Como Nossas Construtoras Enganam Seus Clientes

 

Construtoras de conjuntos de casas e prédios de apartamentos são intensivas de capital.

Temos a compra do terreno em local valorizado, temos o custo da construção, temos os impostos pagos antes da obra pronta, um absurdo, temos a propaganda inicial.

Mesmo assim, conheço mais do que três estudantes de engenharia que saíram da faculdade, sem lenço, sem documento e sem capital inicial, mas mesmo assim criaram grandes construtoras.

Hoje super endividadas e quase quebradas, obviamente.

Como foi possível que ninguém de nossos vários governos de esquerda adotou os princípios da Administração Responsável das Nações?

Simples.

No Brasil seguimos uma política do Pleno Emprego Keynesiano, e o setor civil é um grande empregador de mão de obra.

Quanto mais estudantes de engenharia, sem capital, iniciarem construtoras, melhor para a meta do Pleno Emprego Keynesiano.

O Minha Casa Minha Vida foi mais um exemplo.

Dane-se que essas construtoras atrasem por falta de capital.

Dane-se que as Construtoras prometam mais do que cumprem e o comprador seja lesado.

Quem financia as construtoras no Brasil são os clientes.

Não os investidores ou os capitalistas, aqueles mesmos engenheiros sem lenço sem documento.

E como clientes, eles acham que podem desistir do negócio antes da entrega, e hoje a lei até o exige.

Mas esses jovens engenheiros não podem devolver esses valores pagos antecipadamente, porque no Brasil quem financia a construção é o cliente.

Não o engenheiro ou um investidor que sabe dos riscos de uma recessão.

E esses engenheiros estão agora em polvorosa, culpando os clientes pelas devoluções e pelos “distratos”.

Em vez de culparem a si mesmos por não terem capital inicial para fazerem as obras.

Eu não costumo dar uma solução quando aponto um problema, porque nesse caso os engenheiros cairiam em cima de mim atacando a solução, em vez de reconhecerem o problema, minha intenção.

Capitalismo sem risco é o grande problema desse país, promovido por governos de esquerda, quanta ironia.

Precisamos parar de ter um setor que é financiado pelo cliente, que compra no escuro, que é enganado quando a obra está pronta, isso quando a obra fica pronta.

Ou preciso desenhar?

 

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