A discussão de que ricos pagam menos impostos do que pobres, atualmente uma discussão acadêmica que está muito em voga, é facil de rebater.
Os ricos pagam impostos duplamente progressivos. Uma alíquota única de 15%, já é progressiva. Quem ganha mais, paga mais. Quem ganha o dobro, paga o dobro de impostos.
Portanto, nosso imposto de renda é duplamente progressivo. Quem ganha mais paga progressivamente mais, em vez de 0%, no caso do Salário Mínimo, ricos pagam 27%. Fim da discussão.
A outra questão esquecida, é que se um Rico poupar 90% do que ganha, tipo Warren Buffett, ele deixa de pagar 90% do ICMS, IPI, Cofins e outros impostos que os que consomem todo seu salário no ato, pagam.
Este é o principal erro dos que afirmam que pobre paga mais imposto que rico.
Rico pagará muito mais imposto, só que como poupa 90% do que ganha para sua aposentadoria, falta computar o ICMS e IPI sobre estes 90% quando forem gastos.
Além do imposto sobre herança, que só é pago na morte.
Alguns estudos fazem um outro erro maior ainda, que é incluir o ICMS e IPI que pobre paga sobre compras que ele faz com dinheiro emprestado. Empréstimo não é renda.
Sem incluir obviamente o empréstimo como “renda”, que de fato não é.
Aí, o imposto total pago pelos pobres, comparado com a renda efetiva, fica superestimado.
Portanto, dizer que Warren Buffett paga menos impostos porque simplesmente não gasta tudo que recebe é mentir descaradamente para os leitores que não entendem de Economia.
E dizer que pobre paga muito imposto de consumo porque toma dinheiro emprestado no início da vida, é também mentir com estatísticas.
10 respostas
Gosto muito dos seus textos, mas dessa vez preciso discordar de alguns pontos.
Em primeiro lugar, a menos que o entendimento tenha mudado, creio imposto progressivo seria aquele em que a alíquota aumenta à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores.
Sendo assim, uma hipotética alíquota única de 15% caracterizaria uma cobrança proporcional de imposto e não uma cobrança progressiva. Dessa forma, nosso imposto de renda poderia ser classificado como “proporcional”, mas não como “duplamente progressivo”.
Por outro lado, concordo com suas críticas às associações que fazem entre o pagamento de imposto e valores gastos no presente ou poupados para o futuro e entre o pagamento de impostos e valores por empréstimo.
Penso que, de fato, a camada mais pobre termina “sentindo mais” o pagamento do imposto. Tomemos como exemplo o IRPF: alguém que ganhe 4 mil reais mensais pagará R$407,22, contando com cerca de R$3.592,78 (aproximadamente 89,82%) de sua renda para atender às suas necessidades; por outro lado, considerando apenas a tabela progressiva do IRPF, alguém que ganhe 400 mil reais mensais pagará R$109.307,22, contando com cerca de R$290.692,78 (aproximadamente 72,67%) de sua renda para atender às suas necessidades.
Tanto percentualmente quanto absolutamente, o mais rico pagou muito mais imposto. Entretanto, infelizmente, as necessidades mais básicas (alimentação, segurança, saúde e educação) consomem muito dessa renda líquida, fazendo com que sobreviver com 290 mil reais seja mais fácil do que sobreviver com 3.600 reais (mesmo considerando que o mais rico tenha um alto padrão de vida enquanto o mais pobre não gaste sua renda em supérfluos). E olhe que alguém que ganha 4 mil reais não é tão pobre assim…
Como argumentei acima, penso que o diferencial não está na alíquota ou na forma de cobrança dos tributos, mas nas necessidades básicas que, teoricamente, deveriam ser atendidas com o dinheiro arrecadado por esses tributos…
O que o senhor acha?
José Luis, permita-me pegar carona nas suas palavras, pois a Tabela do IR é injusta, uma vez que começa a descontar em faixas de renda bem baixas para que se viva com dignidade. Se a monstruosa arrecadação que se pratica nesse país fosse devolvida em serviços básicos e essenciais, aí seria outra conversa… Parabéns.
Clever, governo nenhum consegue atender as necessidades da população à custos adequados. Se conseguir ajudar os mais necessitados fico feliz e banco as minhas necessidades. Basicamente governo precisa garantir segurança, justiça e alguma infraextrura. Quanto ao IR Pessoa Física, além de injusto é BURRO pois reduz o poder de compra e poupança e da para o governo que além de burro é safado. O Kanitz esta certissimo. Abç
Vamos fazer as contas de outro modo:
a)Quem produz objetivamente os ricos ou os pobres?
b)Quem paga mais impostos no total de tributos recolhido em um ano no país, ricos ou pobres?
c)O maior percentual de impostos arrecadados benefecia os ricos ou os pobres?
d) Os bairros com melhor infra-estrutura oferecida pelo poder público com verbas dos impostos moram ricos ou pobres?
EROS THANATOS
a) se sua pergunta for no plural (ricos & pobres), a resposta são os pobres. já no singular (rico & pobre), a resposta é o rico.
b) mesma resposta da anterior.
c) boa pergunta, acredito que seja igual (na próxima reposta argumentarei)
d) os hospitais públicos, as escolas públicas, as políticas públicas e sociais são mais utilizadas (ou “consumidas”) por ricos ou pobres?
Particularmente acho isso um absurdo, os impostos quase não retornam pra
nós, o brasil tá realmente complicado!
achei um video muito bom, que fala exatamente sobre isso, adorei!
quem quiser dar uma olhada…
http://www.temporadafora.com/vlog/impostos
No Brasil, essa afirmação não é verdadeira, porque vivemos sob a disfarçada escravidão da acultura da superficialidade; Impostos excessivos e corrupção; as pessoas decentes viram engrenagens da cadeia de produzir riquezas:
http://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150197374338823.314810.714013822&type=3&l=e83501d7e5
Os impostos sobre os produtos e consumo leva tudo que a classe média recebe. Apenas os muito ricos conseguem fugir dessa sobrecarga de impostos, por uma série de mecanismos desde o fato de que podem viver boa parte do seu tempo no exterior, de onde trazem produtos de consumo diário sobr os quais não pagaram essa sobrecarga de impostos, até ao fato de que por terem um grande poder aquisitivo tem acesso gratuito a uma série de bens e serviços de lazer.
Uma falácia sem base alguma.
Tudo é fraudado em favor do Poder político ou de EXPROPRIAR.
Falácias, sofismas, meias verdades e mentiras inteiras são propagados com objetivo de imbecilizar populações mentalmente preguiçosas.
Rico mesmo é aquele que consome grandes quantidades de bens e serviços ou que torra sua capacidade de consumir distribuindo-a para assim “consumir” honra (opinião alheia favorável).
Um exemplo simples:
Um pedreiro, aos 20 anos, habita um barraco numa favela. Tudo que ganha além do custo da alimentação, ele investe na construção de barracos e os aluga. Com o crescimento da renda ele passa a comprar terrenos e construir casas e depois prédios de apartamentos.
Aos 70 anos de idade ele continua morando no mesmo barraco na favela, vestindo trapos e alimentando-se do mínimo necessário. Contudo possui centenas de móveis, casas, lojas e apartamentos alugados que lhe proporcionam renda milionária.
Quem se beneficiou do trabalho do “rico” pedreiro?
R.: OS INQUILINOS. Não fossem eles beneficiados, não seriam inquilinos do pedreiro. Já que não foram forçados pelo pedreiro a lugar os imoveis.
Os tolos dirão: “mas ele é rico porque possui a potência”
Certo, possui a potência, mas não a utiliza em beneficio próprio, mas em benefício alheio.
Como todos querem ser ricos e certamente o tolo citado, ou perguntar a ele:
Oque você prefere:
1 – Ter uma conta bancária de 100 milhões que você jamais poderá sacar dela um só centavo?
2 – Receber agora míseros mil reais para fazer com eles o que desejar?
Oque mais lhe será benéfico?
Dizem que a INVEJA é a homenagem que o vício presta à virtude.
Pode ser, pois que é o reconhecimento da superioridade da virtude sobre o vício. Este último, inconformado com a inferioridade que constata, passa a odiar a virtude e assim deseja de toda forma destrui-la a fim de fazer seu portador “igualar-se” ao portador do vício.
Inveja e cobiça são diferentes. Quem cobiça deseja o mesmo que o outro usufrui. Já o invejoso deseja a estruição daquilo que o outro usufrui ao constatar a própria incapacidade.
Ou seja, a inveja é um SENTIMENTO de INFERIORIDADE que o portador deseja que ninguém mais o perceba. Vai daí o desejo do invejoso em destruir àqueles a quem inveja. Algo como culpando os invejados por eles lhes serem superiores e OSTENTAREM essa verdade que o faz sofrer.
Por isso que ao invejoso sempre dói mais a feleicidade alheia do que a própria infelicidade. Afinal sente-se incapaz de propmover a própria felicidade, porém capaz de TENTAR destruir a felicidade alheia.
A destruição da felicidade e orgulho alheio pode ser tentada FISICAMENTE ou MORALMENTE.
Assim o invejoso, fisicamente impotente, tenta CONSOLAR-SE atacando moralmente aqueles a quem inveja.
Então dedica-se a IRRACIONALIDADE da FOFOCA e passa a tentar denegrir o mérito alheio. Nem mesmo importa-se em destruir a si junto. Seu maior desejo é vingar-se daquele que faz os demais perceberem “que lhe é inferior” (a “inferioridade” esta no que ambiciona e espera de si e o que percebe-se capaz de construir). Não ambicionasse tanto, jamais seria atormentado pela inveja resultante de seu COMPLEXO de INFERIORIDADE.
Maldizer, sob todos os aspectos, os invejados é um consolo dos invejosos. Então fingir-se “INJUSTIÇADO” ante o “PRIVILÉGIO” alheio é um meio de TENTAR consolar-se moralmente atacando o “privilégio injusto” do invejado que, então, acusado de “moralmente inferior”.
Spinoza é certeiro e explica o ódio aos presumidos felizes, ou orgulhosos de si, satisfeitos com o que são:
Algumas características comuns a todos os homens e suas emoções passionais:
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1) Que cada homem se esforça para conseguir que todos amem o que ele ama e que todos odeiem o que ele odeia.
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2) Que cada um tem por natureza o apetite de querer ver os demais vivendo segundo ele mesmo é: e como todos têm este mesmo apetite, todos impedem-se uns aos outros de viver.
Todos querem ser queridos, amados e admirados e justamente por isto acabam por se odiarem mutuamente.
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3)Se presumimos que um homem desfruta o prazer e a felicidade de uma coisa tal, que não podemos ou não conseguimos fazer e alcançar, passamos a nos empenhar esforçados para destruir a posse daquele prazer e felicidade que o tal homem tem.
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4)Vimos desse modo que em virtude da natureza dos Homens, estes geralmente são dispostos a sentir comiseração e dó pelos desgraçados e a invejar, proibir, coibir e censurar os que são felizes: e que seus ódios e repulsas em relação aos que desfrutam a felicidade são enormes e sem limites.