Uma Alternativa ao Keynesianismo

 

O objetivo do Keynesianismo é maximizar o emprego, mantendo o número de desempregados ao mínimo para maximizar as chances de reeleição.

Por isto, keynesianos são mais populares entre políticos populistas e demagogos do que economistas desenvolvimentistas, que pensam em crescimento de longo prazo.

No longo prazo estaremos todos mortos“, e sem cargos políticos.

Keynesianismo é especialmente atraente para os políticos que sofrem uma recessão “capitalista” no meio de mandato.

E precisam de um “quick fix” para se reelegerem, que consiste em:

1. Imprimir moeda, como fez Bernanke na crise de 2008, e danem-se as chances de inflação a longo prazo.

2. Deficit públicos para reaquecer o consumo que irá reduzir os estoques e que por sua vez irá aumentar os pedidos dos departamentos de compras, que aumentará a produção, e que finalmente aumentará a contratação de departamento de pessoal.

O processo todo leva de quatro a cinco meses.

3. Subsídios ao setor de automóveis, imóveis e exportações.

Mas existem outras possibilidades que não são advindas do Keynesianismo.

Como esta advindo da Administração Econômica.

Estas medidas não Keynesianas mantém o emprego com efeito imediato, diretamente, na veia.

Pacto Social Pelo Emprego

A grande meta é impedir o desemprego inicial.

É mais importante reverter estas expectativas catastrofistas dos Roubinis e Krugmans da vida que adoram ficar famosos prevendo uma catástrofe.

O simples espectro de demissão, que por si só já reduz o consumo muito antes do desemprego efetivo, que o Keynesianismo tenta corrigir.

Os Roubinis e Paul Krugmans não têm o direito de ir a televisão ou jornais e expressar a sua opinião?

Não pessoal, a resposta é não.

Eles estão desrespeitando as regras por eles próprios estabelecidas.

“Peer Review”. Nenhum acadêmico pode sair prevendo catástrofe sem passar pelo crivo de seus pares.

Esta é a regra acadêmica.

Em administração isto se chama “controle de qualidade “.

O que os Roubinis, Krugmans, Afonso Pastores e Miriam Leitões estão fazendo é subverter o controle de qualidade que foi estabelecido.

Por isto eles falam tantas bobagens, ou melhor, suas bobagens saem não detectadas.

Mas voltando:

Na Administração Responsável das Nações, na eminência de uma recessão, em vez de medidas Neokeynesianas, os administradores econômicos, fariam o seguinte.

Empresas que se comprometerem, junto ao Ministério do Trabalho, a não demitir no próximo ano (ou substituir as demissões por novos empregos) terão os seguintes benefícios fiscais:

1. Isenção de Imposto de Renda sobre Lucros Reinvestidos.

Taxar lucros reinvestidos sempre foi um erro da política tributária brasileira.

Lucro distribuído sim, deve ser taxado, mas tributar lucro reinvestido é reduzir ICMS e IPI futuro, um tiro no pé.

É tirar liquidez das empresas bem sucedidas justamente no início de uma recessão, justamente as que poderiam continuar crescendo.

E pior, devido à Economia Nominalista a taxação do lucro real, dependendo da inflação, chega entre 40 a 80%.

Novamente a velha questão do Nominal x Real.

Taxar lucro reinvestido, especialmente quando as empresas param de ter crédito de bancos e não têm acesso à Bolsa de Valores, é um absurdo monumental.

Parece que ninguém nestes governos Neokeynesianos jamais trabalhou numa empresa.

Lucro reinvestido é a única fonte de financiamento de crescimento diante das crises bancárias.

Como impacto negativo para o governo ele poderá ser zero.

A tendência é de todas as empresas terem prejuízo se nada for feito.

2. Isenção de Pagamento dos 8% do FGTS.

Pagar um seguro desemprego de 8% na eminência de desemprego é uma enorme contradição Neokeynesiana.

Tirar 8% da demanda por bens em consumo, para poupança adicional, na véspera de uma recessão é crime.

Trabalhadores receberiam “na veia” 8% de aumento no salário, incentivando o consumo, sem diminuir o estoque de FGTS se a recessão de fato ocorrer.

3. Isenção do Imposto de Renda de Aplicações Financeiras na Pessoa Jurídica.

Nosso código tributário taxa aplicações financeiras na pessoa jurídica a 32%, e na pessoa física 20%.

Este procedimento quase que obriga a descapitalização da empresa, onde os donos distribuem as reservas da empresa para a pessoa física para aplicar numa tributação mais reduzida.

É um absurdo que economistas neokeynesianos nunca protestaram esta diferenciação tributária de um mesmíssimo fato gerador.

Empreendedores são praticamente obrigados a descapitalizar a empresa devido ao espírito animal de nossos governantes.

E numa recessão efetiva, o que é absolutamente compreensível, relutam capitalizar a empresa no meio da crise, ou por pressão da família, esposa especialmente.

Por isto nossas empresas demitem, por não terem reservas financeiras necessárias para sustentar quatro meses de uma folha de pagamento.

Pior, demissão significa dizer ao funcionário: “Use você suas reservas para sobreviver, depois da crise o contratamos”.

Mas quem impossibilitou o acúmulo de reservas na empresa foi nosso próprio governo, tipicamente Keynesiano.

Além do mais, taxar em 64% o juro real de aplicações financeiras, se considerarmos a real tributação do juro real, é desestimular qualquer tentativa de ser prudente e poupar para os anos de vacas magras.

4. Isenção do Imposto de Renda nos Ganhos de Capital na Bolsa de Valores.

Taxamos os ganhos de capital em torno de 30% dependendo da inflação.

E quase todas as recessões de 1929 para cá foram antecedidas por uma crise na bolsa, com todo mundo vendendo depois de uma alta, ou até bolha especulativa.

Aqueles que vendem com lucro são obrigados a pagar 30% para o governo do ganho.

Olha agora o que acontece, e que nenhum economista especialista em 1929, jamais percebeu.

Dois dias depois, mesmo que estes “especuladores” perceberem o sério, e se arrependerem de ter entrado em pânico, eles não têm mais condições de recomprar as ações vendidas.

Não há como o sistema entrar de novo em equilíbrio.

O governo levou 10 a 15% em média da liquidez embora, pela ganância do Estado.

Ou seja, quem vende US$ 1 bilhão, não tem o equivalente US$ 1 bilhão para recomprar as ações de volta, mesmo se houver arrependimento de ter sido contaminado pelo pânico dos Krugmans e Roubinis.

O que precipita uma queda livre na Bolsa.

Gerando mais pânico e mais vendas.

Parece ser um favorecimento aos “capitalistas”, mas na realidade imposto sempre deveria ser sobre o consumo dos “capitalistas” e não quando eles simplesmente reinvestem o lucro de suas aplicações em prol de empresas que empregam e pagam impostos.

Pior, governos passados lutaram e conseguiram isenção para capitalistas estrangeiros que irão consumir nos seus países, e mantêm a taxação para a classe média poupadora brasileira, que paga duas vezes.

Por isto, 70% da Bolsa é de estrangeiros, gerando estas flutuações de câmbio e Bolsa.

5. Permitir ao trabalhador brasileiro receber entre 15 a 20% dos 28% de contribuições previdenciárias, pelo número de meses que a crise durar, em troca do postergamento de sua aposentadoria pelos mesmos meses correspondentes.

Não faz sentido poupar para uma aposentadoria daqui a 30 anos quando se está no meio de numa enorme crise momentânea.

Poupar 28% do salário no meio de uma recessão é uma irresponsabilidade dos neokeynesianos, por mais sensata que seja a ideia de poupar para a velhice.

Como este assunto é polêmico quanto ao que de fato os 28% financiam, coloquei 15 a 20% como aproximação.

Considerações Finais

Bancos não emprestam para quem será despedido.

O sucesso do crédito consignado para aposentados tem por base o fato que aposentado tem renda garantida pelo governo.

É esta garantia que queremos replicar para o setor produtivo.

As empresas que assinarem este pacto terão vantagens fiscais, economizarão custos de demissão que no Brasil são elevados, e permitirão seus funcionários a obter crédito a juros mais baratos, sem risco.

As empresas, que se comprometerem a não despedir, assinariam protocolo na internet no Ministério do Trabalho.

As outras medidas que sugeri independe de acordo empresarial.

 

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Comentários

6 respostas

  1. Kanitz para presidente!!! Ou pelo menos ministro da economia.

    A maior questão é: é muito difícil implementar essas medidas, ou só depende mesmo de vontade política? São medidas que para mim, sendo leigo, parecem fazer mais sentido do que as medidas comumente adotadas.

  2. Existem duas confusões na compreensão comum das pessoas:
    1. Considerar desigualdade social como diferença de renda, quando na verdade o que elas têm em mente é uma diferença no consumo. Infelizmente não há ninguém que tenha expressão pública para mostrar isso a todos. Neste caso a propaganda esquerdista e a liberal se alinham.
    2. A diferença entre a renda e o consumo é simplesmente o poder, equivalente ao poder dos mandatários políticos, de decidir onde será investido o dinheiro. Raciocinar desta forma leva a seguinte questão: Com quem seria melhor ficar este poder? Essa questão deriva imediatamente em duas: 1. Quem é mais eficiente? 2. Quem representa melhor a vontade coletiva?
    Se conseguíssemos chegar a estas duas questões, de maneira ampla na sociedade, entraríamos em um novo patamar de debate político.

  3. Ideias que nunca li ou assisti em outros meios de comunicação.
    Abriu a minha mente e que tudo na vida tem uma solução holística. É trabalhoso, mas, existe.
    Agradecido pelo artigo.

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