Por Que Somos Tão Corruptos?

Corrupção é a forma mais rápida, eficiente e rentável das empresas familiares fazerem dinheiro.

A maioria das empresas corruptas eram familiares, controladas por famílias e seus filhos engenheiros, advogados e economistas, as profissões que pais acham que preparariam os filhos.

A maioria dos nossos formados em engenharia, economia e advocacia nem sabem administrar grandes empresas, muito menos empresas eficientes, não faz parte de nenhuma dessas grades educacionais “Princípios Básicos de Administração”.

Por isso, quatro de cada cinco empresas quebram nos primeiros cinco anos no Brasil.

Das 50 empresas envolvidas em corrupção, a grande maioria era administrada por engenheiros que nada entendiam de administração, só de construção.

Administravam mal, perdiam dinheiro até o momento que cooperaram com o Governo, e caíam nas garras de funcionários e Ministros do governo como Palocci, Dirceu, etc, etc.

Por isso o superfaturamento chegava a 100%, se fossem empresas eficientes qualquer 5% de superfaturamento bastava.

5% dobra o lucro de uma empresa eficiente.

Corrupção nada tem a ver com as 10 Medidas, um Ministério Público atuante, tem a ver com eficiência inicial da empresa bem administrada.

Empresas naturalmente lucrativas, empresas bem administradas não precisam da corrupção para sobreviver.

E o fruto da corrupção nunca vai para o bolso do administrador e sim para o bolso da família controladora, como era o caso da OAS e Odebrecht.

Já faz cinco anos da Lava Jato, e nada disso está sendo discutido e debatido.

Eu, corromper?

Sinto muito, para nós não vale o risco, muito menos a pena.

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Comentários

7 Responses

  1. Acredito que a corrupção e a certeza da impunidade caminham juntas. Essas famílias estudam seus filhos nos melhores colégios fora do nosso Brasil.

  2. Li, reli… e me pergunto: qual a conclusão? Se uma pessoa cria uma empresa ele tem que vendê-la?

    A corrupção é a junção da oportunidade com a vontade (“a ocasião [também] faz o ladrão”).

    Não entendo porque “martelar” esse ódio contra empresas familiares.

    Outra coisa: “ah, Engenheiros não administradores”. Pois, eles fizeram um excelente trabalho durante muito tempo.

    “Corrupção nada tem a ver com as 10 Medidas, um Ministério Público atuante,…”. Sério?
    A certeza de que vai ser preso (ou da impunidade) é sim uma variável importante.

    Stephen, não sei o que está acontecendo contigo. Parece que o brilhante comentarista está indo embora e restou apenas alguém que resmunga contra tudo e contra todos: MP, empresas familiares, …

  3. “Por Que Somos Tão Corruptos?” O texto não parece dar respostas. Vou arriscar aqui:

    Alguns são corruptos porque acham que não serão pegos (impunidade),
    Alguns porque acham uma oportunidade de ganhar muito dinheiro (ganância),
    Outros por acharem que é o único meio de conseguirem os contratos, gerar empregos… (“fins justificam os meios”)
    Outros por incapacidade de competir de igual pra igual (jeitinho)
    E, por fim, por acharem que “faz parte do negócio”. (Foram décadas de contratos).

    Agora, não dá pra dizer que o fato da empresa ser familiar é “condição indispensável”/ “suficiente” para que haja corrupção.

  4. Acredito que a falta de identidade, de amor à Terra Brasil cria esses problemas todos…. Corrupção, sujeira etc….
    Vamos ser republicanos de verdade…. Vamos respeitar o próximo….
    Liberdade, igualdade e fraternidade…

  5. Professor, seu texto é completo mas falta um aspecto importante – e triste. A maioria das empresas, quando cresce, passa a ser visada para cobrança de propina. Desde o fiscal de tributos, que usa as péssimas e confusas leis para interpreta-las e ameaçar empresas de multas, aos políticos em busca de dinheiro para campanha ou enriquecimento (o mais comum).

  6. Não é somente a corrupção. Muitas empresas “limpas” eticamente são sufocadas pela burocracia e a mão grande do Estado, o fardo tributário. Talvez este cenário seja o mais atrativo para a corrupção.

  7. Stephan, a sua definição de empresa familiar precisa de um polimento.

    Imputar a uma classe de empresas a corrupção que observamos no país não é boa retórica. Assim como há empresas que são familiares e corruptas, há as que não são e igualmente mal geridas – caso da Oi, por exemplo. E há empresas familiares que são bem sucedidas.

    Toda e qualquer empresa que é criada com o fito de lucro não tem que se preocupar com o bem público. Dizer que empresas têm que atender ao bem público é um pleonasmo: empresas só são lucrativas se o público votar nelas com a carteira. Se não servirem ao público, vão à falência. Isso não guarda correlação alguma com o fato de a empresa ser familiar ou não, isso advém da própria essência da atividade empresarial.

    De outro modo, corrupção é o jeito mais fácil de ainda termos bens e serviços. O leque de opções que o poder público tem para garantir a escravatura de quem produz é ilimitado. Todos estão em algum nível de ilicitude. Decerto, é um estado de coisas abominável. Porém não condeno os produtores e prestadores de serviços se vêem no pagamento de uma propina uma alternativa mais barata à multa que certamente lhes seria imposta pelo oficial, com amplo respaldo de perdigotos normativos que ainda teimamos chamar de “leis”. O mercado da corrupção é criação do Estado e engrandece a cada invectiva deste contra a liberdade individual.

    No Rio de Janeiro, onde moro, é comum vermos ambulantes pagando a guarda municipal que, de outra forma, tem o dever de retirá-los da rua e apreender suas mercadorias. Acaso a população (e o ambulante) estariam melhor sem a propina? Não. Mas estaríamos todos em melhor situação se o Estado se escafedesse de onde nunca deveria ter entrado.

    Coisa que não pode ser menosprezada é o custo que se tem, no Brasil, para singrar o mangue normativo, cortesia da pocilga planaltina. É caro, muito caro, comprar a segurança necessária para não cair nas armadilhas que o Estado cria todo dia. Muito poucos conseguem arcar com um exército de advogados competentes para não ter problemas com o Leviatã.

    O empresário que, hoje, paga propina para não ser levado à ruína financeira por conta de uma arbitrariedade estatal não difere do escravo que pagava sua alforria. Ambos estão em patamar de sujeição imoral frente a um ente contra o qual é impossível lutar em pé de igualdade. O arranjo não é bom, deveriam ser livres, os dois, desde sempre. Mas não creio que esteja em posição de julgá-los caso possam e desejem comprar sua liberdade.

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