Parem de Chamar os Pobres de “Pobres”

Vocês não estão sendo politicamente corretos, e pior, estão julgando-os sob os valores culturais que você endossa, que não são os deles.

Até acho que vocês que chamam pobres de “pobres” é que estão errados, e eles estão certos.

Inclusive eles acham que vocês é que são pobres, pois deixarão uma pequeno legado, que são vocês que irão desaparecer, e não eles.

O que vocês chamam de “pobres” são justamente aqueles que decidiram acumular vida, e não dinheiro.

São aqueles que investiram em filhos, e não em títulos do governo.

Em 1950 o nordestino médio tinha 8 filhos por casal.

Filho custa dinheiro para sustentar, mas eles sustentaram.

Graças a essa decisão, um casal nordestino hoje tem 64 netos.

Um casal paulista hoje tem 4.

Quem é mais rico? O Nordeste ou São Paulo?

Vocês venderiam um neto por 100.000?

Não, portanto quem é de fato mais rico?

E tem outra. Qual família tem a maior chance de ter um filho ou neto presidente?

Pois é.

Quando vejo economistas afirmarem que número de filhos é a maior causa da pobreza no Brasil, estão obviamente usando métricas econômicas e não métricas humanas.

Digo mais, as avós nordestinas não estão se remoendo sobre o significado da vida e como ser bem sucedida no trabalho.

Ter 64 descendentes é motivo de orgulho, mesmo nunca tendo trabalhado numa multinacional.

Então, vocês de esquerda e direita parem de chamar os pobres de “pobres”, que é um claro preconceito de quem valoriza bens materiais mais do que filhos.

Nada a ver com a opressão e vitimismo que intelectuais preconceituosos atribuem por aí.

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Comentários

6 Responses

  1. É uma observação interessante, contudo temos a observar a vida de uma freira num convento, onde passa toda ela em oração beneficiando-se da paz reinante no local e satisfeitas suas necessidades de sobrevivência, o que é somente possível pela contribuição de terceiros, os crentes, inclusive de muitos deles que acordam às quatro, cinco horas da manhã, tomam um trem com lotação acima do permitido, viajando até o trabalho por umas duas, três horas e retornando para casa já na hora de dormir e se preparar para a próxima jornada; às vezes sem nem mesmo ver os filhos.
    Assim, também é a vida daqueles chamados de “pobres” por decidirem “acumular vida, e não dinheiro”, ou seja, podem acumular vida por terem quem proveja saúde, educação, moradia, alimentação (bolsas), aposentadoria por idade etc. Os governos, especialmente os populistas, são os grandes provedores da opção para “acumular vida”, contudo, como governos não produzem dinheiro, faz-se necessário os contribuintes.
    Podemos equiparar a vida de uma freira com a de quem acumula vida pelo ponto comum aos dois: os contribuintes; aqueles que pagam a conta.
    Contudo, nem tanto à terra nem tanto ao mar, ou seja, buscar o equilíbrio entre acumular dinheiro e acumular vida, de modo a não depender do dinheiro de terceiros quando a vida acumulada estiver a esgotar.

  2. Tenho minhas dúvidas se eu teria orgulho de ter 64 descendentes analfabetos (funcional no melhor caso), descalço e dependendo de Bolsa Família para subsistir.

  3. Realmente é uma observação questionável, principalmente pelo radicalismo como ela foi apresentada. Ter tantos filhos sem condições mínimas de sobrevivência é antes de tudo FALTA DE HIGIENE! Posso perfeitamente valorizar a VIDA tendo 2 ou 3 filhos! A sua tese é um tremendo sofisma, com todo o respeito!

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