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Devido à Escola Nominalista de Economia, a imprensa brasileira tem caído na cilada de escrever juro real e juro nominal, para distinguir o juro real e o juro mentiroso.
Se juro real é o verdadeiro juro, o juro nominal é o juro mentiroso, que todos por engano publicam.
Vocês jornalistas, tuiteiros e blogueiros que não estudaram Administração Financeira antes de falar do assunto, vou mostrar de forma semântica o erro que estão fazendo.
Imaginem se a moda pega, colocar a palavra real após todos os substantivos.
“O economista real, fulano de tal, dando uma entrevista real para a Globo real, afirmou realmente que o juro nominal estabelecido ontem pelo Banco Central Real do Brasil Real, foi realmente reduzido para 9%, para a alegria de todos os consumidores reais.”
Colocar a palavra real é pleonasmo minha gente, senão os economistas teriam de colocar deficit real, poupança real, exportações reais, empresas reais, e assim por diante.
Juro não deveria vir com a palavra real em seguida, se juro é juro. Começam a usar o termo JURO em vez de JURO REAL, e aí você percebe a monstruosa confusão que a Ciência Econômica está fazendo com o idioma brasileiro e inglês.
E diga-se de passagem, a bobagem que foi chamar a nossa Moeda de Real, quando na realidade é um valor Nominal, passivo de inflação.
2 respostas
Entendo seu argumento mas discordo. Acho conveniente fazer a distinção porque essa imprensa a que vc se refere é dirigida ao leitor médio, geralmente leigo em relação à terminologia da economia. Não houvesse essa distinção a confusão seria ainda maior e o público ficaria mais cego ainda, sem saber o “real” significado do número publicado pois ele divergiria muito daquele informado pelas instituições financeiras. Até mesmo o termo “nominal” é meio misterioso para quem não é do ramo, mas é melhor do que nada. Esqueça o assunto, Kanitz! Vc tem razão, mas a causa é perdida.
pois é. Tem algumas coisas, que não vale a briga…