesla na B3, quando Elon Musk anunciou que passaria a produzir robôs mais do que carros.
Eu estava procurando uma empresa na área de inteligência artificial especializada em Supervised Learning, cuja tecnologia já está pronta, ao invés de AGI ou Unsupervised Learning, que levará mais de 10 anos para ser desenvolvido.
Robôs utilizam Supervised Learning, pois você só precisa mostrar ao robô o que quer que ele faça, pelo menos uma vez.
Além disso, não ser sócio do homem mais inteligente do mundo é um erro; essa é a vantagem do capitalismo democrático da direita, em contraste com o capitalismo estatizado da esquerda.
“Ele é mais inteligente do que Einstein” (minuto 54 deste vídeo: https://youtu.be/_cPkmDSjHQ4?si=h3YKIKaokKuJZQNY).
Elon Musk, discretamente, criou o Optimus, que ele quer vender por 20.000 dólares, ou alugar por 80 dólares ao mês.
Veja o vídeo: https://youtu.be/rP6rdmrpRUg?si=fhnw2HGWhK0RGbGd.
Ou seja, a Tesla irá vender milhões de robôs, não apenas carros elétricos.
Elon Musk criou um robô extremamente capaz de usar as mãos e andar melhor do que os outros, que estão priorizando apenas a mobilidade.
Ele já produziu 1.000 unidades do Optimus, que estão na linha de produção da Tesla, substituindo funcionários que custam 4.000 dólares por mês. Mais uma vez, ele está anos-luz à frente.
Em um artigo na Veja de 1999, escrevi: “Daqui a 100 anos, as máquinas farão tudo para nós e ninguém terá de trabalhar” (https://blog.kanitz.com.br/robo-vida/).
Não imaginei que demoraria apenas 30 anos.
Por isso, ninguém está pensando nisso, nenhum governo se preparou para esse tsunami, e poucos compraram ações da futura maior empresa de fabricação de robôs do mundo.
Mesmo que eu não lucre, apoiei o início da segunda revolução industrial, e isso não tem preço.








Uma resposta
A questão de como os humanos se sustentariam em um futuro onde os robôs realizariam a maioria das tarefas é complexa e objeto de intenso debate entre economistas, futuristas e formuladores de políticas. As principais perspectivas e soluções propostas incluem:
1. Redefinição do Trabalho Humano
– Especialistas sugerem que, em vez da extinção total do trabalho, haverá uma redefinição das habilidades necessárias. Os humanos se concentrarão em áreas que exigem:
– Criatividade e inovação: Desenvolvimento de novas ideias, artes, entretenimento e pesquisa científica.
– Inteligência emocional e habilidades interpessoais: Funções que dependem de empatia, compaixão, cuidado e interação humana, como saúde mental, educação e serviços personalizados.
– Tomada de decisão complexa e ética: Áreas que envolvem julgamento moral, liderança e governança.
– Trabalho “artesanal” ou exclusivo: Produção de bens e serviços personalizados e de pequena escala que serão valorizados por serem feitos por humanos, em contraste com a produção em massa automatizada.
2. Mudanças no Sistema Econômico e Social
A automação generalizada provavelmente exigirá grandes transformações nos sistemas econômicos e sociais existentes:
– Renda Básica Universal (RBU): Uma das soluções mais discutidas é a implementação de uma Renda Básica Universal, na qual todos os cidadãos recebem um valor regular e incondicional do governo para cobrir suas necessidades básicas. Isso dissociaria o sustento da necessidade de um emprego tradicional.
– Propriedade e distribuição de riqueza: Modelos econômicos podem evoluir para abordar a crescente concentração de riqueza nas mãos de poucos que possuem a tecnologia. Isso pode incluir a propriedade mais distribuída dos meios de produção automatizados ou novos sistemas de taxação sobre a produtividade robótica.
– Redução da jornada de trabalho: A maior eficiência da produção robótica pode levar a uma redução significativa nas horas de trabalho necessárias para manter a sociedade funcionando, proporcionando mais tempo para lazer, desenvolvimento pessoal e envolvimento comunitário.
3. Foco na Aprendizagem Contínua e Requalificação
– Para a transição, será crucial investir em educação e programas de requalificação (reskilling) para ajudar os trabalhadores deslocados a adquirir novas habilidades alinhadas com as demandas de um mundo tecnológico.
– Sustentação dos Robôs
A sustentação dos próprios robôs (energia, manutenção, produção de novos robôs) seria integrada ao ciclo econômico automatizado. Robôs fariam a manutenção de outros robôs e gerariam a energia necessária para sua operação, otimizando a produtividade e reduzindo custos operacionais.
Em resumo, o futuro provavelmente não será um cenário de “nós contra eles”, mas sim de uma coexistência e colaboração humano-robô em um sistema socioeconômico transformado, onde o valor do trabalho humano é redefinido e novas formas de sustento e distribuição de riqueza são estabelecidas.