Casar ou Não Casar – Eis a Questão

Por que 50% dos casamentos resultarão em divórcio, causando enorme sofrimento e sequelas nos filhos menores?

Vou usar para a discussão de hoje o diário de Charles Darwin, onde depois da viagem do Beagle ele percebe que está ficando para trás e decide fazer uma “contabilidade” dos prós e contra do casamento.

Marry or not to Marry, This is the Question.”

Isto deixou muita gente chocada, da forma racional que Darwin colocou uma questão emocional e afetiva.

Pior foram alguns dos prós e contras.

Prós.

Ter alguém na velhice. Alguém para cuidar da casa. Melhor do que ter um cachorro.

Imaginem a ira das feministas, e com razão.
Não casar.

Liberdade, ausência de brigas, não ter que visitar parentes, não ter que cuidar dos filhos.

Darwin ficou uns meses neste dilema e não casar quase venceu, mas lendo o seu diário nos meses seguintes finalmente ele decide e escreve Casar, casar, casar.

A reputação de Darwin nesta questão piora ainda mais, porque aí ele faz uma análise pró e contra de cada uma das pretendentes.

Decide finalmente por Emma, que felizmente nunca chegou a ler o diário de Darwin.

Embora isto pareça tipicamente inglês, frio e racional, eu vou mostrar um lado positivo desta forma de Darwin colocar o casamento que é a seguinte.

Darwin colocou a questão em duas etapas, e na ordem certa.

PRIMEIRO ele decidiu se deveria casar ou não, e depois COM QUEM.

Minha tese aqui, é que jovens de hoje inverteram a questão.

Primeiro decidem COM QUEM, e depois decidem se devem casar ou não com aquela pessoa.

Eu sei que muitos vão achar isto correto, e nem eu quero exagerar muito neste ponto.

Mas o que achei interessante na ordem de Darwin, é que primeiro ele se comprometeu ao conceito, aos deveres e obrigações com a instituição do casamento. 

Supostamente, ele estava plenamente consciente da chatice do casamento antes de se casar, algo que muitos jovens não se conscientizam.

Tão apaixonados COM QUEM, eles esquecem de pensar no que é CASAR e se manter casado.

Casamento se torna a consequência da primeira escolha, COM QUEM e não a questão em si.

Em vez de COM QUEM ser consequência da decisão de MANTER UM CASAMENTO PARA SEMPRE.

A nova geração está totalmente preocupada COM QUEM e não com a instituição casamento.

A indústria de cosméticos, roupas, revistas femininas e feministas, gastam 100% do seu espaço editorial COM QUEM, e quase nada com a dificuldade de SE MANTER UM CASAMENTO PARA SEMPRE.

A nova geração vai trocando os COM QUEM, de tempos em tempos, até chegar a uma idade de 36 anos, quando as mulheres percebem que têm que casar correndo se quiserem ter filhos, e nem pensam como Darwin na questão CASAR OU NÃO CASAR.

O imperativo biológico fala mais alto.

Como disse, não quero exagerar neste ponto, sei que os diários de Darwin de fato são chocantes, mas eu só queria trazer um ponto de vista diferente, não tão óbvio, que Darwin pelo menos pensou na ordem certa.

Você que é jovem deveria pensar muito mais na instituição CASAMENTO e no que ela significa.

Seu casamento será muito mais duradouro se você pensasse como Darwin, nas obrigações que ele gera, na perda de liberdade que ele implica, na chatice dos parentes que ele acarreta.

Em vez de pensar como escolher o COM QUEM o tempo todo.

Em vez da academia de musculação e do cabeleireiro aos sábados, conversar com um Pastor no domingo sobre casamento talvez seja a primeira opção para um casamento feliz.

É triste que hoje somente a Igreja e Darwin pensam que decidir se casar é uma decisão séria.

Que precisa ser assumida e decidida firmemente ANTES de sair correndo pelo par perfeito.

É muito triste que somente nas revistas dominicais distribuídas gratuitamente nas portas das Igrejas é que você vê um editorial falando da necessidade de levar o CASAMENTO a sério.

Coincidência ou não, o casamento de Darwin durou 43 anos, e foi o único.

 

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Comentários

19 Responses

  1. Outra coisa que acontece com os jovens é não saber colocar as coisas na balança. Darwin analisou todos os prós e contras e deve ter percebido que tinha mais prós do que contras.
    Quais seriam os prós de um casamento e que convenceriam um jovem a querer casar? (Imaginando um cenário onde um jovem solteiro transe regularmente sem nunca ser casado, e sem sentir-se culpado por isso)

  2. Muito bem colocado!
    A decisão de casar ou não deve ser muito mais racional que emocional. Se possível devemos escrever sobre isso, como fez Darwin na época.
    Esse tipo de decisão com base na emoção só tende a causar frustração no futuro e um casamento infeliz ou fadado ao fracasso.
    Márcio.

  3. Adorei o artigo!
    E tenho certeza absoluta de que meu casamento será como o de Darwin: duradouro e único.
    Por enquanto são quase 9 anos “apenas”, mas com uma grande diferencial: nunca brigamos. Sempre conseguimos resolver todas as nossas diferenças (sim, nós as temos, como todos) com muito diálogo, respeito e com o nosso lema desde o início do namoro: SINCERIDADE E COMPREENSÃO.
    http://www.jbsilva2.com.br

  4. Dr. Kanitz,
    clap clap clap clap. Esta foi genial. Você realmente é muito bom no que faz.
    Este corre o risco de ser o seu melhor artigo de todos os tempos. Se não for o melhor, corre o risco de ser o mais importante.

  5. Parabéns professor, não só pelo conetúdo explícito do artigo, mas também pelo fato de que esta forma de encarar as coisas pode ser levada para tantas outras em nossa vida.

  6. Muito bem prof. Kanitz!
    Também concordo com a idéia do casamento em duas etapas:
    1. Casar ou não
    2. Com Quem
    Seu artigo seria perfeito, se não fosse for esta frase aqui:
    “Em vez da academia de musculação e do cabeleireiro aos sábados, conversar com um Pastor no domingo sobre casamento talvez seja a PRIMEIRA opção para um casamento feliz.”
    Seriously? Esta frase não combina com o resto do texto. Como que alguém condenado ao celibato pode dar bons conselhos para se manter um casamento feliz?
    É justamente por isso que muitos casamentos acabam: o casal vai se aconselhar com o tal pastor que não entende bulhufas de vida a dois. Coisa boa não deve sair dali.
    Sugiro ao prof. Kanitz refazer essa frase do texto. Na verdade fico estarrecido de ver alguém tão esclarecido como o prof. Kanitz ter este tipo de raciocínio.
    Como que alguém (pastor) que passa a vida inteira acreditando em algo que não existe (Deus) pode aconselhar casais a ter um bom casamento?
    Pedir conselhos a um pastor deveria ser a última opção de um casal. Aliás se você realmente acha que pedir conselhos a um pastor vai salvar seu casamento você está seriamente com problemas.

    1. meu querido, em primeiro lugar acho q vc esta confundindo padre com pastor e segundo qualquer pessoa, religiosa ou nao, deve ser respeitada, coisa que vc esqueceu de acrescentar nesse seu infeliz comentário. Independente da sua crença deve reconhecer que a igreja é uma das poucas que defende o matrimonio único em pleno seculo 21 por isso pastores tem sim autoridade para falar sobre esse tema desde q seja casado

  7. Celibato? Pastor? Que era você está vivendo? Sem querer ofender, mas até hoje, os únicos que respeitam o celibato são padres, isso no meu conhecimento. E se Deus existe ou não, falamos sobre o caráter do pastor, que costumam ter mais respeito pela junção legal do que o “amigar”, e não da religião.

  8. Velho, na boa, você é muito burro, seu comentário foi totalmnto baseado em nada.
    Inclusive a maioria absoluta dos pastores que conheço são casados ou quase lá

  9. Nunca li tanta besteira junta hahahahaha
    Vai estudar animal!
    E ainda tem outros animais que concordam. Chamo de animal porque a raça humana não pode se limitar nessas coisas ai!
    Direitos iguais para tod@s!
    Esse é o Estado de Direito tão falado e não posto em prática!

  10. Meu caro, você não sabe, mas as pessoas que mais entendem de família e casamentos são os pastores e conselheiros. Eles teem toda a vivência de TODOS que vão até eles para serem ouvidos ou aconselhados, expoem suas dificuldades, seus amores e desamores e daí estao saturados das dificuldades e experiências positivas e negativas de cada um.Eles (os pastores)também são filhos e vieram de famílias estruturadas ou não, trabalham, se dedicam e s esforçam para que que o seu rebanho vivam o amor de misericordioso de nosso Pai que nos deixou como herança sagrada. E vamos respeitar esses casamentos de hoje, que só pensam na festa, na alegoria e na vaidade de cada um. Fique em silêncio, pense sobre o tema e respeite o próximo, principalmente quando se tratar de pessoas experientes e bem informadas nos preceitos humanos e cristão. Muita luz!

  11. Amei o texto; parabéns pelo mesmo! Acho que tem gente que não entendeu sua colaboração. Não souberam interpretar….mas em todos lugares tem gente assim, com a mente fechada, fazer o quê? Kkkkk

  12. Olá, tenho 40 anos e solteira. Tenho dúvida se quero casar e ser mãe. Poderia me indicar conteúdos (podcast seria ótimo) inteligentes como o seu para que me ajude decidir.

    A propósito, eu sempre pensei como Darwin, nunca pensei na ordem inversa. Tanto é que estou solteira, mas reflexiva se quero casar ou não. Então, o ‘com quem’ seria o segundo passo e não o primeiro.

    Independente da decisão a ser tomada, quero ser feliz com ela. Isso é o mais importante para mim. Pois, o desconforto que sinto diante das cobranças das pessoas é algo que merece atenção.

    Creio que esteja embutido inconscientemente nas mulheres de que “não casar” é ser “incompetente, “inferior”, “sem valor” e isso é algo sério que deve ser tratado, pois implantaram essa cultura na mente da gente sem a gente querer. Ao mesmo tempo vejo casais assumindo compromissos amorosos e exercendo o papel de pais de forma totalmente irresponsáveis, sem saúde mental e inteligência emocional nenhuma para cuidarem um do outro e muito menos de outra vida. Reflito e me pergunto: Será que ‘ser mãe ou pai” não seria apenas a satisfação do próprio ego – tem pais que não deveriam nunca ter colocado filhos no mundo?

    Quando alguém casado e com filhos faz aquela pergunta preconceituosa: “Mas você não quer ter filho”? “Mas você não quer casar”?. Dá vontade de responder: “Então, que bom né, que você já cumpriu seu papel na sociedade”.

    (Responda, por favor)
    Grata.
    Vivi

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