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Quantas pessoas ou jornalistas já seguiram uma equipe que calcula a inflação, para ver como é de fato calculado?

Eu já.

Estas equipes vasculham lojas e prateleiras, anotam os preços, e tiram a média.

Mas o que um consumidor como eu percebe é que estes índices de preços medem preços “pedidos”, e não os preços “efetivamente comprados”.

Não sei quantos de vocês entram na internet, pesquisam preços, e vão comprar na loja que “pede” o preço mais barato.

Os pesquisadores do IBGE não podem fazer isto, eles anotam os dois, três ou quatro preços, do mais barato até o mais caro e tiram a média.

E aí publicam esta média, digamos R$ 230,00, embora você tenha optado por comprar o produto por R$ 225,00. Numa loja nem mesmo a mais barata, mas mais barata do que a média.

A inflação publicada pelo IBGE, neste caso, será 2.2% mais elevada, do que a sua inflação pessoal.

Dos preços efetivamente comprados por todos os brasileiros que fizeram “compras” escolhendo um único mais barato e não a média dos preços “pedidos” pelas lojas.

Agora vem a parte interessante desta constatação.

O juro real que os bancos receberão do governo será 2,2% maior do que a maioria dos brasileiros imagina.

Se você acha que os juros reais no Brasil são elevados, você está sendo enganado pelos índices de “inflação”.

Os juros reais são ainda mais elevados.

Economistas como Pedro Malan, Armínio Fraga, Joaquim Levy, que trabalharam em bancos, sabem disto.

Sabem também que não trazer os preços a prazo aos seus valores presentes, aumenta ainda mais os juros reais.

A Miriam Leitão sabe disto, a Veja sabe disto, todos os Engenheiros que trabalham em bancos sabem disto.

Ou não?