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Quanto tempo ainda demorará aos deputados e senadores deste país para perceber que um enorme problema brasileiro é esta prática antidemocrática de termos o presidente de um partido e o vice-presidente de outro?
É antidemocrática porque nenhum povo em sã consciência votaria em um partido para presidente e em outro partido para vice.
Só fazemos isto porque não temos opção, é manobra costumeira dos políticos para ter mais espaço de propaganda eleitoral na Globo.
Vice tem de ser do mesmo partido, ponto final.
Se hoje o vice fosse do PT, o PT e especialmente o Lula já teriam forcado a Dilma a pedir demissão porque até eles já perceberam que ela nada entende de liderança, administração, planejamento, eficiência, capacidade de análise, atributos necessários para se administrar um país.
O PT só não obriga a Dilma a entregar o cargo, como se faz no Parlamentarismo Inglês, porque o vice é o Temer do PMDB. E assim, além da Dilma perderia também o governo para o qual foi eleito.
Tivemos outra crise com vice de outro partido com Tancredo e Sarney.
Depois de lutarmos 25 anos contra a ditadura, tivemos que engolir um vice que não era quem se queria.
Tivemos outra crise, a mais séria de todas, quando Jânio Quadros renunciou deixando o país com um vice que era 180 graus contrário ao povo que o elegeu.
João Goulart, como Jânio, diga-se de passagem, nada entendia de liderança, administração, planejamento, eficiência, capacidade de análise, atributos necessários para se administrar um país. Era simplesmente amigo de um ditador, Getúlio Vargas.
Nenhuma empresa elege um vice-presidente que não tenha a mesma visão, valores compartilhados, missão e objetivos do presidente.
Precisamos menos Mises, menos Marx e mais Peter Drucker, minha gente.
Aliás, as empresas normalmente têm três a quatro vice-presidentes para sempre ter um Plano B, C e D, o que hoje não temos com esta maluca chamada Dilma.
Numa nova Constituinte brasileira, que cada vez se torna mais necessária, precisamos adotar mais conhecimentos advindos da ciência da administração, até hoje ignorada pela nossa elite pensante.
Nela, o vice sempre sairá do mesmo partido do presidente, e da mesma ala de pensamento.
Simples.
4 respostas
Você poderia publicar uma referência (citação, por exemplo) sobre liderança de Drucker que reforce o argumento central de seu texto, ou seja, “o presidente e o vice-presidente devem ser do mesmo partido”?
Bruno Saavedra
http://questaodeperspectiva.com.br
Professor, entendo perfeitamente sua colocação que faz todo sentido e tambem concordo, porem partindo desse principio, como seria na situação atual, digo, o problema é a presente que é incompetente ou o problema é a ideologia do partido? Sendo a ideologia do partido, não é melhor que tenhamos o vice de outro partido? Como fica aquela desculpa tosca de que o “brasil tem sei la quantos deputados, veriados e senadores e vc ainda acha que o problema é só o presidente?” Obrigado.
Com os políticos que temos, mesmo uma nova constituinte não mudará isto. Afinal, tudo o que possa servir como argumento para obter cargos, verbas, benefícios, favores, legais e ilegais, é do interesse deles. Não fosse assim, já teriam cassado e excluída da vida pública e política espécimes como Renan Canalha, Jader Paspalho e outros.
Menos Mises e mais Drucker? O Mises é austríaco quanto o Drucker (nascimento, fuga do nazismo e escola econômica) e foi uma grande influência.