Por Que Não Privatizar a Petrobras

 

Elena Landau e Paulo Guedes estão em campanha para “privatizar” tudo.

Elena Landau, nesse artigo, diz que deveremos usar a grana da venda da Petrobras para cobrir despesas correntes.

Paulo Guedes idem, esquecendo que trocar ativos por despesas correntes é o caminho mais rápido para a pobreza.

Esquecem também que essas estatais foram criadas com o dinheiro de longo prazo das nossas contribuições previdenciárias.

Elas fazem parte do “fundo financeiro e atuarial” do artigo 201 da nossa Constituição, mas nunca criado pelos grandes Ministros da Fazenda, que gerariam os dividendos necessários para as nossas aposentadorias hoje.

Vender nossas reservas atuariais para usar como despesas é crime, mas ninguém protesta. Pelo contrário, aplaudiram.

É assustador que ninguém sabe que muitas estatais já são privadas ou suficientemente privadas para justificar uma administração profissional, como temos aqui defendido.

Em vez de privatizar, como sugerem Landau e Guedes, bastaria tornar as ON na mão do Governo em PN, portanto sem direito a voto, e as PN na mão do povo em ON, com direito a voto, e trocar a diretoria.

Assim, o setor privado elegeria uma diretoria nos moldes da Administração Responsável das Nações. As estatais se tornariam eficientes e quadruplicariam de valor, e o furo atuarial da previdência diminuiria proporcionalmente.

Em vez de o setor privado torrar 700 bilhões para comprar ativos usados, como sugerem Landau e Guedes, nossa proposta é termos os mesmos 700 bilhões de recursos investidos em ativos novos, que gerariam produção adicional, crescimento e fortalecimento do privado e não do Estado.

Foi Elena Landau que fez toda a confusão com a Telebras, quando Secretária da Desestatização, que apesar de já ser uma empresa de capital privado majoritariamente, esqueceu-se de devolver o direito de voto às PN antes de vender as ON.

Ela de fato “privatizou” a Telebras entregando o bloco de controle ao seu colega Daniel Dantas.

Agora quer fazer o mesmo com a Petrobras? Quem seria o felizardo, Sergio Gabrielli?

Quem sonha com um Brasil Novo com ideias Novas, vai se decepcionar, são os mesmos que assessoram todos os candidatos para 2018.

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,privatizar-a-petrobras-por-que-nao,70002218325

 

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Comentários

3 respostas

  1. Li a matéria de Elena Landau. Lá não está escrito que ela seja a favor de usar o dinheiro pra cobrir despesas correntes. Pelo contrário. Veja o que diz o texto copiado: “É evidente que os ganhos obtidos devem trazer impacto no longo prazo, e não ser utilizados para cobrir gastos correntes”.

    Saudações

  2. [12/10 07:21] Jorge de Paiva Salgado: https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://epbr.com.br/venda-das-refinarias-petrobras-decisao-boa-ou-ruim-para-a-empresa-e-o-pais/&ved=2ahUKEwivzPPK1IDeAhUFkZAKHZq4Di4QFjADegQICBAB&usg=AOvVaw34XprT7LbrclJpLVsf7u0V
    [12/10 07:23] Jorge de Paiva Salgado: Caso a venda se suceda, a empresa estará abrindo mão de receita futura por conta de dinheiro recebido a curto prazo na alienação de parte dessas unidades. Reduzindo sua receita, porém, como a Petrobras pretende reduzir sua dívida a longo prazo?

    Considerando que as referidas refinarias têm mercado cativo e apresentam bons resultados operacionais e financeiros, é um equívoco por parte da Petrobras se desfazer de qualquer percentual delas. A empresa perderá receita e a venda não é justificável financeiramente para a petroleira.

    Há que se considerar ainda que o negócio envolve ativos da Transpetro (rede de dutos e terminais) associados às atividades dessas refinarias, o que tornam o negócio ainda pior do ponto de vista financeiro, pois a Transpetro também perderá receita, além de criar regiões com monopólios privados de toda a infraestrutura de refino e escoamento de petróleo e derivados.

    Se já é um negócio ruim para a estatal, é igualmente para o Brasil. Hoje, o lucro das atividades da Petrobras e da Transpetro fica no país e é reinvestido pelas estatais majoritariamente aqui. Considerando que a chance de que uma multinacional do ramo seja a provável compradora destes ativos, o lucro acabará, como na maioria dos casos, remetido ao exterior. O Brasil, grande produtor de óleo e gás, está abrindo mão do refino genuinamente brasileiro, de algo que agrega valor e traz recursos ao país.

    O Brasil precisa de mais refinarias e infraestrutura logística, segundo a própria ANP sinaliza, e o investimento privado é bem-vindo, necessário e aliviaria o caixa da Petrobras dessa obrigação face seu alto endividamento. Porém, a entrega de refinarias, dutos e terminais estatais que já produzem e operam com lucro é, sem dúvidas, um negócio ruim para a Petrobras e para o país.
    Isso analisando apenas as quatro refinarias postas a venda. Imagina a perda , se vender tudo?
    Não se vende ativo com tal ganho.
    Qual interesse tem esse pessoal nessas vendas? Muito estranho.

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