Fatos Pouco Revelados Sobre José Sarney

José Sarney foi para Tancredo o que José Alencar foi para o Lula.

Um membro da “direita” que apoiou a esquerda, e assim tranquilizou a população de centro e centro direita.

A chapa Tancredo-Sarney obteve 72% e terminou a ditadura militar.

José Sarney era na época muito mais influente do que José Alencar.

José Alencar queria assegurar o seu império de empresário, e pode-se argumentar que Sarney queria manter a sua influência política. Mesmo assim é uma grande diferença.

Mas num artigo do “Foreign Affairs”, o agora Presidente Sarney, escreve.

“Na noite antes da posse de Tancredo, eu estava deitado, meio deprimido, com o fim inglório de minha carreira política.”

No Brasil um Vice é esquecido, não faz absolutamente nada.

Nos Estados Unidos, pelo menos ele é o Líder do Senado.

“Estava resignado a ser ninguém, mas feliz em poder ter redemocratizado este país. Foi quando a Roseana entrou dizendo. Pai …..”

Seu apoio político em 1985 era inexistente.

Odiado pelo PMDB, execrado pelo PFL, era um governo fadado a implodir, para a alegria dos Militares que torciam neste sentido. “Avisamos ….”

Manteve todo o Ministério de Tancredo, e aceitou ser refém do todo poderoso Ulisses Guimarães, do que complicar a já delicada situação.

Ulisses Guimarães indicou pelo menos 50% dos cargos de confiança e controlou a Nova Constituição, um dos grandes desastres deste país.

Sarney não pode fazer absolutamente nada, só lutou pelos 5 anos porque achou isto um insulto pessoal do Ulisses, que queria ser Presidente um ano mais cedo.

Os 5 anos não eram para o Sarney, eram contra o Ulisses.

Imaginem o que teria feito José Alencar, substituindo Lula, e tendo de ser refém do José Dirceu.

Alencar teria rompido em menos de um mês, criando uma crise institucional extremamente grave.

Teria demitido Henrique Meirelles porque “ele recusa abaixar os juros para a Coteminas e a FIESP”.

A única chance de mudar o Ministério que Sarney teve, foi quando Dilson Funaro foi demitido pelo fracasso do Plano Cruzado.

Sarney convidou um Administrador formado pela FGV São Paulo, experiente empreendedor e governador Tasso Jereissati.

Encontrei com ele no dia, e pulei de alegria. Finalmente o Brasil teria um Ministro da Fazenda que entenderia do assunto.

Ulisses Guimarães ficou sabendo, vetou a indicação, e exigiu como Ministro da Fazenda o economista e mais do que confuso, Bresser Pereira, que foi outro desastre.

O Plano Bresser está sendo discutido até hoje na Justiça. Uma questão de vários bilhões.

Portanto, há algo estranho nas afirmações que circulam no Twitter como “Que país é esse que eterniza um ser abominável como o Sarney”.

Sarney não causou nem um centésimo de prejuízo à nação do que Ulisses Guimarães, que foi quem comandou o seu governo.

Não há aqui mais um caso de prepotência paulista e preconceito nordestino?

Sarney pode representar o atraso, mas Ulisses Guimarães e seus meninos implantaram o atraso que foi esta Constituição.

Trabalhei no Governo Sarney, fui assessor do Ministro do Planejamento, e vou contar um fato pouco revelado sobre a sua participação no Plano Cruzado.

Dia 15 de Janeiro, os maiores expoentes da época, aqueles que Maria Conceição chorou, “meus meninos do Cruzado”, se reuniram para tomar a decisão final de quando implantar ou não o Plano.

Algo que nunca é revelado, 8 votaram contra, os mesmos que depois se deixaram fotografar como heróis.

Os únicos que votaram a favor, e foram vencidos, foram João Sayad, Percio Arida, André Lara Resende e Jorge Murad, o genro de Sarney e chefe da Casa Civil.

Diante desta decisão, João Sayad ameaçou pedir demissão como Ministro, num belo discurso sobre a necessidade de coragem, o que o grupo não teve.

Então, como o Plano Cruzado foi efetivamente implantado?

Quem teve a coragem política de seguir em frente, obrigando o Ministro da Fazenda a mudar de voto?

Para quem não sabe, parte do Plano exigia REDUZIR os salários de 50% dos trabalhadores brasileiros, para a média de salários do mês, e aumentar 50% dos salários para a mesma média, em dólares por assim dizer. Imaginem a reação da CUT. Impeachment na certa.

Jorge Murad, comunicou ao sogro o desastre da reunião, mas reiterou o seu voto a favor. Tinha chance de dar certo, mas tinha chance de terminar em impeachment ou nova encrenca militar. 

Dois dias depois, Sarney estudou e gostou do Plano, e foi em frente: Tomou a decisão que os 8 meninos não tomaram, e que por isto mesmo falam mal dele a torto e direito.

Assumiu um risco político que FHC jamais assumiu com o Plano Real. Foi o Itamar e tinha muito menos risco.  

“Só tem uma única condição”, disse Sarney. “Tirem aquele francês que está preso em Fernando de Noronha. Não quero ficar dividindo cela com um bandido para o resto da minha vida”.

O fracasso do Plano Cruzado foi porque os meninos do Cruzado esqueceram de trazer a valor presente os preços a prazo. 

No Brasil, 80% dos preços são a prazo, 50% de 30 dias, 30% de 60 dias. A vista R$100, 30 dias R$117 e 60 dias R$134, porque a inflação era 17%. Os 3 preços são rigorosamente iguais, em termos reais.

Mas esqueceram deste detalhe. Ao congelarem os preços, aumentaram os preços em 17% para alguns,  34% para outros, num plano que deveria “acabar” com a inflação.

Além de aumentarem os preços, mudaram os preços relativos, causando caos, e o fim do plano, já no dia 1º.

Este erro é que deu origem a minha frase “Não São Os Grandes Planos Que Dão Certo Na Vida, São Os Pequenos Detalhes”.

Detalhe esse que era obrigação dos meninos detectarem, e não o Presidente Sarney.

Se Sarney tivesse colocado Tasso Jereissati como ministro, estaríamos hoje na Frente da China.

Sei que vou receber centenas de Unfollows por parecer apoiar Sarney, mas não estou dando apoio incondicional, simplesmente afirmando que naquilo que eu pessoalmente pude observar de perto, a história é outra.

Os dados sobre o Senador Sarney eu tiro da imprensa, aliás nunca me encontrei com ele.

Também estou impregnado com o mesmo meme negativo que vocês estão, e não gosto do que leio. Mas talvez existam fatos pouco revelados pela imprensa como estes que não sabemos.

Tenho certeza que a Fundação Sarney é um monumento de fato patológico, mas talvez de um homem amargurado por não ser reconhecido, pelo pouco que ele pode fazer no seu governo, mas fez.

Tenho certeza que é isto que está por trás do desejo de Sarney ser Presidente do Senado.

Ânsia patológica para ser reconhecido, o que lhe foi negado pelos historiadores e todos os políticos da Arena que ele traiu, e do PMDB que nunca o aceitou.

Para quem estava ciente que sua carreira terminara em 1985, não faz sentido ele ainda querer ser reconhecido.

Sarney, volte para casa, você merece.

Vá cuidar dos seus netos, eu pelo menos sei que você fez muito mais pelo Brasil do que os intelectuais bobos que temos.

Este blog tem muito mais credibilidade do que a Fundação Sarney, e aqui está finalmente registrado o que você fez, e foi muito. Obrigado.

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Comentários

36 Responses

  1. Puxa, Kanitz, sempre me surpreendo com seus posts.
    Tendo a acreditar em você. Como não tenho tempo de verificar toda a verdade, acredito em você que Sarney foi um injustiçado.

  2. Essa questão dos 5 anos é bem discutida pelo Saulo Ramos em seu livro “Código da Vida”. De fato, Tancredo e Sarney foram eleitos para um mandato de 6 anos. Mandato este que a nova constituinte (que Sarney teve a coragem de convocar) não tinha direito de mudar.
    Mas Ulysses e FHC tinham outros planos. Queriam Sarney fora em apenas 4 anos, o que seria vergonhoso. Ora, ao fechar em 5 anos, Sarney já havia cedido parte de seu mandato original…
    Deve-se reconhecer a coragem de Sarney com o plano Cruzado e com a nova constituinte. Ele tem o mérito de ter garantido a democracia em um período muito turbulento, tanto do ponto de vista militar quanto econômico. Ele deixou para nós a expressão “liturgia do cargo”, que ele cumpriu muito bem (basta comparar com Lula).
    Mas, ainda que se reconheça isso tudo, mantenho as críticas ao Sarney. A sua forma de fazer política, o fisiologismo, a criação de feudos na máquina pública, o adesismo, a produção de dossiês contra os inimigos são práticas lamentáveis e que ele representa muito bem. Portanto, ainda que seu artigo traga algumas virtudes de Sarney, eu ainda concordo com a condenação que ele vem sofrendo no Twitter.
    Gostaria de ler mais a respeito do Plano Cruzado. Entendi o ponto dos preços a prazo, mas toda a idéia de um congelamento de preços e salários me parece muito heterodoxa, como tentar acabar com a lei de oferta e de procura por decreto.

  3. Sem querer ser partidário de ninguém nem achar todos “anjos sem asas”, fica registrado aqui que Tasso Jereissati (administrador) e Ciro Gomes (formado em Direito) foram grandes responsáveis pelo avanço que o Ceará teve nos últimos 20 anos. Fortaleza consegue hoje rivalizar com Salvador no Nordeste em termos de PIB e outros indicadores.
    Pelo que se lê na imprensa, percebe-se que ambos foram sistematicamente boicotados dentro do PSDB, em especial o PSDB paulista (Ciro inclusive deixou o partido).
    Não há como não ficar indignado com o jogo político que valoriza a ineficiência. Pena, que pena!
    PS: Kanitz, gostei de sua entrevista na Revista Administradores.
    Bruno Saavedra

  4. Desculpe-me Kanitiz, mas você que é sempre tão racional fez uma ‘lambança’ neste artigo.
    O Maranhão é um dos Estados mais atrasados do país. E sabe o que significa isso? Não significa nada de Reais, Euros, Dólares, PIBs e outras siglas de administradores não. Significa que centenas de pessoas já morreram por falta de hospitais, milhares de pessoas vivem mal por absoluta falta de saneamento básico, outras são violadas pelos ladrões e/ou pela polícia corrupta do Estado, e por ai vai. Nós estamos falando de vidas humanas, você que sempre faz um tremendo discurso ‘pela família’ devia pensar o Sarney pelo ponto de vista de um pai de família Maranhense que vê essa sede de poder e de acúmulo de bens da família Sarney e que nunca pode contar com o Estado para as coisas mais básicas de sua família.
    Justificar mais de duas décadas de puro atraso, miséria, violações de direitos, etc… por causa de “vaidade” é inaceitável.
    Você foi irresponsável neste artigo. Péssimo.

  5. É meio difícil engolir Sarney como tendo feito alguma coisa de útil e portanto parabéns por nos colocar ciente disso. É fato inconteste que nem tudo é o que parece ser, mas saber a hora de se apossentar é um conhecimento que poucos têm.

  6. Dizer a verdade depois de tanto tempo infelizmente não convence mais, mesmo que seja verdade. E parece queó é.

  7. Prezado Doutor Kanitz, sou um assíduo leitor teu e assisto aos programas de televisão em suas entrevistas, mas, por favor, com muito respeito, discordo com a comparação; o nosso querido José Alencar não merece tal comparação; por favor, não cometa injustiça! Abraços!!!

  8. Finalmente encontro alguém de peso com a mesma opinião que a minha a respeito do “doutor” Ulisses, para mim, um enganador, um dos responsáveis pelo estado de coisas em que nos encontramos (atraso econômico e social, que não vai ser vencido com programas assistenciais populistas, sem sustentabilidade) até hoje.
    Lembro-me perfeitamente dessa fase narrada.O Ulisses travou tudo que o Sarney (limpei a boca) tentava fazer.
    Aquele imbecilóide, medroso, não teve coragem de assumir sua posição num momento tão crítico, e, a partir daí, azucrinou o governante posto, aliás, azucrinar era o que mais ele sabia fazer…. não me recordo de outra qualidade sua (do Ulisses).
    Se o Sarney fosse bom (para a sociedade), o Maranhão seria o estado que é.Como explicar um Estado governado por tanto tempo pela oligarquia Sarneyzista manter tão baixo índice de desenvolvimento, após tantas décadas?
    Ah! O poder econômico (dono dos meios de comunicação) os mantem… que tristeza!

  9. O que o Sarney fez pelo Brasil ou que não fez ou faz pelo Maranhão? Tem aquela frase que cabe bem aqui em seu blog, Kanitz: “Se não podes com eles, confunda-os”.
    Devemos ter por base o que é o Maranhão de José Sarney do século XXI, que esteve a pelo menos 50 anos sob o domínio de Sarney: o pior índice de atraso econômico e de desigualdade social, talvez do mundo, se pudéssemos compará-lo com países da África.
    É brincadeira sua, não é? Não podes estar falando sério, Kanitz. Agora me pergunto: qual é a tua? de verdade? diga-me, por favor.

  10. Esses fatos não mudam nada o cancro que esse homem é para a história desse país, malditos os que votaram nele alguma vez na vida. E daí descobrir que um estelionatário uma dia ja pagou uma conta no vencimento? Continuo seguindo o Sr Prof Kanitz, todos temos direito a nossa opinião e temos que respeitar isso.

  11. Para Lula ter prestigiado e Dilma manter o apoio Sarney deve ter algo de “bom” do ponto de vista político. O grande problema do Brasil são os políticos e judiciário legislarem em causa própria – Nenhum dos políticos citados faz tratamento de saúde nos estados em que possuem domicílio eleitoral, todos ou vem para São Paulo, ou vão para o exterior – Ou seja, são políticos fracassados se considerar que não confiam nos sistemas estaduais de saúde que criam em seus currais eleitorais. Falando em Alencar, todos os brasileiros merecem um tratamento de saúde tal qual ele recebe, afinal, somos todos iguais perante a lei !

  12. Ânsia patológica você tem bastante ao jogar suas charadinhas.Se é um economista no governo é um desastre, mas se fosse um administrador estariamos no primeiro mundo. Pra mim cargos políticos independem de profissão. Você trabalhou no governo Sarney e em termos de resultados este período foi um desastre, logo você como administrador não fora o salvador e aquele que solucionou todos os problemas, mas é óbvio que devo direcionar culpa ao senhor.
    E defender José Sarney é o ato mais lamentável que ouvi de você. Se fosse um homem bem intencionado e competente, com o poder político que ele possui não aceitaria assistir a deterioração institucional do Senado. Me poupe dessas afirmações senhor Kanitz.

  13. Ânsia patológica você tem bastante ao jogar suas charadinhas.Se é um economista no governo é um desastre, mas se fosse um administrador estariamos no primeiro mundo. Pra mim cargos políticos independem de profissão. Você trabalhou no governo Sarney e em termos de resultados este período foi um desastre, logo você como administrador não fora o salvador e aquele que solucionou todos os problemas, mas é óbvio que NÃO devo direcionar culpa ao senhor.
    E defender José Sarney é o ato mais lamentável que ouvi de você. Se fosse um homem bem intencionado e competente, com o poder político que ele possui não aceitaria assistir a deterioração institucional do Senado. Me poupe dessas afirmações senhor Kanitz.

  14. E o Maranhão é modelo de desenvolvimento… Mesmo com ele 50 anos no poder.
    Se o cruzado tivesse dado certo, teriamos que atura-lo ele igual Chaves, o cara o Egito uns 30 anos, no governo em cargo vitálicio.
    Opa já não é assim…
    Tadinho dele… Tadinho de mim que pago um monte de imposto.
    Agora acreditar que o cara tinha planos de desenvolver o Brasil.É dose para leão.

  15. Kanitz, acorda. Voce só pode estar jogando essas situações para colher as opiniões contrarias. Se Sarney não foi a pior coisa quando presidente, é porque tinha gente pior. Como o Ulisses que voce citou. E não se eternizou no poder executivo, porque não teve oportunidade. Contudo, não se iluda. Ele nunca deixou de ditar as regras desse país. Nem FHC nem Lula, teriam sido eleitos e governado, se não lhe tivessem beijado as mãos. Na posição em que ele está, pode crer que tem muito mais poder. Pois tudo que o executivo precisa aprovar, tem que passar pelo crivo desse matuzalem. E como foi afirmado por outro comentarista nesse blog: se o cara fosse algo que realmente presta, o Maranhão certamente rivalizaria com o desenvolvimento dos estados do Sul. E por favor, sem a hipocrisia de dizer que é preconceito Norte x Sul. Isso é não é afirmação que se preze.

  16. Kanitz….
    Me perdoe, nesse artigo vc pode até ter certa razão, no entanto, o foco de seus últimos artigos parecem mais preocupado em defender o indefensável como Sarney e Lula e menos em demonstrar o que vc sempre realizou com exatidão e maestria. Gostaria que nos próximos artigos se posiciona-se claramente em ser seja do ponto de vista administrativo ou político sobre a união Sarney com Lula, após tudo o que Lula falou de Sarney no passado….e comentasse a beleza de administração do mesmo no pior estado em IDH da América Latina, que é o Maranhão.

  17. Defende-lo é facil quando você não vive no atraso da minha terra. ou melhor da terra dele. Das três uma (ou todas) ou você fez esse artigo como provocação para ter muito comentário, ou o Sarney comprou você também ou como a gente diz aqui o batô do Barão jogou praga em você.
    ALmost Unfollow!

  18. Com relação as pessoas que pensam que Sarney está no controle do Maranhão há mais de 40 anos isso é um grande engano, foram eleitos vários nomes neste periodo e todos tinham a maquina na mão pra fazer o melhor e não o fizeram, e José Reinaldo e Jackson Lago, o primeiro rompeu durante o mandato o segundo foi eleito já como oposição se mostraram infinitamente pior que os governadores eleitos pelo grupo Sarney. O primeiro por causa de sua mulher que vivia apenas de dar festas no palacio dos leões e viajar por conta do estado o segundo primeira medida diminuir salario base. Sarney é e sempre será um ESTADISTA.

  19. Ulisses e Brizola dois politicos execraveis o primeiro era tão ruim que nem seu corpo foi achado ate hoje, o segundo merece um artigo de Kanitz sobre o processo de favelização do RJ que iniciou no seu mandato.

  20. Nestes anos que o Sr. Sarney esteve no poder, ele conseguiu ser o pior político da história . Com o passar dos anos , ele só foi mudando de lado , em seu próprio benefício e no da família dele . Quando ele foi presidente , até carne e leite faltaram. O Maranhão governado por ele e sua famíla, há anos , é um dos estados mais miseráveis do nordeste .
    É de fazer chorar !E a exploração da miséria do outro é que os mantêm no poder pois sequer oferecem um sistema de educação adequado para a população .
    Ele sempre se elegeu senador pelo Amapá , e que benefícios trouxe para o estado ?
    É muito triste vê um político , tantos anos no poder e que nada fez pelos que ele representou . Absolutamente nada !
    Não gostei do artigo pois mostrou uma visão irreal do Sr. Sarney .

  21. Caro Kanitz. O Sr. realmente é uma pessoa coerente. Uma característica do sr. é enxergar o lado positivo, otimista dos fatos e das pessoas. Pessoalmente considero o senador Sarney um parasita(um dos muitos) desta nação, especialista em se perpertuar e beneficiar-se do Poder. Este artigo vem mostrar que todos, sem exceção, fazemos ou somos capazes de fazer feitos corajosos. Passarei a enxergar o ex presidenta com mais tolerância.

  22. PERFEITA OBSERVAÇÃO!
    Brizola foi o incendiário que levou o país à contra-revolução de 64.
    Sobre o Ulisses, eu já me expressei.

  23. Análise interessante… mas, em uma “contabilidade histórica”, este eventual “crédito” poderia compensar todos os “débitos” da figura Sarney? Isso poderia, mesmo longinquamente, compensar o que ele fez de ruim durante sua trajetória política?

  24. Entendo a sua defesa do ex-presidente, Sr. Kanitz, pois o senhor trabalhou no Planalto e foi testemunha ocular do fato histórico, o que decididamente leva a balança para o lado do Sarney. Acredito que o mesmo tenha uma visão política diferenciada, senão não ficaria tanto tempo no poder. Todavia é inegável que o cômputo de sua administração de cinco anos foi lamentável, que outras medidas tomadas foram desastrosas e que o servilismo do Congresso e a percepção de corrupção nos órgãos públicos aumentou. Ele só não é pior que o Collor, desde a redemocratização.

  25. Kanitz, com o seu depoimento sobre os bastidores da política da Nova República de 1985 a 1990, ficamos sabendo muito mais do que a velha mídia, os jornais, revistas e historiadores nos contam. Eles sabem a verdade, mas escondem do público em geral e dão a sua versão para que a verdade dos fatos nunca venha à tona. A História é sempre contada pela ótica dos vencedores, sempre! Mas na era digital, pela primeira vez, os perdedores, ou melhor, os oprimidos podem e devem contar a sua versão dos fatos acontecidos. A História hoje, felizmente, tem duas versões: a dos opressores e a dos oprimidos. Cada um que escolha em qual lado vai se colocar. Parabéns! Continue sempre a nos informar os bastidores da política e economia. Quem sabe um dia a gente se torne uma democracia de fato e de direito.

  26. Caro Kanitz, -10 pontos pra você, aplaudir o péssimo em falta do pior é demais. Como administrador, sou partidário de sua opinião sobre a profissionalização na administração pública. Irriquecimento ilícito, obtenção de vantagens com informações privilegiadas e “trânsito livre”, nepotismo etc, em hipótese alguma permeariam os conceitos de uma administração eficiente, legal e ética. Não importam os pormenores ou maiores da administração do sr. Sarney, toda gestão passa por problemas, e sim sua incapacidade técnica e política nas decisões desastrosas para nosso país. Qual a próxima? Defender Hitler por sua brilhante execução na alanvacagem da economia alemã?

  27. Um dia, ainda vou ver no meu pais, as pessoas serem escolhidas para cargos públicos por sua competência!
    E ainda vou ver pessoas capazes e honestas, administrando nossas cidades, estados e nação.

    Até quando o povo vai continuar a eleger pessoas que nunca geriram um botequim, para administrar algo tão complexo quanto uma cidade ou estado!

    Esta na hora das pessoas competentes e honestas tomaremconta do ambiente político do Brasil!

    1. Também sonho com esse dia, Karina, em que as pessoas se deem conta que ser brasileiro, não é torcer pro futebol…

  28. Professor, mas o que houve com o Estado do Maranhão? Não deveria ter prosperado na mão dessa pessoa e sua família???

  29. Pesquisem o livro “Honoráveis Bandidos”, se não me engano, o autor chama-se Palmério Dória, provavelmente um pseudônimo… traz as revelações dessa família Sarney de psicopatas, e conta como o Sarney pegou o Maranhão , que já foi um estado atrativo para a população, pra ele e seus asseclas. Só aqui, na República da Banânia, acontece isso, já que a população é ingênua, não lê, é desinformada.

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