O conflito geracional nunca esteve tão acirrado quanto hoje.
As gerações Z e Y, chamadas de “preguiçosas” ou “ingratas”, olham para os Baby Boomers e enxergam mais que uma simples diferença de valores: um legado de promessas quebradas e um mundo em “ruínas”.
Se antes as disputas eram entre esquerda e direita, agora o verdadeiro embate parece ser geracional.
Os Baby Boomers viveram um período de crescimento econômico, com acesso à educação e a ilusão de progresso infinito. Exploração de recursos parecia inesgotável, e o impacto ambiental era ignorado.
Mas, em vez de usarem sua posição privilegiada para criar um futuro sustentável, consolidaram estruturas que priorizaram lucros a curto prazo e perpetuaram sistemas com políticos obsoletos.
Os piores governam, não saem mais. Criaram a “ditadura dos partidos”.
A encruzilhada dos jovens:
Hoje, o mercado de trabalho é precário, a educação não garante dignidade, habitação virou luxo, e as mudanças climáticas ameaçam o futuro.
Pior, decisões seguem nas mãos de líderes de uma geração que insiste em manter o controle. A gerontocracia — domínio dos mais velhos — paralisa as mudanças que os jovens clamam.
O custo da estagnação:
Nos parlamentos, conselhos e corporações, Boomers ainda dominam. Governam um mundo que não compreendem e ignoram uma sociedade digital, globalizada e em crise climática.
Enquanto isso, jovens pagam a conta de escolhas irresponsáveis.
O real inimigo:
O problema não é odiar indivíduos, mas reconhecer o impacto estrutural de uma geração que falhou em preparar o terreno para a próxima.
A gerontocracia resiste ao progresso enquanto perpetua modelos econômicos e sociais insustentáveis.
O que fazer?
Os jovens precisam ocupar espaços de poder, substituir a gerontocracia por uma meritocracia geracional e moldar o futuro que viverão.
Boomers que desejam um legado positivo devem apoiar como mentores, não líderes. A encruzilhada não é esquerda ou direita, mas submissão ou transformação. E essa transformação exige o fim do domínio de uma geração que falhou em cuidar do amanhã.
Respostas de 6
Isto é especialmente relevante em relação à crise previdenciária que (em maior ou menor grau) acomete os países ricos e de renda média: a geração Boomer se aposentou com salário integral com menos de 50 anos e vive até os 80 ou 90 anos, passando mais tempo inativa que contribuindo.
Em contraste, os Milleniuns e as gerações posteriores não tem perspectiva real de se aposentar, já precisando planejar sua vida para trabalhar até morrer ou experimentar uma redução drástica do padrão de vida na terceira idade.
Fora o crescimento econômico baseado em débito, cuja conta ficou para as novas gerações pagarem.
Stephen, ótima análise, mas quero lembrar que vale mais para EUA , Europa e Japão, ainda minoria populacional.
Muitos países tiveram no período em questão, travamentos politicos (comunismo e outras ditaduras), religiosos (mundo muçulmano) e colonialismo europeu remanescente, que dificultam análise.
A China está entrando agora na experiencia “baby boomers” com aumento das familias e livre iniciativa exacerbada.
Concordo com o texto mas se deixarmos – tenho 64 anos – estas novas gerações agindo sem a nossa experiência não dará certo. Tenho um sobrinho geração Z muito arrogante pois acha que sabe tudo porque lê nos livros.
A gerontocracia resiste ao progresso enquanto perpetua modelos econômicos e sociais insustentáveis.
O jovem sem a orientação e a experiência dos mais velhos é um carro em alta velocidade correndo o risco de graves acidentes.
Gostaria de salientar que o progresso tecnológico, administrativo, social e ambiental nestes últimos 50 anos é algo que somente as mentes mais brilhantes poderiam imaginar.
A crise que vivemos na atualidade, não é material e sim moral.
Negligência a ética, a espiritualidade, a moral, o respeito.
Abrem brechas para a infiltração das trevas na cultura, nas universidades, nas mídias e nas famílias.
Vede os movimentos wolk, esg, as divisões entre brancos x negros, homens x mulheres, patrões x empregados, héteros x homossexual….
Isto tudo é para enfraquecer a sociedade e criar distúrbios que a levam a conflitos.
Quanto a problemas climáticos, isto é balela para fazer boi dormir, pois a Terra é uma criança e ainda está em formação.
Obrigado Osmar!
Excelente texto.