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Tenho absoluta certeza que aqueles que vivem DO Brasil jamais vão desistir de ser parasitas sociais.
Nunca!
Tenho certeza que aqueles que recebem benesses, salários, empregos vitalícios, aposentadorias sem recursos previamente aportados, subsídios, verbas publicitárias do governo, concessões monopolistas de vários tipos e empréstimos do BNDES subsidiados, jamais irão desistir daquilo que sugam dos que vivem PARA o Brasil.
Tenho certeza que artistas plásticos e atores jamais vão desistir das verbais culturais da Petrobras.
Que empresários amigos dos reis jamais irão desistir dos juros do BNDES, que os recipientes jamais vão desistir do Bolsa Família, que absolutamente ninguém vai desistir de um emprego público, pelo contrário.
Tenho certeza que ninguém vai desistir da sua aposentadoria pública paga com as contribuições atuais dos mais jovens, que no fundo é um enorme estelionato federal, e nossos filhos jamais vão se aposentar por causa disto.
Tenho certeza que jornais e revistas jamais irão desistir da publicidade oficial, 20% do total.
Que funcionários de estatais jamais vão desistir de ter um dono omisso e ausente.
Que nossos economistas Keynesianos jamais vão desistir de um estado forte e intervencionista.
Só que todos estes estão se esquecendo daqueles que vivem PARA o Brasil. Aqueles que pagam a conta estão no seu limite.
São os empreendedores, os engenheiros, os contadores, os inovadores, os inventores, os criadores, os programadores, os orçamentistas, os auditores, os advogados, os médicos, as enfermeiras, os psicólogos, os arquitetos, os operadores logísticos, os ferramenteiros, os desenhistas, enfim, aqueles que vivem PARA os outros, e não vivem do trabalho DOS outros.
No Comunitarismo fica mais difícil viver DOS outros, porque os outros moram ao lado.
É fácil viver DOS outros estando 2.000 km distante, em Brasília.
18 respostas
Perfeita reflexão.
Eu vivo para o Brasil ha muito tempo e, consequentemente, estou pessimista em relação ao Brasil
Professor Kanitz,
O Sr. desistiu da sua aposentadoria pública como professor da USP?
Ou é o famoso “predico mas não pratico”?
Voltando ao assunto, Virgílio, o que você achou dos argumentos?
Não concordei com os argumentos. É utópico, não existe sociedade sem Estado.
É claro que eu entendo a chateação do professor Kanitz com a má vontade da maioria dos funcionários públicos, mas daí a generalizar, eu discordo.
Imagine uma sociedade sem Poder Judiciário. Como seria? Sim, porque quem vai querer entrar para a magistratura e resolver inúmeros casos complicadíssimos se não poderá usufruir de sua aposentadoria ao fim da vida?
Esse é só um exemplo de vários que podem ser dados. Não há espaço só para empreendedores numa sociedade, há que se ter um equilíbrio entre iniciativa privada e Estado, sem o qual a sociedade como um todo desanda.
Essa é minha opinião.
Entendi, Virgilio. Sociedade sem Estado é comunismo, onde o cidadão, trabalhador, é dono do seu trabalho e dos meios de produção (sic). Realmente o atendimento da maioria dos funcionário públicos é abaixo da crítica, mas mesmo não generalizando, não dá para aceitar. Afinal de contas, o funcionário público tem que entender que ele trabalha PARA a sociedade e deve prestar um serviço de qualidade. Tenho certeza ABSOLUTA que esse mesmo funcionário, que nos atende mal, quando precisar do serviço público numa área que não a dele, vai ter a mesma reação que nós. Creio que esse seja o problema recorrente conosco: falta-nos sentido de cidadania, de coletividade. O lema é ‘primeiro o meu. O resto que se f…’
Vitor, sociedade sem Estado é anarquismo e não comunismo.
E do mesmo modo que há esse problema no serviço público, também o há nos serviços privados. Você é bem e eficientemente atendido nos planos de saúde? Na telefonia? A mão de obra das construções civis é bem qualificada? Os funcionários de sua empresa são confiáveis? Isto tudo também é custo Brasil.
Perceba que o problema é mais profundo do que ficar apenas criticando funcionários públicos…
Senhores, o que o Professor quis dizer é que o estado nao para de crescer, cria leis e regulamentaçoes e para implementa-las necessita de mais funcionarios. Quem paga o salario destes, é a iniciativa privada atraves dos impostos, e a capacidade de pagamento chegou ao fim.
O estado poderia sim vivem sem o judiciario, atraves da arbitragem. Nos EUA o juíz e o promotor são eleitos pela comunidade em mandatos com prazo definido. São advogados que atuam na cidade e conhecem seus problemas. Se nao fizerem um bom trabalho nao se reelegem.
O trabalhado da construçao civil é ruim por que ele é a sobra da industria, o que não se qualificou ou que nao consegue qualificaçao pela baixa escolaridade. Esse é o meu setor.
O problema do Estado, e aí entram os funcionarios publicos, ja que fazem parte do mesmo, é que eles não produzem valor, riqueza. É como vc ter 500 funcionarios no chao de fabrica e 500 no administrativo, nao tem como fechar a conta.
Aposentadoria é um direito que todos que contribuem devem ter! Diferente “dos que vivem do Brasil”.
Eu dôo. Veja meu site filantropia.org.
Agora, já que você me ofendeu, você pode doar seu último salário para a entidade que quiser do site, e divulgarei a sua doação na primeira página, como faço a todos que doam.
Mas o seu será destaque. Estamos todos no aguardo.
Professor, eu fiz uma pergunta e perguntar não ofende, ofende?
Aliás, seria muita burrice ofender alguém que costumo ler, não acha?
Se o Sr. doa sua aposentadoria pública, tenho que reconhecer que seu texto não é demagogo, embora não concorde com ele. E não concordar faz parte do jogo, não é mesmo?
Da mesma forma, considero utópica e demagógica a sugestão de doação de um salário inteiro para a entidade filantrópica. Quem é assalariado não tem possibilidade de assumir tal compromisso…
Tem sim. Seu 13 salário. Não sei se vc sabe mas o ano só tem 12 meses. Dobrar a massa salarial em único mês é inflacionário.
Ao doar diga que é para criarem um fundo de reserva. Vc mudou de assunto, eu não.
Estamos esperando seu ato de solidariedade humana, você viveu 11 meses com um único salário, lembra se ?
Acho interessante como o autor coloca na ” vala comum” os funcionários públicos, não fazendo distinção entre cargo público, agente público e funcionário público. Os que vivem do BRASIL, por certo não são os professores concursados, os médicos concursados,… Acredito que o autor se refira aos ” APADRINHADOS POLÍTICOS” e ” AMIGOS DO REI” que são nomeados para CARGOS e FUNÇÕES PÚBLICAS de livre nomeação e exoneração e que LAMENTAVELMENTE contribuem para a má fama dos funcionários públicos de carreira, que sequer possuem data base, direito este que os trabalhadores da iniciativa privada tem. Desde que ingressei no serviço público ( trabalha de dia e estudava à noite, para poder pagar meus estudos), NUNCA tivemos o quadro completo de funcionários. Precisávamos de 12 funcionários, e trabalhávamos em 6 pessoas. Portanto, há que se distinguir o funcionário público ( peão) daqueles que POSSUEM UM CARGO, não por competência, mas pela troca de favores. O autor deveria informar-se melhor, pois os funcionários públicos de verdade contribuem com 11 % sobre o salário bruto para a Previdência Social, não há limite pelo teto como no INSS. Não confunda os gabinetes de Brasília ( lotados de ASSESSORES, cujos altos salários são pagos por todos nós) com o funcionário público peão, que muitas vezes tem que levar papel higiênico, gaze e fio de sutura para atender à população no posto de saúde.
Acredito que não todos, mas uma parte considerável dos funcionários públicos estão na mesma vala de acomodação que o autor se refere.
Basta ir a qualquer repartição pública. Se conseguir passar da portaria, dê uma volta pelos corredores e verás o quão ocupados estão os nossos empregados. Um exemplo, no quadro de funcionários da secretaria de estado da educação do meu estado, uma grande parte dos “administradores” e funcionários que prestam serviços administrativos, inclusive alguns “secretários de gabinetes”, são, pasmem, professoras. Algumas destas NUNCA pisaram em sala de aula e eu mesmo já presenciei o choro copioso de algumas professoras quando da chegada de um novo secretário este anunciar que todas as pedagogas (ou seriam demagogas) seriam realocadas para escolas para darem aulas.
Enquanto nas escolas faltam PROFISSIONAIS, nas repartições há uma enxurrada desse tipo de funcionários. O mesmo ocorre em secretarias de saúde, e até mesmo em quartéis da PM, onde policiais,que fazem falta nas ruas TRABALHAM calmamente, recebendo processos, protocolando recebimento de documentos, administrando e dando suporte a redes de computadores, etc.
Esqueceu-se dos BANQUEIROS PRIVADOS que quando quebram vão pedir dinheiro ao governo para sanar suas DÍVIDAS PRIVADAS com dinheiro público. Estes sim, vivem DO Brasil…
Bem lembrado Aristóteles, Estado brasileiro hoje serve mais aos banqueiros que aos cidadãos que pagam a conta. O crescente grau de endividamento reduz a margem de manobra do governo e o empurra para as privatizações, agora “de estruturas de estado”, não apenas de empresas lucrativas, como aconteceu no período da privataria tucana. Essa dívida do Estado com os banqueiros não tem fim…Enquanto isso a saúde vai mal, assim como a educação, segurança…etc…estamos perdidos !!
PERFEITO!! 100% CORRETO!! PARABÉNS KANITZ!!
Fico imaginando e sonhando com o dia que estarei percorrendo a estrada do aeroporto com a minha família “a tiracolo”, para embarcar no nosso primeiro vôo “rumo norte” sem passagem de volta! Para sempre!!!
Acho que só uma abordagem à Thomas Hobbes, para quem ‘o incentivo mais poderoso que existe é o medo da morte’, seria capaz de deslocar a turma da mamata. Francamente, enquanto não houver a disposição de matar esses filhos da p*** o status quo vai persistir.