O conflito geracional nunca esteve tão acirrado quanto hoje.
As gerações Z e Y, chamadas de “preguiçosas” ou “ingratas”, olham para os Baby Boomers e enxergam mais que uma simples diferença de valores: um legado de promessas quebradas e um mundo em “ruínas”.
Se antes as disputas eram entre esquerda e direita, agora o verdadeiro embate parece ser geracional.
Os Baby Boomers viveram um período de crescimento econômico, com acesso à educação e a ilusão de progresso infinito. Exploração de recursos parecia inesgotável, e o impacto ambiental era ignorado.
Mas, em vez de usarem sua posição privilegiada para criar um futuro sustentável, consolidaram estruturas que priorizaram lucros a curto prazo e perpetuaram sistemas com políticos obsoletos.
Os piores governam, não saem mais. Criaram a “ditadura dos partidos”.
A encruzilhada dos jovens:
Hoje, o mercado de trabalho é precário, a educação não garante dignidade, habitação virou luxo, e as mudanças climáticas ameaçam o futuro.
Pior, decisões seguem nas mãos de líderes de uma geração que insiste em manter o controle. A gerontocracia — domínio dos mais velhos — paralisa as mudanças que os jovens clamam.
O custo da estagnação:
Nos parlamentos, conselhos e corporações, Boomers ainda dominam. Governam um mundo que não compreendem e ignoram uma sociedade digital, globalizada e em crise climática.
Enquanto isso, jovens pagam a conta de escolhas irresponsáveis.
O real inimigo:
O problema não é odiar indivíduos, mas reconhecer o impacto estrutural de uma geração que falhou em preparar o terreno para a próxima.
A gerontocracia resiste ao progresso enquanto perpetua modelos econômicos e sociais insustentáveis.
O que fazer?
Os jovens precisam ocupar espaços de poder, substituir a gerontocracia por uma meritocracia geracional e moldar o futuro que viverão.
Boomers que desejam um legado positivo devem apoiar como mentores, não líderes. A encruzilhada não é esquerda ou direita, mas submissão ou transformação. E essa transformação exige o fim do domínio de uma geração que falhou em cuidar do amanhã.
Respostas de 4
Stephen, ótima análise, mas quero lembrar que vale mais para EUA , Europa e Japão, ainda minoria populacional.
Muitos países tiveram no período em questão, travamentos politicos (comunismo e outras ditaduras), religiosos (mundo muçulmano) e colonialismo europeu remanescente, que dificultam análise.
A China está entrando agora na experiencia “baby boomers” com aumento das familias e livre iniciativa exacerbada.
Concordo com o texto mas se deixarmos – tenho 64 anos – estas novas gerações agindo sem a nossa experiência não dará certo. Tenho um sobrinho geração Z muito arrogante pois acha que sabe tudo porque lê nos livros.
A gerontocracia resiste ao progresso enquanto perpetua modelos econômicos e sociais insustentáveis.
O jovem sem a orientação e a experiência dos mais velhos é um carro em alta velocidade correndo o risco de graves acidentes.
Gostaria de salientar que o progresso tecnológico, administrativo, social e ambiental nestes últimos 50 anos é algo que somente as mentes mais brilhantes poderiam imaginar.
A crise que vivemos na atualidade, não é material e sim moral.
Negligência a ética, a espiritualidade, a moral, o respeito.
Abrem brechas para a infiltração das trevas na cultura, nas universidades, nas mídias e nas famílias.
Vede os movimentos wolk, esg, as divisões entre brancos x negros, homens x mulheres, patrões x empregados, héteros x homossexual….
Isto tudo é para enfraquecer a sociedade e criar distúrbios que a levam a conflitos.
Quanto a problemas climáticos, isto é balela para fazer boi dormir, pois a Terra é uma criança e ainda está em formação.
Excelente texto.