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Só existe uma forma de reduzir o poder autoritário do professor brasileiro.
Só existe uma forma de acabar com a doutrinação em favor de um estado forte, única forma que esses professores incompetentes podem sobreviver.
Professor que ensina não pode ser o mesmo que dá as notas para os seus próprios alunos.
Esse é um princípio fundamental de Administração.
E é incrível que ninguém saiba disso.
Que ninguém se preocupe em aprender esta ciência antes de sair implantando políticas públicas.
Pelo menos visite uma empresa antes de sair por aí.
Quem avalia os resultados de nós Administradores, nunca é o próprio Administrador que executa.
Quem nos avalia é um Contador, um Orçamentista, ou o Depto. de Planejamento.
Essa de “eu cumpri o currículo inteiro e os alunos tiraram nota dez, afirmo eu professor”, é balela da esquerda.
Nenhum professor meu jamais ensinou o currículo até o fim.
Professor não pode dizer o que vai cair na prova quando não cumpre o planejado.
A própria prova tem de ser redigida por outra pessoa que não o próprio professor.
O professor também não pode corrigir as provas dos seus alunos porque no fundo é o professor que está sendo avaliado, mais do que os alunos.
Tivemos cinco economistas nos últimos 25 anos no Ministério da Educação, e nenhum desses gênios estudou técnicas de avaliação e controle? Claro que não, estudaram juros e câmbio.
Tirar o poder do professor de dar notas é a única forma de permitir aos nossos filhos contra-argumentarem em sala de aula, sem receio de serem perseguidos na prova final.
Acabando com a ditadura do professor.
Para que entrar em lutas ideológicas com a esquerda, quando princípios elementares de administração resolveriam o problema?
Fica claro que a diretoria do Escola Sem Partido nunca consultou um único administrador, somente advogados para se orientar como se implanta uma ideia com sucesso.
Muito triste a nossa ignorância administrativa, e o quanto isto nos custa.
Quando vocês vão valorizar a profissão do Administrador?
12 respostas
Excelente artigo, professor. Nunca havia parado pra pensar nisso, e faz todo o sentido.
Essa ideia já foi implementada há décadas pelos cursos pré-vestibulares. As provas são ministradas pela coordenação do curso. Além de aferir o quanto os alunos absorveram do conteúdo ministrado pelo professor, o próprio professor é avaliado com base nas notas dos alunos. Se as notas dos alunos são consistentemente baixas para um dado professor, medidas são tomadas para que o professor melhore o desempenho (e.g. reciclagem, demissão, etc.)
Adorei o artigo, sempre pensei dessa maneira. Parabéns Sr. Stephen Kanitz, sempre acompanho seus artigos com frequência.
Dependesse do nosso professor, todo mundo deveria estar submisso aos bacharéis em administração. O tipo de texto que só gera preconceito raso. “Ditadura do professor” é dose de engolir, pois falar isso sem abordar a temática das secretarias e ministério da educação, suas diretrizes, quem os comanda, o mercantilismo que tem se tornado nosso sistema educacional é perder tempo do leitor pra passar uma suposta imagem de eficiência e boas saídas, mas que não passa de uma forma de resolução fácil de problemas complexos. Ou seja, baboseira.
Muito bem observado, entretanto, com o aparelhamento das faculdades e universidades, o professor que corrige, o que avalia e o que ensina estarão na mesma linha de opinião. Antes restrito às disciplinas de ciências sociais e humanas, o proselitismo agora se estende a todos os cursos via a programação de atividades de extensão, cuja obrigatoriedade está prevista na LDB de FHC (o pai do marxismo cultural no Brasil). Antes esquecida, a extensão está sendo potencializada nas universidades federais e por tabela nos estabelecimentos particulares via processo de credenciamento ou recredenciamento.
Na universidade na qual ensino, alguns cursos já adotam um sistema parecido com esse. Inclusive, não permitindo que o professor aplique a prova aos alunos para quem ensina. Infelizmente, o curso de administração não é um deles. Até mesmo porque alguns de meus companheiros nesse curso, morrem de medo de serem avaliados.
Prezado Kanitz, Essa foi bola fora mesmo! Está na cara que o Sr. não se deu ao trabalho sequer de ler o que propõe o ESP e as razões do projeto! A premissa que defende é correta, mas não têm nada haver com o ESP! Esse tipo de associação apenas denigre a proposta, como outras que estão sendo feitas! Uma pena!
Interessante a idéia, professor Kanitz.
O senhor buscou sugerir algo do gênero ao pessoal desse movimento?
Minha dúvida reside em como/quem prepararia as provas e as corrigiria, um “professor proveiro”? Isso não custaria demasiadamente aos cofres públicos ou oneraria as escolas privadas?
Pertinente, mas a Escola Sem Partido é o famoso “é o que tem pra hoje”. Porque se falassem “Escola Sem ESTADO”, que é o que realmente se precisa, seriam apedrejados e queimados em praça pública no mínimo.
O Brasil não é administrado há muito tempo. Ainda faz o produto inteiro, quando está pronto procura os defeitos e, encontrando algum, dispensa o produto todo. Ou seja, controle típico dos tempos em que a matéria prima era farta e a concorrência não. Em 1980 já estudávamos em Administração esse modelo como um caso histórico, ultrapassado, pré-administrativo e no Brasil a prática é essa em todos os setores. Só pagando mal e cobrando bem para sobreviver a tanta incompetência.
Professor, parabéns pela ideia e aplicação do conceito. Conhecia o princípio mas nunca tinha pensado nele aplicado a Educação desta forma. Interessante. Mas, mudando de assunto, tenho uma observação a fazer. Em minha opinião, na sua luta por valorizar a profissão do Administrador deverias focar na melhoria da qualificação dos próprios profissionais Administradores em vez de focar na depreciação de outras profissões, como a do Economista. Economistas só estudam juros e câmbio? Talvez o senhor devesse estudar mais Economia para compreender melhor do que se trata a ciência, afinal ela está pro trás de muitos conceitos utilizados na Administração, como a influência dos incentivos nas decisões dos agentes, para citar um exemplo. Se os economistas os quais citaste não foram bons gestores públicos, e não estou concordando e nem discordando disso pois não analisei cada caso, talvez o problema esteja na seleção destes “profissionais” por critérios políticos e não técnicos, e não na sua formação acadêmica. Afinal, a Administração é uma das áreas que mais forma profissionais atualmente e temos Administradores por toda a parte, muitos no setor público, inclusive, convenientemente não citados pelo senhor. Entretanto, não observo na prática as contribuições significativas destes gênios todos. Pelo contrário, ainda há muito amadorismo na gestão das organizações, mesmo aquelas geridas por Administradores. Faltam Administradores na sociedade? Discordo, eles existem aos montes. Faltam Administradores qualificados, isso sim, assim como bons economistas, bons engenheiros, entre outros. Também falta um pouco de iniciativa por parte de profissionais qualificados que falham ao buscar seu espaço e defender suas ideias, sobretudo na política. Se for verdade que a diretoria do Escola Sem Partido nunca consultou um único administrador, o que duvido, é porque talvez nenhum administrador tenha tomado a iniciativa de participar do movimento. Então, concluindo, creio que existem bons e maus profissionais em todas as áreas e o mais sábio é avaliar as pessoas individualmente por suas ideias, conhecimentos e habilidades, e não julgá-las pelo rótulo da sua titulação acadêmica. Todos somos ignorantes, mas em assuntos diferentes. E para finalizar, segue o conselho de um Economista. Se quiseres realmente contribuir para a maior participação dos Administradores no mercado, sugiro não lutar a favor de reservas de mercado para a profissão. Reservas de mercado só fomentam a incompetência e mediocridade dos profissionais. É um desincentivo à qualificação e à competitividade. Bons profissionais encontram seu espaço e não precisam disso. Quanto aos maus, é melhor que se afastem mesmo do mercado para não prejudicar a imagem dos bons.
Quanta bobagem escrita.