Entenda Essa Reforma Tributária

 

A maioria das propostas de Reforma Tributária são feitas por amadores, intelectuais, no mundo da teoria.

São pessoas que nunca trabalharam num departamento de contabilidade por exemplo.

Por isso esses amadores falam em diminuir o número de impostos para seis, “simplificar” coisas que amadores pensam porque são ideias simples, de primeira derivada.

Se esses amadores tivessem pelo menos feito estágio numa empresa, saberiam o seguinte.

1. Uma empresa média elabora mais do que 2.000 pagamentos por mês para funcionários e fornecedores.

2. Todo pagamento requer uma série de cálculos, requer comparar o pedido, a nota de entrega, os itens rejeitados pelo departamento de qualidade, etc.. e refazer o cálculo preço, quantidade ou horas trabalhadas.

3. Reduzir o número de impostos de 52 para seis ou oito, tônica principal da maioria das propostas de Reforma Tributária, por esses neófitos em administração de empresas, não fará a menor diferença para quem já paga 2.000 outras despesas.

Portanto, essa ideia de que precisamos simplificar e reduzir o número de impostos é uma enorme bobagem.

O imposto único do economista Marcos Cintra, da FGV, que dedicou a sua vida para um único imposto sobre transações financeiras, é uma bobagem maior ainda.

O correto em administração é pagar um preço para cada produto ou serviço prestado por um fornecedor.

Se são 2.000 que prestam ou fornecem produtos diferentes, deveria ser óbvio que teremos 2.000 preços e pagamentos diferentes.

Se o Estado oferece 200 serviços deveríamos ter 200 impostos, e não 54. Embora como iremos ver, nem todos teriam de pagar por todos esses serviços.

Se você não exporta nem viaja não há razão para você pagar pelos custos do Itamarati.

Se você não teve o privilégio, sic, de uma educação Universitária Federal, não há razão para você pagar esse bando de professores.

Quem tem que pagá-los são os ex-alunos, depois de formados, num imposto Educação Superior, tipo 2% do salário pelo resto da vida.

Esses amadores querem taxar tudo que é receita, quando todo imposto deveria estar associado a uma despesa.

Fazer uma “reforma” reduzindo de 52 para oito é aumentar as alíquotas dos oito que sobraram.

E obrigá-lo a financiar montes de serviços que não lhe pertencem.

Será que não percebem que isso jamais será aceito?

Numa democracia não se pode impedir idiotas de fazerem propostas idiotas.

Mas jornalistas deveriam saber identificá-los para não passarem também por idiotas.

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