A Questão do ChatGPT é Outra

O ChatGPT é um processador de linguagem já escrita em algum lugar. Ele funciona na base das probabilidades da frase seguinte e não por uma inteligência artificial.

Mesmo assim temos uma questão importante a discutir.

A preocupação do Islamismo foi sempre cuidar para que o desenvolvimento científico e econômico não ultrapassasse o desenvolvimento humano.

Não há a menor dúvida que não é isso que está ocorrendo no mundo ocidental.

Os jovens de hoje estão sentindo que tudo se desenvolve muito rápido e que poucos podem acompanhar.

Daí o crescimento das drogas, da depressão, do desejo de cair fora do sistema, do sentimento de desajuste com a realidade.

O ataque às Torres em Nova York era um ataque ao Grande Satan os Estados Unidos, e não Israel como muitos divulgaram.

Islam está absolutamente certo, e certamente iremos assistir uma volta e crescimento das Religiões no Brasil, e uma ênfase em valores espirituais e bem-estar psicológico.

Estudiosos e pensadores islâmicos sempre expressaram sobre o rápido avanço tecnológico da civilização ocidental como negativo.

Alguns estudiosos islâmicos argumentam que os rápidos avanços tecnológicos da civilização ocidental superaram o crescimento espiritual necessário para o equilíbrio e a harmonia na sociedade.

Eles argumentam que o foco no materialismo, individualismo e consumismo, frequentemente associados à cultura ocidental, pode levar ao declínio moral e espiritual.

Alguns estudiosos e pensadores islâmicos proeminentes que comentaram este problema incluem:

1. Seyyed Hossein Nasr: Um filósofo iraniano proeminente e estudioso de religião comparada, Nasr escreveu extensivamente sobre os perigos potenciais do progresso tecnológico desenfreado sem as bases espirituais necessárias.

Em seus trabalhos, ele enfatiza a necessidade de equilíbrio entre o desenvolvimento material e espiritual, baseando-se nos ensinamentos islâmicos para oferecer uma perspectiva alternativa.

2. Al-Ghazali: Embora Al-Ghazali tenha vivido muito antes do advento da tecnologia moderna (ele foi um teólogo, jurista e filósofo persa do século XI) seus escritos sobre a importância do equilíbrio entre preocupações materiais e espirituais influenciaram muitos pensadores islâmicos contemporâneos.

Ele alertou contra um foco excessivo em atividades mundanas, que acreditava poder distrair do crescimento espiritual e desenvolvimento moral.

3. Tariq Ramadan: Um estudioso e filósofo islâmico contemporâneo, Ramadan discutiu os desafios apresentados pelo rápido progresso tecnológico e globalização, especialmente para as comunidades muçulmanas.

Ele enfatiza a importância de manter uma base espiritual sólida e valores éticos diante desses desafios.

Esses estudiosos e outros como eles expressaram preocupações sobre o impacto dos rápidos avanços tecnológicos no bem-estar espiritual da sociedade.

Eles argumentam que um equilíbrio entre crescimento material e espiritual é necessário para manter o equilíbrio e a harmonia em qualquer civilização.

Quem quiser ler mais:

1. Seyyed Hossein Nasr, “Science and Civilization in Islam” (1968) e “Religion and the Order of Nature” (1996).

2. Al-Ghazali, “Revival of the Religious Sciences” (Ihya’ ‘Ulum al-Din) (século XI).

3. Tariq Ramadan, “Western Muslims and the Future of Islam” (2004) e “Islam, the West and the Challenges of Modernity” (2001).

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Comentários

9 Responses

  1. Parece um texto feito no ChatGPT… Se ao invés de escritores, pensadores e teólogos islâmicos, a pergunta ao ChatGPT tivesse sido feita a pensadores asiáticos, certamente uma resposta diferente, mas ANÁLOGA, sairia..

    A tese é boa: evolução tecnológica não acompanha evolução espiritual…

  2. Excelente artigo, Professor!!!
    Em minha opinião, a tecnologia e a velocidade com a qual avança, geram muita ansiedade, infelicidade e depressão, principalmente, entre os jovens que não conseguem processar e suportar tantas informações…
    A FOMO (Fear of missing out) é típica do ocidente e assustadora entre os jovens.
    Radicalismos à parte, se houvesse mais espiritualidade, haveria mais equilíbrio e menos problemas no mundo.

  3. Sim, parece um texto feito no ChatGPT. Caso consultem pensadores ocidentais, também teremos respostas diferentes, e até conflitantes,

  4. Gostaria de entender… Os terroristas do 11 de Setembro, o Estado Islâmico, os homens e mulheres bomba, leram e eram adeptos de todos os filósofos mencionados?

  5. Da forma que vejo, há uma clara inconsistência na tese apresentada, independente das referências oferecidas. Ela sugere um caminho para diluir responsabilidades o que não contribui para o que acredito seja o objetivo do autor.

    Já que foi usado como exemplo o modelo islâmico, temos de concordar que em pleno sec. 21, onde em muitos lugares que professam essa fé, o atraso tecnológico não tem contribuído para criar sociedades mais justas. O buraco é bem mais embaixo e tapar o sol com a peneira não irá esclarecer a situação.

    O avanço tecnológico depende na sua essência de inciativas de indivíduos, na sua maioria motivados por curiosidades e ambições, sem esquecer que a tecnologia não é outra coisa que um instrumento que OPCIONALMENTE pode ser utilizado por indivíduos se assim o desejarem e da forma que quiserem. Enquanto indivíduos quiserem progredir pessoalmente o avanço tecnológico é absolutamente unstoppable e pretender ir na direção contraria é querer secar o oceano.

    A conduta dos indivíduos depende deles mesmos, sem diluição de responsabilidade. A sociedade como ente externo funciona como guia, estímulo e limitador de comportamento, mas a decisão fina sempre é individual. E isto se aplica 100% ao uso que se faz da tecnologia. Posso utilizar uma faca para me auxiliar a comer ou para matar alguém e fica claro que a responsabilidade é minha e só minha do que faço com a faca.

    Os derivados de AI tal como o chat-gpt, são instrumentos estatísticos de informação e como tal sujeitos a erros, pequenos e grandes, e cabe exclusivamente aos humanos decidir, de preferência conscientes, de como usar essa informação.

  6. Acredito na tese, mas discordo dos meios empregados. Os fins não justificam os meios. Todos os fundamentos religiosos são baseados no pacifismo no perdão e no amor. A base da religião é o amor a Deus e ao próximo como ensinou Jesus. A religião prova que é boa quando faz os homens melhorarem.

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