Sempre que você defrontar com temas complicados, pense primeiro em princípios básicos.
Um industrial deveria produzir para a população de seu próprio país ou produzir para exportação a outro país distante, como faz a China?
Claro que não!
Faz sentido uma política econômica, como a chinesa, que produz bens que os chineses não possuem renda suficiente para comprar?
Claro que não!
Se toda a produção do Brasil for exportada para os Estados Unidos o que os trabalhadores brasileiros irão comprar?
De fato, comprar da China pode ser mais barato para o consumidor, mas se vocês somarem, como fez Trump, o salário desemprego, o Bolsa Família, os custos da violência e prisões, valerá a pena?
Na Administração Responsável da Nações, exportações são recomendadas somente para alguns setores, como Siderurgia, onde o break even é elevado, tipo 90%. Abaixo disso, preju.
Então se o seu mercado for 120%, 100% mais 20% de exportações, e der uma recessão mundial de 20%, seu mercado interno lhe garantirá os 100%. Ponto final!
O seu lucro está garantido.
Mas na Teoria da Maximização do Lucro, defendida por globalistas e economistas das vantagens comparativas, a produção é dissociada do trabalhador e do mercado interno.
Vale o lucro máximo, e aí vem essa preocupação do câmbio e do Banco Central.
Uma das coisas de que me orgulho é ter alertado o erro desses globalistas e dos substituidores de importação que eles estavam ignorando nosso mercado interno.
Paulo Secches, Prof. Wright da USP, Marcos Gouveia de Souza e eu apontamos 20 anos atrás o potencial da Classe C e D, que revolucionou nossos produtos produzidos, a nossa forma de vender, distribuir e anunciar.
Globalização não é a solução ética ou comunitária para um governo Responsável.
3 respostas
potencial da Classe C e D = Casas Bahia
Ainda bem que vc professor, está alertando para o erro da política econômica do Paulo Guedes, que deseja implantar exatamente isso. Tô fora.
que revolução ocorreu “em nossos produtos produzidos” com o aumento do consumo das classes C e D? A maior parte (fora alimentação) dos bens consumidos pela Classe C/D é importada. A inserção das classes C/D também é obra da globalização ao passo que foi financiada pela venda de commodities e importação de manufaturados baratos chineses.