Por que Que o Brasil Não Cresce

Quem no Brasil defende o empreendedor, o inventor, o criador, o arriscador, o investidor, o incubador, o produtor, o distribuidor, o administrador, o empresário?

Dos 34 Partidos Políticos que o Brasil infelizmente possui, nenhum é de Direita, Liberal, Neoliberal, muito menos de Extrema Direita. A França, que é um país bem mais politizado e de esquerda do que o Brasil, tem seu partido de Extrema Direita, que ajuda o Partido de Direita a ser mais crível ou uma opção mais balanceada.

Não que eu seja de direita, quem lê este blog sabe que eu não sou, mas não ter um partido que defenda o empreendedor, o inventor, o criador, o arriscador, o investidor, o incubador, o produtor, o distribuidor, o administrador, o candidato a empresário, que fale a sua língua, que entenda os seus anseios e riscos, que pense como eles, é sem dúvida uma preocupação.

Nenhum Partido Político Brasileiro, nas comissões que preparam nossas leis, defende o empreendedor, o inventor, o criador, o arriscador, o investidor, o incubador, o produtor, o distribuidor, o administrador, o empresário.

Nenhum aponta “esta medida vai reduzir a produção”  e nem estou falando em leis que irão aumentar a produção, estas sequer são discutidas.

Nossa lei concede patente de 20 anos para um inventor, que efetivamente é reduzida para 10 anos devido o tempo necessário para criar a empresa e fazê-la crescer e desbancar a tecnologia anterior, que é sempre complicada.

Mas sociólogos, filósofos e intelectuais que escrevem livros no Brasil têm a proteção até 70 anos depois da morte do autor, uma “patente” de quase 100 anos. Isto porque eles têm Partidos que os representam, e bem os seus interesses: Leis do Audiovisual, Leis de Incentivo à Cultura e assim por diante.

Por isto, grandes empresários, grandes estatais, grandes multinacionais fazem rapidamente acordos com estes partidos de esquerda para se proteger. E, quem fica desprotegido no Brasil é o empreendedor, o inventor, o criador, o arriscador, o investidor, o incubador, o produtor, o distribuidor, o administrador e os candidatos a futuros empresários.

Nossos intelectuais, nossos jornalistas, nossos escritores, nossos autores de telenovelas nunca defendem o empreendedor, o inventor, o criador, o arriscador, o investidor, o incubador, o produtor, o distribuidor, o administrador, o candidato a futuro empresário.

São sempre retratados como gananciosos, movidos por espíritos animais, sacanas, mentirosos, em suma culpados.

A nova onda agora, aqui e nos Estados Unidos, é acusá-los de serem os 1% da população que exploram os demais 99%, e que a melhor solução para eles é prestar concurso público e saírem de cena, o que muitos estão fazendo.

Portanto, não é de se surpreender que o Brasil não cresce, nem crescerá.

Não estou nem falando de termos um partido de Direita na situação, escolhendo Ministros que tenham sido na vida pública empreendedores, inventores, criadores, arriscadores, investidores, incubadores, produtores, distribuidores, administradores ou bem sucedidos empresários.

Estou falando de partidos minoritários, de oposição, mas que pelo menos possam de tempos em tempos alertar sobre as inúmeras medidas que desestimulam os empreendedores, inventores, criadores, arriscadores, investidores, incubadores, produtores, distribuidores, administradores ou bem sucedidos empresários do Brasil.

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Comentários

48 respostas

  1. Todo empresário bem sucedido é mal visto no Brasil. O melhor emprego nesse país da desordem é ser funcionário publico: Sinônimo de bons salários, pouca responsabilidades e muitas férias.
    Já ser empresario é ler todas as noticias dos jornais, ver as bolsas ao redor do mundo, planejar, e tentar sobreviver em meio ao governo que quer sócio mojoritário da empresa, juízes trabalhistas que nunca tiveram um funcionário na vida, e a ignorância da população sem educação.
    Fazia planos a cada 5 anos para minhas empresa, em 2008 comecei a fazer planos anuais, atualmente os planos são mensais, uma curva pós a outra para contornarmos o caminho.
    Não vejo um partido ou uma figura publica que abrace nossa causa. Estamos em meio a uma guerra fiscal entre estados e parece que ela permanecerá.

  2. Se você tinha um plano de 5 anos em um mundo em que as políticas econômicas, mesmo nos países ricos, mudam a cada dois anos, e as demandas do mercado mudam ainda mais rapidamente, talvez o governo não fosse exatamente o seu problema. Os juízes trabalhistas, governadores e a “ignorância da população” (que é menos ignorante do que o sujeito que não sabe que ser funcionário público é um ótimo emprego em qualquer “país de ordem”, dos EUA em que funcionários do setor público, duramente criticados pelos libertarians de lá, ganham mais do que os do setor privado e têm mais benefícios ao Japão do milagre econômico em que os alunos do departamento mais prestigioso-Direito-da universidade mais prestigiosa-de Tóquio-competiam para entrar no MITI). Há muito empresário “bem-sucedido” fracassado colocando a culpa de seus problemas no “povo” ou nos “governadores”. Talvez, devêssemos copiar dos países do “Primeiro Mundo” uma coisa chamada responsabilidade pelos próprios atos.

  3. Alberto, essa é capa do jornal Valor econômico de ontem: ”Senadores procuram reabrir Refis da crise”. Você sabe o que é Refis ao pé da letra!? Resposta: Quem pagou os impostos em dia, como eu, é um babaca! Vc pode pagar agora em 30 anos, 360 vezes sem juros!!!!
    Eu quero ser responsável pelos meus atos como nos países de ”primeiro mundo”. Mas por favor, eu quero o triplo de auditores fiscais no Brasil, fim da guerra fiscal entre estados e educação para o povo.
    Crescimento aqui é aumento de extração de matéria-prima, principalmente petróleo e minério.
    É muito fácil fazer comparação com os países desenvolvidos em apenas um caso, quero ver fazer todas as comparações.

  4. Pensei que funcionarismo público bem-pago fosse coisa de “país de desordem”, agora já mudamos de assunto… Uma dica: o papel e a Internet aceitam tudo, os clientes não aceita. O que será que mudou desde 2008 (ou seja, desde o começo da crise internacional)? A guerra fiscal mudou? Mentira! A política econômica do governo federal mudou? Mentira! A “ignorância da população” aumentou? Mentira! Os juízes trabalhistas mudaram muito desde 2008? Mentira! A carga tributário efetiva aumentou muito desde 2008? Mentira! Muita desculpa e pouco trabalho duro os males do empresariado brasileiro são! Evidentemente, a crise vai separar os empresários competentes daqueles que só permaneceram à tona por causa da conjuntura muito favorável dos últimos anos. Estes vão garantir que a “ignorância” da população piorou, que a guerra tributária piorou, que os juízes trabalhistas pioraram e que já não dá mais para fazer planos minuciosos daqui até o Juízo Final. Mais do que nunca, é hora de trabalho duro, não desculpas.
    “‘Senadores procuram reabrir Refis da crise”. Você sabe o que é Refis ao pé da letra!? Resposta: Quem pagou os impostos em dia, como eu, é um babaca! Vc pode pagar agora em 30 anos, 360 vezes sem juros!!!!”
    Antes de 2008, os impostos não eram escorchantes? Eu diria que desde os tempos de D. Maria, a Louca, pelo menos. Se tiver dúvida, no final do ano, calcule em quanto ficou a carga tributária efetive e compare com a de 2007 (o último ano dourado, no seu entender).

  5. Essa é uma luta que deve partir da iniciativa dos próprios empreendedores. Não podemos esperar que outros levantem bandeiras para nos defender. Os ruralistas, os desportistas, os católicos, os evangélicos, os artistas, os verdes e até os sem-terra criaram a sua própria representação nas instâncias de poder. Por quê os empreendedores não fazem o mesmo? As eleições estão chegando aí, e com elas as opções de sempre… Já será um começo se conseguirmos identificar através do compromisso com programas claramente definidos, e assim eleger alguns representantes que pensam como o prof. Kanitz e sejam coerentes com as suas bases.

  6. Thiago, desde quando 30 dias férias/ano é “muitas férias”?
    A ingnorância da população pelo jeito também contaminou o empresariado.
    Aqui no Brasil os empresários só pensam no mercado premium. Ninguém quer ganhar em escala. Aqui os empresários preferem construir 5 apartamentos de luxo a 20 para a classe média ou 30 populares. Porque? Dá mais lucro por menos trabalho!
    Aqui se reclama do imposto, imposto, imposto, o empresariado fez até um impostômetro, mas não reclama da causa desse imposto: mais de 50% daquele dinheiro já nasce morto para pagar os juros da dívida pública (que o governo diz que já pagou).

  7. Questão interessante:
    Por que o empresário, que sabe tão bem vender seus produtos, não sabe se vender como elemento social positivo?

  8. Trabalho duro, sempre!!! Anos dourados (2007) ao meu entender, vc quem está tirando suas conclusões.
    Graças ao trabalho duro, todas as metas sejam elas de 5 anos ou de apenas 1 deram certo. Mas com o crescimento da empresa, vc acaba virando vidraça. E a cada ano fica mais duro, o empresario vai perdendo o tesão em fazer as coisas acontecerem . Esse é o meu caso e de mais outros milhares.
    As coisas sempre foram difíceis, mas no atual momento estão ficando impossíveis.
    Sua bandeira é aquela que: ” as coisas aqui sempre foram assim.” Te ensinaram a aceitar as coisas.
    Obrigado pela discussão Alberto, toda é bem-vinda e válida.
    Abraços
    Ps: A educação piorou muito, pode ter certeza.

  9. Lucas, 30 dias mais todos os feriados do ano, são muita ferias meu amigo. Mas tudo bem, ás vezes o erro é meu. Eu quem estou errado. Trabalhar 12h por dia e ter uma semana de ferias é falta de competência minha.
    Deveria ter contratado melhor, não ter preocupação em cumprir metas tão rigorosamente.
    Eu nunca pude errar, qualquer erro seria o fim da minha empresa, o dinheiro não caí na minha conta todo dia 5 trabalhando bem ou mal.
    Só tenho uma escolha: ser eficiente.

  10. Foi VOCÊ quem garantiu que, abtes de 2007, dava para fazer planos a perder de vista, a carga tributária era gentil, os juízes trabalhistas eram bonzinhos, a guerra tributária não existia, a população não era ignorante e os funcionários públicos ganhavam pouquinho. Eu só lembrei que a ÚNICA coisa que mudou desde 2008 foi a conjuntura mundial. Ela realmente está atrapalhando os maus empresários, que só se mantinham à tona por causa da liquidez do sistema financeiro mundial até 2008 e da economia brasileira-puxada pelas commodities- em franca expansão até pouco tempo atrás. Os problemas estruturais continuam os mesmos, muitos, terríveis e antigos, não precisamos criar problemas imaginários para que sirvam de justificativa. Nenhum dos fatores que você citou (governadores, juízes, funcionários públicos, etc.) é razão para ter mudado de planos quinquenais (ao estilo soviético) para planos mensais. Quanto às bolsas e a situação econômica mundial de modo geral, a culpa não parece ser culpa da “ignorância” do povo, já que Obama e Sarkozy também se viram às voltas com os mesmos problemas. A diferença é que, na França e nos EUA, com uma cultura de trabalho duro e responsabilidade, tentar colocar a culpa dos próprios fracassos no povo não cola.

  11. Trabalho duro na França!? hahahahahahaha. Com as leis trabalhistas e os encargos de lá vc está errado. A cultura lá e ter um emprego. Trabalho duro na Europa vc encontra na Alemanha. (E fora, na Asia e EUA.)
    A culpa é do povo sim. Quem elege Tiririca é o povo. Quem elege Sarney é o povo. Quem elege Collor é o povo. Quem elege Demostenes é o povo……..entre outros!!! Quem nunca faz uma manifestação social, é o povo. Quem faz piada com todas as roubalheiras no Brasil, é o povo.
    A sua mentalidade é igual a do povo, ”sempre foi assim desde 1500, não vai mudar”. Isso só muda com EDUCAÇÃO. Educação do povo!!! Exemplo Coreia do Sul, Chile.
    Ps: A crise não vem de 2008, ela vem agora! Com juros e correção.

  12. ”O mercado de trabalho francês é um dos mais amarrados que existem. A jornada de trabalho é folgada (35 horas semanais), o salário mínimo é generoso (1 450 dólares, contra 600 na vizinha Espanha), as férias são prolongadas (seis semanas), a aposentadoria é precoce (60 anos). As demissões são raras porque a legislação trabalhista – um calhamaço com 2.500 páginas e 10 quilos – obriga as empresas a pagar indenizações entre doze e 24 meses de salário ao funcionário demitido sem justa causa. O modelo representa um peso enorme para os cofres públicos, reduz a competitividade francesa no mercado global, afasta investidores estrangeiros e inibe a criação de empregos. Demitir é tão complicado e caro que a maioria das empresas prefere firmar contratos temporários com seus funcionários, mesmo que isso tenha um custo em termos de produtividade. De acordo com o Ministério do Trabalho, a idade média para um francês conseguir um emprego permanente, com toda a proteção da lei, é 33 anos.”
    Alberto, se vc falar que o papel aceita tudo, vamos pegar um voo p/ Paris amanha.

  13. “Trabalho duro na França!? hahahahahahaha. Com as leis trabalhistas e os encargos de lá vc está errado. A cultura lá e ter um emprego. Trabalho duro na Europa vc encontra na Alemanha. (E fora, na Asia e EUA.)”
    1) Bobagem. Fora das grandes empresas, que competem internacionalmente, o mercado de trabalho asiático é amarradíssimo. Basta ver a agricultura e as empresas financeiras japonesas, que não precisam concorrer no mercado internacional. Mas se você não sabia sobre os funcionários públicos japoneses seria demais esperar que soubesse sobre as empresas nipônicas.
    2)Ah, bom. Antes de 2008 (quando você abandonou os planos quinquenais) só reservas morais da nação e ganhadores do Nobel de Física iam para o Parlamento… Engraçado é que há pouco tempo atrás metade dos chineses não conhecia o modelo geocêntrico e mesmo assim o país crescia 10% ao ano e os empresários deles devoravam-e ainda devoravam- as nossas empresas. Será que o seu fracasso é prova de que os brasileiros ficaram burros depois de 2008 (logo, 2008!) ou será que é prova de que você estava surfando nas facilidades do mundo pré-crise? Será que os chineses tomaram leite de gênio nos últimos anos ou os empresários deles simplesmente começaram a trabalhar duro e, agora, a educação está vindo no embalo com o crescimento do país? O que é mais provável?
    3) Quanto à França, fora da agricultura protegida, tente se encostar no Estado e culpar a “ignorância” do povo (a ignorância aparentemente foi inventada em 2008) pelos seus fracassos, para ver quanto tempo você dura. Existe cultura de responsabilidade (mais do que aqui, embora menos do que nos EUA).
    4) A minha mentalidade é de trabalhar DURO em vez de culpar os outros pelos meus problemas! Sinto muito se ninguém teve coragem de dizer para você que problemas que existem há quinhentos anos não são responsáveis pelos seus problemas de quatro anos. Esses problemas devem ser resolvidos pelo bem do Brasil, mas não servem de desculpa para os empresários incompetentes, que querem se encostar no resto da Sociedade (aliás, o crescimento japonês começou quando um primeiro-ministro disse que não se importava se os maus empresários japoneses quebrassem e se matassem).
    5) Quer dizer que Tirica traça a política econômica do governo? Era Demóstenes o responsável pela guerra fiscal? É engraçado que você tenha que citar os casos mais folclóricos quando os seus supostos problemas são causados pelos técnicos do BC, Obama (já que você acha que o Mal no mundo começou em 2008) e a maioria dos congressistas, que é menos folclórica-embora, talvez não mais útil- do que Tirica.
    6) Nos EUA, há um monte de gente culpando Obama ou o Congresso republicano pelos problemas do país, mas continua valendo a velha regra: empresário ruim quebra.

  14. Acho que você pode começar montando uma empresa na França. Afinal, aqui é a ignorância do povo brasileiro que vem segurando você (se não fossem ignorante, eu imagino que ele apoiaria o desejo do empresariado de se encostar ainda mais na Sociedade)… Na França, onde até os porteiros citam Sartre, isso não vai ser problema. Mande um cartão-postal.

  15. A ignorância do povo, atinge a própria população. Esse é um problema nosso! Vc, como sempre aceita todos as problemas. E quer saber, não tenho preocupação com meu futuro, tenho com o futuro dos meus filhos e da sociedade.
    ” Sinto muito se ninguém teve coragem de dizer para você que problemas que existem há quinhentos anos não são responsáveis pelos seus problemas de quatro anos.”
    Então a culpa é da colonização!?
    Alberto faz parte desse grupo abaixo:
    A história dos macacos
    Um grupo de cientistas colocou cinco macacos em uma jaula. No meio da jaula, uma escada, e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, um jato de água fria era acionado em cima dos que estavam no chão.
    Depois de um certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros pegavam-no e enchiam-no de pancada. Com mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.
    Então, os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo já não mais subia a escada.
    Um segundo macaco, veterano, foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos, foram substituídos.
    Os cientistas, então, ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
    “Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui…”

  16. A ignorância do povo, atinge a própria população. Esse é um problema nosso! Vc, como sempre aceita todos as problemas. E quer saber, não tenho preocupação com meu futuro, tenho com o futuro dos meus filhos e da sociedade.
    É por isso que você está reclamando dos seus problemas, que “começaram” em 2008… Não, eu não “aceito” os problemas, eu trabalho duro e evito culpar os outros pelos meus fracassos. Repito: se você só precisou abandonar seus planos quinquenais (a economia soviética, como se sabe, foi um sucesso…) depois de 2008, provavelmente a “ignorância” do povo, um fenômeno bem mais antigo, não é a responsável.
    Não, o problema não é da Colonização, é seu! Como eu disse, problemas que existem há 500 anos não são responsáveis pelos seus problemas de quatro anos. Simples assim. Eu ainda prefiro responsabilidade pessoal.
    Queria ler o “paper” desses cientistas (já conhece a lenda do “centésimo macaco”?). Quer dizer que os macacos continuaram a fazer o que sempre faziam, mas só tiveram problemas com a “ignorância” do povo depois que a crise cortou o crédito deles? Depois disso, os macacos conseguiram uma graninha com o governo?

  17. Ainda estou esperando para descobrir o que piorou tanto de 2008 (além da conjuntura internacional). Se foi a guerra fiscal, se foram os juízes trabalhistas, se foi a “ignorância” do povo. Acho que quem reclama do nosso povo deveria tentar ver se consegue fazer colar esse papo de coitadinho em algum país desenvolvido. Desenvolvimento começa pelo caráter!

  18. Gostei do texto Stephen, em tese vc está absolutamente certo, mas ele é muito repetitivo – não sei se vc já leu a obra de Graciliano Ramos. Vale dá uma olhada no estilo enxuto do Mestre Graça.

  19. Acho que em 1989 esse pessoal tinha um bom representante, que era o Afif. Apesar de perder a eleição, ele mostrou que existe uma fatia da população que acredita no incentivo à produção e ao empreendedorismo.
    Se o Afif tivesse continuado com a sua plataforma, talvez ele já fosse prefeito ou governador de estado. No entanto, os políticos brasileiros são muito imediatistas. Só que, nesse caso, o imediatismo deu com os burros n’água. Ao invés de subir, ele desceu e sumiu, e acabou vendo o estatismo tomar conta do país com o PT.

  20. Talvez, mas ele perdeu em 90 para senador. Depois disso, associou-se ao PFL, a Maluf e aos tucanos. Qual era a opção?
    Sem falar que eu não conheço nenhum empresário que passaria 23 anos arriscando seu ganha-pão e maior fonte de notoriedade com a perspectiva remota de ganhar um pequeno prêmio (uma prefeitura, no caso de Afif) se tudo der absolutamente certo no final. Honestamente, quem vive de “planos mensais” não deveria acusar os outros de imediatismo. Em todo caso, qualquer empresário que quiser passar um quarto de século tratando do interesse público em vez de dos próprios com a esperança de talvez, quem sabe, um dia, se tudo der certo chegar a algum lugar pode se filiar a um dos partidos existentes ou formar um novo partido. O mais provável é que vá ver algum outro se eleger com o eleitorado que ele formou durante esse tempo.

  21. Kanitz,
    não sei se já teve o desprazer de tentar patentear algo no Brasil como simples inventor?
    Sabe quanto tempo o INPI leva para EXAMINAR um pedido de patente para depois viabilizar a concessão da mesma? Leva em média 10 anos ou mais, além de todas as taxas (anuidades e outros) que são pagas pela morosidade. Ou seja, dentro desta lógica, para o INPI é mais vantajoso financeiramente que o pedido demore mesmo. Se vc pagou o pedido de exame mas eles demoraram mais de 7 anos depois para entrar na fase de exame, e se não pagou as anuidades posteriores, eles simplesmente ARQUIVAM e rale-se o inventor, empreendedor, etc. Esse é o país do carimbo mesmo.

  22. Prezado Alberto,
    Pelas suas colocações dá a impressão que o Afif abandonou a política depois da derrota de 1990 para se dedicar às suas atividades empresariais. No entanto, ele continuou na política, sendo, inclusive, secretário do Pitta em 1998, dedicando-se, depois, às articulações para apoiar o Maluf ao governo do estado em 2000 e sendo candidato, novamente, ao senado em 2006, quando recebeu mais de oito milhões de votos. De 2007 a 2010 ele foi secretário do Serra.
    O que me parece é que ele não acreditou na sua própria capacidade de liderança, preferindo ficar a reboque de outros políticos, como Maluf e Serra. Acho que teria sido mais proveitoso para ele e para o país se mantivesse um espaço próprio onde pudesse defender “o empreendedor, o inventor, o criador, o arriscador, o investidor, o incubador, o produtor, o distribuidor, o administrador, o empresário”, como propôs o Kanitz. É nesse aspecto que eu acho que ele foi imediatista, trocando um projeto nacional mais ambicioso por cargos e favores municipais e estaduais. Talvez teria sido melhor, mesmo, se ele tivesse se desligado da política em 1990, para cuidar dos seus negócios particulares.

  23. Kanitz,
    O problema não é só a inexistência de partidos de direita mas a vergonha que as pessoas têm de se declararem de “direita” pois a posição foi totalmente estigmatizada de forma bem negativa por décadas de esquerdismo. Vc mesmo padece do mal pois logo de cara na sua argumentação, tratou de fazer a ressalva de que “Não que eu seja de direita, quem lê este blog sabe que eu não sou”. Porque essa cautela toda, porque essa vergonha de se confessar de direita? Das duas uma: ou vc é de esquerda e sua argumentação é só um falso proselitismo ou vc é de direita e teme o julgamento da esquerda. Se vc for de direita, o melhor serviço que vc pode prestar à causa é assumir a posição de forma clara e inequívoca.

  24. Eu disse que ele se juntou ao PFL (ele antes estava no PL, passou para o sucessor da ARENA, que era policamente mais forte, mas nada comprometido com o liberalismo econômico), a Maluf e aos tucanos, abandonando suas velhas posições. O que ele deveria ter feito: esperar para depois de um quarto de século virar prefeitinho, a honrosa posição que vocês esperavam que coroasse a vida política dele? Eu repito: os empresários não-imediatistas são livres para passar vinte e cinco anos pregando no deserto, mas querer exigir isso dos outros é desonesto demais! Quando eu falei de ganha-pão e motivo de notoriedade, eu me referia exatamente à carreira política dele. Por que ele deveria ter sacrificado a carreira política dele? Seria cômico se não fosse trágico esse hábito dos “arriscadores” brasileiros de arriscar os interesses … dos outros. Talvez seja hora do empresariado brasileiro parar com esse hábito de procurar privatizar os lucros e socializar os prejuízos, ele é uma das maiores razões de “empresário bem-sucedido” ser mal-visto no Brasil…

  25. “Das duas uma: ou vc é de esquerda e sua argumentação é só um falso proselitismo ou vc é de direita e teme o julgamento da esquerda.”
    Ou vai ver que ele não quer se misturar com os Demóstenes e Arrudas pela mesma razão pela qual não quer se misturar com os Genoínos e Dirceus. Ou será que a solução para o “estatismo” do PT é o estatismo dos políticos da velha ARENA?

  26. Alberto,
    Eu até entenderia que alguém de “bem” não queira se misturar com essa gentalha da esquerda ou da direita pois no fundo, no fundo, são todos igualmente desprezíveis. No caso do Kanitz, acho que ele é um murista. Não vejo muitas outras saídas para o Brasil, além do aeroporto de Guarulhos.

  27. Acho que não. Ele, concorde-se ou não com ele, vive a apresentar ideias. Se elas não coincidem com os “ideais” dos nossos esquerdistas (que odeiam quem produz a riqueza que eles pretendem dividir-e embolsar no processo) e dos nossos direitistas (que acham que têm direito adquirido ao poder e se limitam a falar mal do PT sem explicar o que eles fariam/fizeram de diferente), a culpa não é dele. Pelo contrário, levando-se em conta que nossas esquerda e direita são o que são, é ótimo sinal que ele não possa ser enquadrado nem em uma nem em outra.

  28. Alberto,
    Concordo. Mas, por outro lado, a sociedade brasileira está entulhada de muristas, que não são nem a favor, nem contra, muito pelo contrário, como se diz. E é essa atitude que esconde um certo comodismo ou uma necessidade de se evitar discussões e conflitos, que faz do brasileiro um banana, um bunda-mole, que assiste passivo e indolente às maiores barbaridades. Aparece um mensalão e o prestígio do Lula continua não só nas alturas como a patuléia de memória brevíssima, ainda guinda a “muié do Lula” à presidência. Convenhamos, o País é uma piada!

  29. Parece que estes conceitos de esquerda e direita estão deteriorados e sem sentido definido. Penso que se deveria trabalhar com os conceitos de CAPITALISMO e SOCIALISMO. O Prof Kanitz acaba de me decepcionar, sempre pensei que ele fosse de direita. Aqui no Brasil as coisas são mesmo interessantes, empresario é socialista e prostituta goza.

  30. Scheffer,
    Exatamente. Há um blog muito interessante, o do Rodrigo Constantino, que tem uma posição claríssima, a qual está estampada na home page de seu blog: “Liberal com Orgulho”. recomendo uma passeada por lá.
    Sobre o Kanitz, por várias vezes escrevi no seu blog dizendo que ele não passa de um petista enrustido que posa de intelectual do capitalismo ou sei lá o que. Aqui e ali até que ele tem umas boas idéias mas seu posicionamento político é uma decepção. Acho que foi contaminado pelo esquerdismo endêmico da USP. Pena!

  31. Quer dizer que todo mundo que não é socialista é de direita? Os socialdemocratas alemães são de direita? Os trabalhistas ingleses são de direita? Esse tipo de critério não seria levado a sério em nenhum lugar do mundo. Aliás, nem os democratas americanos e o mainstream petista são socialistas em nenhum significado da palavra que faça sentido.
    Você pode não saber, mas no mundo civilizado existem empresários de esquerda (isso de “esquerda” e bolchevismo serem sinônimos corre por conta de quem nunca abriu um livro). Liberalismo e direita tampouco são sinônimos, como provam milhares de governos intervencionistas e gastadores (o de Bush II, por exemplo). Quem quiser ser de “direita” ou de “esquerda” que seja, mas inventar definições oportunistas não é coisa nem de esquerda, nem de direita, é coisa de gente desonesta apenas.

  32. Quando tudo ia bem para a classe média, apareciam escândalos da reeleição, da privatização, do SIVAM, etc., mas FHC permanecia por cima. Foi a explosão da ilusão do Real forte em 1999 que sepultou o PSDB no plano federal. O mesmo com Sarney, que esmagou a oposição com a euforia do Cruzado. Idem para Collor, que só foi derrubado quando a economia se desintegrou. Idem para os militares e o “Milagre”, que ameaçava destruir o MDB. Bush tomou um monte de posições “controvertidas”, mas os republicanos foram expulsos da Casa Branca pela crise econômica, que, agora, ameaça Obama. O povo vota com o bolso no mundo todo em todos os tempos. A “direita” amava isso quando estava no poder.
    A direita poderia ter abraçado todas essas teses de Kanitz quando teve a oportunidade e o poder na esfera federal. Se ela não o fez, é por haver alguma diferença entre essa direita e Kanitz. Querer que ele se “assuma” de direita ou de esquerda só para levar água ao moinho das aspirações eleitoreiras de políticos profissionais é um pouco demais. Já há um monte de gente por aí (inclusive em jornais e revistas) com vocação de cabo eleitoral…

  33. Aliás, se não fosse para colocar a “muié” de Lula no governo, seria para colocar quem? A de FHC, que já tinha sido rejeitada em 2002? Eu imagino que deva fazer diferença para quem leva dinheiro de uma das duas gangs, mas confesso que para mim não faz.

  34. Brusque, Santa Catarina, Brasil — Empresa de Brusque conseguiu, através de seu procurador Jena Carlo Rosa, emplacar sua marca Tecebem no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
    O processo de certificação teve início em 2002 e só no ano de 2012 que a empresa conseguiu registrar sua marca. Os proprietários Ismar e Nivert Imhof, detentores da marca Tecebem, indústria que produz malhas para confeccionistas e lençóis de malha, protetores de colchão, fronhas, sobrelençóis, top-box, comemoraram após a longa batalha.
    “Pensávamos que seria impossível registrar uma marca no Brasil”, disse Ismar Imhof, diretor da empresa. A notícia agradou em cheio, mas deixou perplexo Nivert Imhof, outro diretor da empresa. “Com certeza os chineses conseguirão em bem menos tempo.”, desabafou.
    A indústria têxtil passa por fase difícil no Brasil, desde o ano passado e agora em 2012. Os asiáticos estão vindo com tudo. Uma das formas de proteger as conquistas no mercado seria a proteção do registro da marca.
    O registro da marca Tecebem de número 901 409 081 está na categoria NCL (9) 24 e tem validade para 10 anos. A marca Tecebem foi publicada na revista do INPI 2145 com dados atualizados em 14 de fevereiro de 2012.
    Fonte:http://pt.wikinews.org/wiki/Empresa_esperou_10_anos_para_registrar_sua_marca_Tecebem_no_INPI

  35. Sobre patentes e direitos autorais, as leis seguem o padrão internacional. A situação é ruim em todo lugar. Na verdade, os direitos autorais dos Estados Unidos estão sendo estendidos toda vez que os direitos dos primeiros desenhos animados da Disney estão prestes a expirar. Faz alguns anos que nada entra em domínio público nos EUA por causa disso.

  36. Aqui no Brasil está terminantemente proibido dobrar a direita. Não se admite uma voz dissonante (ao discurso politicamente correto). Basta ver a recente descoberta de dois agentes (da direita) infiltrados na reunião do “agora conhecido” Foro de SP. Dois reporteres da Veja.

  37. O Sr, Stephen deu corda para os “liberais” de plantão… espero que façam bom uso da “corda” e que se enforquem.
    “Liberal” é aquele sujeito que quer um “Estado Mínimo” mas quer investimento e garantias do “Estado” não arrisca nunca, O PT inventou o “Fome-Zero” o Liberal inventou o “Risco-Zero”, é aquele que se o dolar está baixo ele, Liberal, não aproveira para modernizar seu negócio e reclama da “competitividade” e se o dolar está em alta, reclama que não pode modernizar seu negocio e reclama da “competitividade”. Tô mentindo?
    Quanto ao PT vou só dar alguns números:
    Comercio exterior do Lula.
    africa 2002 US$ 4,9 bi
    africa 2010 US$ 20,3 bi
    America do sul 2002 US$ 15,1 bi
    América do sul 2010 US$ 83,2 bi
    MAIOR SUPERAVIT DA BALANÇA COMERCIAL – US$ 13 bi)
    Ásia 2002 US$ 15,9 bi
    Ásia 2010 US$ 112,2 bi
    Oriente Médio 2002 US$ 2,9 bi
    Oriente Médio 2010 US$ 15,3 bi
    Europa 2002 US$ 28,9 bi
    Europa 2010 US$ 82,2 bi
    EUA 2002 US$ 25,1 bi
    EUA 2010 US$ 46 bi
    (MAIOR DEFICIT DO BALANÇO COMERCIAL – -US$ 8 bi)
    Em 2002 o Brasil financiou 29 mil unidades habitacionais.
    Em 2011, 493 mil !
    Em 2002 os financiamentos à casa própria chegaram a R$ 1,8 bilhões.
    Em 2011, no fim do Governo do Nunca Dantes, foi R$ 80 bilhões !
    Dá pra comparar ?
    Não vou colocar os números do governo “leberal” de FHC senão a “brincadeirinha da corda” do ínicio do meu

  38. Estamos vivendo um tempo no Brasil em que não existem mais esquerda ou direita na política, somente o que esta no poder, aquele que não esta comigo “coligado” esta contra mim “esquerda”, nem que para isso tenha que pagar ou agradar esse ou aquele. Muitas vezes o pecado esta em agradar alguns detentores do Capital fazendo políticas para eles e não priorizam a maioria daqueles que produzem o Capital.

  39. Thiago, onde estavam/estão os “empreeendedores” em prol de um ampla e irrestrita reforma tributária ? Onde estavam/estão eles para rever a concessão de patentes ? Em algum protesto ? Não, estes estão sendo feitos por estudantes… Ah, os “empreendedores” estão em casa, falando mal dos ativistas e praticando o “sofativismo”. O empresário brasileiro é o mais CHORÃO do mundo…

  40. De acordo, Lucas. O empresariado nacional só sabe reclamar e espenear. Sabe por quê ? Uma das respostas é: porque a maioria é CONSERVADORA e LIBERAL (claro, se n fosse um ou outro, n seria “empreendedor”) e acreditam na democracia “representativa”…

  41. Alberto: se tu fuçares, encontrarás liberais não-conservadores mas a recíproca é mais difícil; exemplo: para os liberais, a propriedade privada é uma ambição; para os conservadores, quase um dogma.

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