Por que o Papa Não É Brasileiro?

by Tony Gentille Reuters http://blogs.reuters.com/tony-gentile/

Esta informação preocupante veio de O Estado de São Paulo.

Dom Odilo, franco favorito para ser o Papa que substituiria Bento XVI, foi traído por ninguém menos que um Cardeal Brasileiro.

Esta tem sido uma constante no Brasil de nossas negociações internacionais.

Alunos de Relações Internacionais preparem-se.

Seu problema não será o lado contrário, seu maior problema é lidar com seus colegas brasileiros de negociação.

É assim na maioria da negociações, e aí perdemos feio.

O outro lado descobre que não estamos unidos, e fará uma oferta bem pior do que o máximo que aceitariam.

Por falta de organização, normalmente nossas equipes mal se reúnem antes da viagem, e não discutem suas diferenças em solo nacional.

“Os Cardeais brasileiros racharam durante o conclave”, o que de experiência própria, não é nenhuma novidade, e me espanta que a Igreja Católica não tenha estudado a História Administrativa do Brasil.

O momento para se rachar é antes da negociação internacional, as diferenças precisam ser resolvidas em solo nacional e todos precisam sair com uma única liderança e objetivos negociais.

A foto de D. Cláudio Hummes ao lado do Papa Francisco é um momento triste para o Brasil, que deveria ter tido uma maior  liderança de D. Odilo, já que o Brasil é líder em catolicismo.

Participei de Negociações Internacionais pelo Brasil, com Bancos Estrangeiros na Questão da Dívida, e era assustador a falta de diálogo. Ninguém ouvia o outro, todos tinham a sua agenda pessoal, todos tinham a sua opinião acadêmica  e tente mudar um ideia fixa de um acadêmico brasileiro.

Novamente, perdemos prestígio internacional, porque não sabemos negociar, nem sequer sabemos como preparar para negociar, que envolve sair com um único discurso, ganhador.

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Comentários

19 respostas

  1. Gosto muito dos seus artigos, mas acho que faz tempo não leio tanta bobagem junta. As escolha do Papa envolve critérios espirituais e não geográficos e ou políticos. Se esse ponto de vista do artigo fosse o mais relevante seria um papa italiano o escolhido, pois é nesta cidade que há o maior numero de cardeais.

  2. Perfeito Kanitz, todasas suas colocações!!
    A minhamaior decepção como meio acadêmicofoiquandofui parao mestrado, vi que ali se encontravam pessoas preparadaspara escrever artigos, não para gerir empresas,pessoas e ngociações!
    A maior preocupação delesé que está publicando mais artigos!! #Decepção define

    Abraço

  3. Suponho que todos tenham direito a dar opiniões sobre todos os assuntos. Mas tentar aplicar parametros de uma área em outras, tão subjetivas como as religiosas, é ir um pouco longe demais. A mágoa pela eleição de um papa argentino em detrimento de um brasileiro me parece mais coisa de torcida de futebol, com a rivalidade estimulada por jornalismo esportivo.

  4. Na boa, esta sua comparação não faz muito sentido neste caso, já que nacionalidade de papa pouco importa, mas sim suas convicções, sua visão de futuro da religião, aspectos que transcendem fronteiras.

  5. Foi mal seu comentário não é mesmo seu Jabor!!?
    Básico do básico é que você não sabe e ninguém sabe em quem os cardeais brasileiros votaram.
    10 a 0 contra sua postura.

  6. Na empresa em que trabalho, chamamos o descrito de “fogo amigo”. E esse é o problema: não é o adversário, mas o “fogo amigo” que destrói as organizações…

  7. Nem sempre concordo c/ seus artigos, mas o ponto deste é muito interessante. E ao mesmo tempo tão bizarro ver comentários que rejeitam a possibilidade aproveitar o compartilhamento do conhecimento de outras áreas… E pior, como se na igreja, q é uma instituição, não houvesse gestão…af!

  8. Quem votou em quem? Se o Conclave, tanto quanto as salas de negociações são ambientes restritos, senão secretos. Essa é só mais uma idiotice acadêmica. Uma vez que no “mundo real” a coisa é diferente. Essa de achar que cardeal brasileiro sacaneia brasileiro é fruto de uma mentalidade “tupiniquim”, que sempre acha que a grama do vizinho (americanos e europeus) é mais bonita. Esquece-se completamente nossa criatividade e genialidade em muitas àreas. Sobrevivemos a uma economia catastrófica com inflação galopante. Isso é coisa que só brasileiro é capaz. Hoje competimos com tecnologias de primeiro mundo. Está na hora de começarmos a pensar mais convicção que o Brasil é um ótimo lugar que o brasileiro é um povo muito bom, criativo, trabalhador. Está na hora de exportarmos nossos modelos de gestão, capaz de sobreviver a tantas dificuldades e ainda conviver com altíssimos níveis de corrupção. Quando vamos seguir uma Escola Brasileira de Administração e deixar de importar e se importar tanto com modelos americanos e Europeus.
    O Papa é cidadão do mundo. A igreja não tem fronteiras. Somos nós que temos limites em nossas mentes.

  9. O exemplo e imperfeito, o problema é real.
    Nossas equipes de negociação sao mal preparadas, descoordenadas e divididas.
    Precisamos encaminhar esse problema.

  10. Achei este artigo muito ruim. Dom Ovidio nem era um bom candidato por estar do lado dos corruptos relacionados com o Banco do Vaticano. Por que não aceeitamos simplesmente a decisão dos cardeias ma eleição do Papa. Mas de 200 cardeias. Para ser eleito tem que ter pelo menos 2/3 dos votos. Então foi o mais votado. Que um cardeal brasileiro não tenha apoiado Dom Ovidio deve ser por alguma razão.

  11. Acho que nesse caso prevaleceu a consciência, escolheu que acreditava ser melhor mesmo que de outra nacionalidade. Parece que acertou.

  12. São SEMPRE os brasileiros que ‘trabalham’ contra os brasileiros, infelizmente. E isto vale para a maioria das Instituições-pura INVEJA. Concordo porém, neste caso, com o José Carlos, Dom Odílio é muito novo. Felicidades, sempre.

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