Por que é Sempre a “Cara do Pai”?

Quando a enfermeira traz o bebê para a mãe pela primeira vez, a grande maioria das mulheres diz sem pestanejar que “é a cara do pai”.

Mais do que 80% das mães descrevem o bebê assim, embora geneticamente a estatística correta deveria ser 50%.

O que está acontecendo? Por que 30% das mulheres estão mentindo?

Por duas razões.

Elas sabem que os homens têm um pavor danado de não estar criando o seu próprio filho.

Mulheres têm tido uma longa e triste história de infidelidade conjugal, e muito mais homens cuidam de filhos que não são deles do que gostaríamos de supor.

Só agora estão surgindo pesquisas, através de testes de paternidade, que mostram que entre 8 a 30% dos filhos não são do marido das esposas, e eles nem sabem disto.

No México chega a 22%, no Brasil varia entre 10% a 14%.

Ou seja, um em oito ou um em cinco filhos não é do verdadeiro marido. Isto é muito sério!

Como puderam as sociólogas, psicólogas e antropólogas feministas ocultar estas estatísticas e pesquisas durante trinta anos?

Onde fica a integridade intelectual, como alguém que se compromete a defender a ciência e a verdade esconde dados tão chocantes e reveladores?

E esta estatística se complica ainda mais.

O valor se refere a número de filhos, e não de mães.

Se supormos que trinta anos atrás a média de filhos por casal era de 3 filhos, e que somente um destes filhos tem falsa paternidade, isto significa que 36% das mulheres, ou seja 3 vezes 12%, tiveram um filho extra conjugal.

Supondo também que nem toda mulher que tenta consegue o seu objetivo, temos um problema gravíssimo pela frente.

Grave para o Homem Tipo P, que considera paternidade algo importante, ficará arrasado, como muitos ficam com estes novos teste de paternidade, Presidente Fernando Henrique Cardoso que o diga.

Homem tipo G, este não está nem aí quem é seu filho ou não, e talvez se conforme com estes dados. Afinal, ele nunca se preocupou com a criação de seus filhos, acha que é atribuição do Estado, da medicina e educação estatal, de suas amantes e ex-esposas.

Diante destes fatos, fica mais compreensível porque homens tipos P criaram estas medidas extremamente machistas de cintos de castidade, burkas, conceito de virgindade, vigilância constante, algo considerado abominável hoje em dia.

São formas exageradas de garantir que o filho será seu.

As mulheres que mentem ao dizer “é a cara do pai”, provavelmente sabem destas estatísticas, embora não necessariamente tenham traído o marido.

Estou escrevendo tudo isto porque infelizmente é estatisticamente comprovado que a violência de um pai é muito maior com o filho que menos parecer com ele.

Filhos de casais separados são muito mais objetos de violência paterna de seus padrastos do que de seus próprios pais.

Filhos que “são a cara do pai” têm menos casos de violência paterna, do que os filhos que são a cara da mãe.

É triste, mas é assim, e agora sabemos o porquê.

Normalmente, o relacionamento é melhor com o filho que se parece mais com o pai, e pior com o filho que se parece com a mãe.

Isto é um erro monumental, e todo pai de família precisa ficar atento ao que vou dizer.

Se seu filho tem a cara da mãe não significa que ele não é seu.

Nem significa que a personalidade será exatamente a da mãe.

Provavelmente, poderá ser a cara da mãe e o gênio do pai, algo que vocês vão descobrir quando ele ou ela chegar na adolescência.

A primeira consideração é lembrar como funciona o genoma humano. O fato de que você tem a cara da mãe não significa que você terá o gênio, as idiossincrasias, a inteligência ou o humor da mãe.

Do ponto de vista do genoma, seus filhos vêm todos com os genes do pai e da mãe embaralhados.

Num caso extremo, seu filho poderá ter somente os genes da cara da mãe, o resto será praticamente seu clone.

Ou seja, as aparências enganam.

Portanto, muito cuidado para não rejeitar, mesmo subconscientemente, o filho ou filha que não se parece com você.

Ele ou ela é 50% você, ou no mínimo 45% dependendo de como os genes se embaralharam, mas continua sendo você em parte.

As mães têm toda razão quando mentem para os maridos dizendo que 80% dos filhos são a “cara do pai”, porque a violência masculina tem de ser evitada a todo custo.

Se você está na dúvida de uma filha ou filho que tem a cara da mãe, faça um teste de DNA, mas não viva desconfiado que um filho não é seu, ou que um filho puxou mais a mãe do que você, só porque a face dele é diferente da sua.

Outro erro a ser evitado é tornar a filha ou filho que pareça consigo o seu filho preferido, como muitas vezes ocorre sem os pais e mães perceberem que geneticamente os genes se distribuem exatamente meio a meio.

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Comentários

7 respostas

  1. “Diante destes fatos, fica mais compreensível porque homens tipos P criaram estas medidas extremamente machistas de cintos de castidade, burkas, conceito de virgindade, vigilância constante, algo considerado abominável hoje em dia.”

    “São formas exageradas de garantir que o filho será seu.”

    Vocês estão de sacanagem né? A fidelidade, o zelo, o conservadorismo agora torna o homem P e Possessivos? Homem G é aquele que não liga para os filhos, é infiel e tem mulher em tudo que é canto? Francamente!

  2. Não deveria, mas me sinto incomodado dos meus filhos não se parecerem NADA comigo e puxarem quase que totalmente a família da minha esposa. Sei da honestidade da minha parceira,mas,mesmo assim queria olhar para eles e ver de forma clara a minha descendência.

  3. Odeio quando dizem q meu filho parece comigo. Se for pessoalmente eu dou um fora recheado de palavrões. Se for no face, apago a foto q gerou o comentário.

  4. Concordo com o Jefferson quanto à necessidade de se saber a fonte desses números.
    Por outro lado, acho perigoso deixar de considerar os séculos e séculos de violências masculina contra as mulheres.
    Não gosto da expressão ‘sexo frágil’, mas se vamos usar estatísticas, o que elas mostram é a violência e o assassinato de mulheres ao longo da história humana, violência que segue nos dias de hoje;

  5. Stephen,
    gostei do texto. Na faculdade eu assisti um filme que mostrava um grupo de macacos e a forma como as fêmeas e os outros macacos ludibriavam o macho dominante. Nada mais natural, uma vez que é necessário a preservação da diversidade da espécie.
    Dados como estes mostram que as mulheres não tem nada de sexo frágil. São capazes de conduzir e dirigir suas próprias vidas com atitude e firmeza.
    att,
    Regis Mesquita
    http://www.psicologiaracional.com.br/

  6. Amigo, entendo as estatísticas porém gostaria de saber de onde vieram esses números que voce usou no artigo.
    Agradeço a continuada qualidade que voce pratica em seus artigos. Tem sido sempre um bom momento ler seus textos.
    Abraços,
    Jeferson

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