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As ideologias de direita e esquerda não estão dando certo no mundo ocidental, isto deveria ser já óbvio para quem está lendo este manifesto.
A Administração Responsável das Nações adota uma ideologia própria, que não é de direita nem de esquerda.
Não acreditamos na supremacia do indivíduo, como fazem os Liberais, Libertários e Neoliberais, nem na supremacia do Estado, como acreditam os Fascistas, os Socialistas, os Comunistas, Trotskistas, Maoístas, Castristas, Bolivarianos, etc.
Acreditamos que o ser humano tem obrigações sociais, sim, mas não com o Estado, a Pátria, a Brasília, e sim com a sua comunidade.
Acreditamos na comunidade, que se organiza para realizar coletivamente algo em conjunto.
Afinal lidamos com empresa, ONG, igreja ou repartição pública, que são comunidades com objetivos, regras, estímulos, justiça, remuneração salarial, eleições, governança, auditoria, controle de custos.
Acreditamos que todos precisam ser protagonistas das comunidades ou organizações a que pertencem.
Neste sentido somos contra a direita e a esquerda que acreditam na hierarquia, na obediência, seja do partido, daqueles no poder, da igreja, ou da nobreza ou na tradição.
Somos contra a centralização do poder da direita e da esquerda, somos a favor da delegação do poder, do empowerment, do cumprimento das suas funções pré determinadas e não de ordens.
Algumas de nossas propostas comunitaristas vocês já estão cansados de ler aqui, como:
1. Luta pelo voto distrital.
2. Luta contra o crescimento do poder do governo federal.
3. Luta contra a centralização do poder na mão de um pequeno número de acadêmicos intelectuais, uma constante nos meus artigos.
4. Somos contra o socialismo centralizador de Estado e do império do individualismo exacerbado dos neoliberais.
Somos a favor da Comunidade em primeiro lugar.
Somos a favor da Responsabilidade Social, de que nenhum indivíduo ou família pode esquecer daqueles mais pobres que vivem na sua comunidade.
Neste sentido somos de esquerda ou centro esquerda.
Por exemplo, no site voluntarios.com.br, que criamos 20 anos atrás, tentamos direcionar o voluntário para uma ONG a 1000 metros de sua casa, e não do outro lado da cidade.
Se você quiser trabalhar numa ONG sobre aquecimento global do outro lado da cidade, alertamos que primeiro seria melhor você cuidar da sua própria comunidade, antes de sair salvando o mundo.
Somos a favor de jornais do bairro que noticiam o que ocorre com seu vizinho, em vez de noticiar que um avião que caiu na Índia.
Somos contra o Ministério da Educação que centraliza a política educacional.
Educação é assunto dos pais da comunidade, usando recursos didáticos da própria comunidade como pregava Paulo Freire.
Professores devem ser sempre escolhidos pela própria comunidade, levando em conta critérios morais da comunidade e não escolhidos pelo Estado com emprego vitalício, por razões puramente acadêmicas.
Somos contra transporte público subsidiado, bandeira defendida pela esquerda e pela direita.
Foram estas políticas de transporte “público” que destruíram dezenas de comunidades, onde as empresas desempregaram trabalhadores da Comunidade, para contratar desconhecidos a 30 km de distância.
Nós queremos menos poder ou pulverização, e a distribuição deste poder. Reduzir o poder da elite branca burocrática de Brasília e entregá-la às lideranças comunitárias locais.
Nossa saúde é comunitária, onde o médico vive no bairro, conhece o paciente e a família, conhece todo mundo.
Administradores normalmente são comunitaristas, porque administramos pequenas comunidades de 200 a 50000 pessoas.
Acadêmicos tendem a ser socialistas porque lidam com grandes variáveis como IDH, PIB e taxas de câmbio, valores que afetam a sociedade como um todo, não a comunidade.
Também há questões polêmicas.
Fortalecer a comunidade traz melhores resultados no combate às drogas, criminalidade e violência, do que um sistema centralizado em Brasília.
Comunitarismo devolveria ao brasileiro o senso de cidadania, resolveria esta desilusão e impotência que cada brasileiro sente hoje com os governos que tivemos de 1500 para cá.
Felizmente, o brasileiro por índole é comunitarista.
Nosso clube de futebol sempre foi o do bairro.
Não somos de mudar de cidade como o norte americano.
Foi o regime militar que mudou o enfoque do amor à comunidade ao amor à pátria.
Aumentou impostos federais e estaduais.
Centralizou praticamente tudo na nossa economia, tirando poder dos municípios e dos estados.
Foi o regime militar, nacional socialista, que estatizou a economia.
Criando esta categoria COMUNITARISMO, esperamos convencê-los a estudar mais esta ideologia política e humanista.
10 respostas
Excelente ideia, lembrei de uma frase que diz: “se você quer entender o macro é preciso primeiro entender o micro”.
O que temos de ideologia negativa, que a gente sempre ouve por ai, é que a comunidade se resume em periferia, e periferia só tem coisa ruim, pessoas ruins e miseráveis. É o lugar de pessoas pobres, fedorentas, bandidos, drogados, aproveitadores extremos e estão sempre com o rosto atravessado de ódio e ignorância.
Existe a outra comunidade, a que não está nem ai para os que vivem na periferia, a não ser quando precisam dos seus votos de apoio, é a comunidade que se isola em residenciais, ocultas pelo vidro de seus carros, que prefere esquecer que existem outros irmãos brasileiros precisando de ajuda. O ruim disso tudo é que o brasileiro é daqueles que cospe no prato de comeu em instantes, as vezes não vale a pena o sacrifício. Que eu esteja errado!
Perfeito o artigo. Creio que houve apenas um engano. Onde se lê, Infelizmente o brasileiro, não seria: Felizmente o brasileiro?
Parabéns e grande abraço!
Eu diria que o comunitarismo que você cita,está mais alinhado com pensamentos liberais e até conservadores, ou seja mais a direita. De qualquer forma o importante são os objetivos a que se propõe, independente de encontrar sua definição na esfera ideológica.
Artigo inspirador! Há que se aprofundar o conceito, também, desde a perspectiva da Ciência Política.
Permita-me discordar da seguinte frase: “Foi o regime militar que mudou o enfoque do amor à comunidade ao amor à pátria.” De meu ponto de vista quem mudou o enfoque do amor à comunidade foi Getúlio Vargas, que aboliu até as bandeiras regionais. O regime militar apenas reforçou o estrago.
Professor,
Recomenda alguma leitura onde possamos aprofundar este conceito?
Abs,
Professor, as ideologias (sonhar com um futuro idílico) nos levaram às pragas do século. XX: comunismo, nazismo e fascismo. Não precisamos de ideologia, não precisamos inventar. Podemos conservar – ou restaurar – o que já tivemos, sem idealizar o passado . Mas, 6 anos após seu artigo, temos um governo central que prega menos Brasília e mais Brasil. É governo conservador, logo, não coloca o indivíduo como centro, como os liberais e libertários. O comunitarismo descrito no texto já é uma realidade nos EU, país conservador, apesar do incômodo avanço da esquerda nas últimas décadas
Ideias muito interessantes e pertinentes.
O comunitarismo não levaria à um nacionalismo exacerbado e à incapacidade de dialogar com o exterior e o que ali acontece?
Falar de Paulo Freire me trás asco. É um ideólogo marxista antes de ser pedagogo. Não comungo com essa ideia.
No demais, vejo como plausível demais a reflexão!
Acho que esta seria uma boa pauta/projeto para ser apresentado no Banco Mundial, que poderiam financiar iniciativas de comunitarismo.
É muito comum nos Simpsons reuniões comunitárias em Springfield