Entenda Poligamia

Acho curioso o número de intelectuais que é a favor da Poligamia.

Poligamia sempre foi um valor de rico, um valor burguês por excelência.

Quem sempre lutou contra a poligamia foram os pobres, notadamente os homens pobres.

Estes não tinham acesso às milhares de mulheres do harém dos ricos, e portanto corriam o risco de extinção genética.

Uma mulher dificilmente corre o risco de extinção genética num regime poligâmico, ao contrário dos homens.

O xeique retirava de circulação milhares de mulheres, deixando milhares de homens pobres sem chance de procriação.

Por isto, a Poligamia gera violência entre os homens, nenhum homem quer ficar sem mulher. E, quantas guerras na Grécia tinham por causa uma única mulher?

Por isto o Cristianismo, religião originalmente de escravos pobres, insiste tanto na monogamia.

É uma forma de justiça genética.

Hoje, ainda temos a Poligamia entre os ricos conhecida como Poligamia Serial, onde um homem tem mulheres sucessivamente, através de casamentos seriais.

Mas perceba como estes ricos trazem violência, na medida que eliminam uma mulher do pool genético dos homens mais pobres.

Tomemos o exemplo de um homem rico e velho que abandona a sua esposa de 45 anos, já infértil, e se casa com a secretária de 25, loira e formosa.

Obviamente, isto normalmente deixa um jovem de 27 anos com sérios problemas de acasalamento, já que tira uma mulher de circulação.

A mulher que sobra, lembre-se, tem 45 anos e não é mais fértil para satisfazer o instinto reprodutivo do jovem de 27.

Se aos 50 anos você abandonar sua esposa de 45, por uma secretária de 25, estará eliminando do mapa genético um rapaz de 27, que tenderá a se tornar violento à medida que ele perceber o que você fez com as chances dele de perpetuar seus genes.

Nos Estados Unidos, já chega a 50% o número de casamentos que termina em divórcio. Faça os cálculos da convulsão genética que isto deve estar gerando.

A monogamia tem a vantagem de criar uma sociedade onde nenhum homem pobre é excluído do seu direito de se reproduzir, algo que o direito ao divórcio, tão defendido pelos progressistas, destruiu.

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Comentários

10 respostas

  1. Ótimo comentário.
    E eu sou como Kanitz, também adoro remar contra a maré. Minha fase de querer “ser legal para ser querido” já passou. Agora sou fiel aos meus princípios cristãos.
    É claro que, com isso, tenho menos “amigos”. Mas tenho paz de espírito.

  2. Então zuck é 10x mais rico que eike, e meu filho recém nacido que ganhou mil reais da vó em deposito é mais rico que todos eles!
    Que bobagem…
    Eike precisa primeiro ganhar o dinheiro pra ser o mais rico!
    Por acaso é garantia que o time que está em 5 na tabela mas vem invicto por várias rodadas ganhar o campeonato?

  3. Falou tudo! O problema não é criticar, adoro quando essas críticas são solidas, e também não gosto de poligamia. O problema é cometer esse monte de erros conceituais. Basear sua premissa em argumentos não sólidos e querer concluir algo maior com isso.
    Eu lia Kanitz na Veja pois ele tinha uma teoria controversa que me fazia pensar, e argumentos sólidos pra basear essa teoria. Aí achava genial e saia por ai mostrando para todas as pessoas a revista pra eles lerem isso também. Como o “contrato de casamento”.
    Mas agora não tem como eu mostrar um artigo desses pra qualquer um acima de 30 e ele não me apontar 3 ou 4 falhas ou forçadas de barra nessa teoria.

  4. Eu nunca ouvi tanta bobagem…
    Kanitz, no mundo tem mais mulher que homem, fora os gays…
    Tem mulher sobrando!!!
    E outra, que papo é esse de contra divórcio?
    Não deu certo, mude! Livre Arbítrio…

  5. Eu acompanho completamente a sua explicação do cenário, e ela me parece certíssima.

    Eu digo mais: um grande problema social dos homens modernos é o aumento da sobrevida masculina.

    As altas taxas de suicídio entre homens (4 vezes maior que entre mulheres), de moradores de rua (também 4 vezes mais numerosos que mulheres) me parecem ser resultado exatamente desta desigualdade de acesso às fêmeas (que por sua vez é desigualdade quanto a ter filhos e amparo na velhice e um próprio sentido de existência após os 40 anos, quando quem tem filho costuma dar sentido à vida no cuidado e conforto da prole).

    Minha interpretação é de que se no passado poucos homens sobreviviam às guerras ( estes tinham farta disponibilidade de mulheres e filhos ) a redução drástica de mortes violentas nos séculos/décadas recentes faz com que os homens que antes morreriam hoje sejam os que ficam desamparados. Os que morreriam no passado são os que são descartados hoje: os fracos, os medrosos…

    Aqui fala um homem que é pobre, que foi casado por muito tempo, mas que fez a escolha de “não ter filho enquanto a vida não melhorasse” (decisão pela qual hoje me arrependo) e que – depois de separado – sente na pele esta questão da “poligamia seriada” (nunca tinha visto esta expressão, mas entendi e acompanho plenamente).

    Tenho hoje muita facilidade em encontrar sexo, mas geralmente com mulheres que já têm filhos e não querem mais. Motivo pelo qual acabo assumindo a estratégia de permanecer “na pista”.

    Então, em que discordo fatal e diamentralmente do seu texto, se pareço concordar com tudo? Com a possibilidade de “solução” através de reflexões morais. Com a possibilidade de que “atacar” moralmente a “promiscuidade” seja de qualquer modo efetivo.

    Creio que este (des)balanço existe como consequência da própria natureza humana, de nossos instintos mais profundos moldados a partir das dificuldades que enfrentamos por milênios no mundo natural (pré-histórico e sobretudo pré-industrial).

    Para qualquer bicho – e não somos exceção quando digo “qualquer bicho” – a natureza dota de determinados instintos que dizem respeito aos problemas enfrentados pelos ancestrais deste bicho. Para os papagaios e maior parte das aves voadoras a natureza deu a monogamia (porque o revezamento no cuidado dos filhotes é imprescindível para sua sobrevivência: enquanto um dos pais voa longe pra buscar comida o outro fica no ninho chocando os ovos/protegendo de predadores). Para os leões foi a poliginia (várias fêmeas para os poucos machos que chegam à idade adulta: os outros são mortos pelos machos concorrentes na infância ou adolescência) por conta da capacidade de que poucos machos “patrulhem” grande porção de território garantindo o acesso daquela região às fêmeas do bando e seus filhotes.

    Eu enxergo tudo isso que você desenhou – ao meu ver muito bem – não como um cenário de desvio moral da espécie, da sociedade, mas como um conjunto de desafios que nos são colocados à mesa pela nossa própria existência como bichos humanos. Nossa espécie não foi desenhada nem pra poligamia nem pra poliginia, ao meu ver ela foi desenhada para um misto entre estes dois sistemas de acasalamento.

    Não somos leões (sempre poligínicos, com poucos machos tendo muitas fêmeas e os demais machos mortos) nem papagaios (sempre monogãmicos, com cada macho tendo uma única fêmea).

    Ecologicamente estamos no meio disso. Não somos nem tão dependentes de cuidado estritamente biparental quanto papagaios nem nossos machos [na natureza] são tão competentes em dominar tanto recurso quanto os leões. São estes os dois fatores fundamentais que determinam os sistemas de acasalamento: necessidade de cuidado biparental e valor adaptativo extra ao macho que domine muito recursos [ pela capacidade de prover filhotes de um grande número de fêmeas].

    O maior sucesso reprodutivo dos machos que dominam mais recursos (muito acesso a grande número de fêmeas) e o insucesso reprodutivo dos que dominam quantidade insuficiente de recursos, com um padrão intermediário (mais tendendo ao monogâmico) na “classe média” me parece muito mais um condicionamento biológico que cultural.

    São ossos do ofício de termos virado humanos, mas ainda permanecermos – inalteravelmente – bichos.

  6. Ahhh, e o motivo pelo qual os intelectuais tendem a defender a poligamia é precisamente o que você explicou. Intelectuais geralmente são homens ricos. Naturalmente (e – repito – este naturalmente é em todos os sentidos) a monogamia os favorece.

    Ou pelo menos não os atrapalha (se forem mulheres).

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