O Social Sindicalismo e a Evolução Política no Brasil

Social

Nos últimos oitenta anos, o cenário político brasileiro caracterizou-se pela predominância de 2 correntes ideológicas de esquerda, divergindo da percepção comum de um embate entre esquerda e direita.

A Social Democracia do PSDB e O Social Sindicalismo do PT e diversos partidos “trabalhistas”.

Proponentes da esquerda são a favor de uma maior intervenção estatal, argumentando que intelectuais iluminados, Fabianos e Positivistas, embasados nas ciências sociais e econômicas, são capazes de tomar decisões muito mais eficazes do que o indivíduo.

Liberais defendem o contrário, que o resultado da soma de escolhas individuais, o mercado, são preferíveis às determinações de economistas e burocratas.

Aliado ao fato de que quando indivíduos cometem erros eles são menores, aprendem com seus erros, e os milhares de problemas comuns são resolvidos a medida que ocorrem.

O Estado quando comete um erro as consequências são desastrosas.

Os conservadores por sua vez valorizam os conhecimentos e práticas tradicionais, mesmo que estes não sejam estritamente científicos, como exemplos a serem seguidos, em vez de teorias não testadas de intelectuais.

De 1940 a 2002, prevaleceu a abordagem da Social Democracia.

Figuras como Delfim Netto, Fernando Henrique Cardoso, Bresser Pereira, Darcy Ribeiro e Mangabeira Unger, influenciadas pelo Iluminismo, Positivismo e Ciências Sociais, desempenharam papéis significativos na formulação de políticas públicas.

Implantaram a compulsoriedade do trabalhador brasileiro em contribuir para fundos de pensão, saúde, educação e FGTS, no valor de 48% da produção do trabalhador, porque na mão do trabalhador o dinheiro seria supostamente mal gasto, imprevidentes que são na opinião da esquerda.

Assim é a Social Democracia que oferece aposentadoria, saúde, educação, necessárias para a população.

A ideia de ensinar administração financeira no ensino fundamental, alertando sobre todos esses riscos, é a solução conservadora e liberal, mas não da esquerda.

O Social Sindicalismo, concorda com todos os princípios da Social Democracia, mas diverge quanto à liderança do processo.

Em vez de intelectuais e políticos vindos da classe média, eles advogam o poder na mão do povo ou representantes fidedignos, Lula por exemplo.

Essa rixa remonta à Revolução Industrial, quando operários confrontavam-se com administradores e engenheiros nas fábricas, considerados incompetentes e inúteis.

A Revolução Russa de 1917 é um exemplo histórico onde a eliminação da classe administrativa intermediária foi implementada, e os comitês de fábrica implantados.

Nascia a fábrica sem patrão mandando em tudo e fiscalizando a produção.

Segundo o Social Sindicalismo, as chefias de instituições não precisam ser especialistas na área, escolhidas por mérito.

Esses podem ser facilmente convocados pelo sindicalista ou representante do povo, que sempre saberá escolher a melhor solução apresentada por esses economistas e cientistas sociais, respeitados os interesses do trabalhador.

Na implantação também não há necessidade de administradores profissionais, somente leis, diretrizes, estímulos fiscais e planos econômicos claros, que tudo será implantado.

Voltamos em 2023 a um Social Sindicalismo, com a crescente alocação de sindicalistas e representantes do povo, em posições estratégicas em fundos de pensão, órgãos governamentais e empresas estatais.

E a continuada rejeição de administradores e técnicos profissionais para os cargos a favor de “políticos”.

A consequência será um cenário de crescimento limitado, de baixa produtividade e de resistência à meritocracia e uma complacência à mediocridade.

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Comentários

6 Responses

  1. Interessante a frase do autor “Nos últimos oitenta anos, o cenário político brasileiro caracterizou-se pela predominância de 2 correntes ideológicas de esquerda, divergindo da percepção comum de um embate entre esquerda e direita”; então o que fazia a direita? Observava tudo em cima do muro? Não possuía líderes suficientes e capazes intelectualmente, que demonstrassem a falência desses conceitos? Existia uma ditadura do sindicalismo? ou então, fazia parte do esquema mas de uma maneira enrustida? Algum leitor pode me dar uma aula sobre esta visão?

  2. Em cima do muro, e estão lá até hoje. Agora ditadura do sindicalismo é piada né, claro que são os bancos que mantém esse sistema os sindicalistas eram apenas capangas e agora nem isso, são só capachos mesmo dos banqueiros. Bresser Pereira, taí o nome de um grandíssimo vagabundo, ele não foi só um engenheiro do sistema econômico maldito em que vivemos esse foi e continua indo muito mais longe, com capital público crio a tal escola nova em que estudei, muito cara aliás, uma verdadeira fábrica de fracassados, sobrevivi com muitas sequelas graças a fé em Nosso Senhor.

  3. Não pode haver ambiente mais hostil ao investimento do que o momento que vivemos. Impostos altos, má gestão pública. Leis trabalhistas ultrapassadas e decisões absurdas , impunidade e paternalismo nas estatais . Mérito, produtividade , competitividade e austeridade palavras proibidas . Como dar certo? E o silêncio empresarial ?

  4. A manipulação de mentes sempre foi cuidada pela esquerda, qualquer que seja a vertente.

    Dificilmente encontra-se, até entre aqueles tidos como esclarecidos, os que compreendem o PSDB, e seus políticos, como de esquerda.

    Os consideram de centro ou até mesmo de direita.

    Penso que isso seja resultado da falta do debate sobre ideologia, o que também se confunde como debate politico partidário.

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