Por que Precisamos Importar Engenheiros?

 

Além de Médicos, a Dilma quer agora importar Engenheiros.

Até 1984, o Brasil era dominado por Engenheiros.

Pode-se até afirmar que a classe dominante do Brasil era composta por Advogados e Engenheiros, até recentemente.

Durante a Ditadura Militar quase todos os Presidentes do BNDES eram Engenheiros.

As empreiteiras, que dominam até hoje, são formadas basicamente por engenheiros. Praticamente, o Banco Itaú só contrata Engenheiros.

Aqueles que Karl Marx chamava de “capitalistas” eram na realidade os engenheiros que inventaram as máquinas industriais, os donos das máquinas, e os únicos que sabiam montá-las e consertá-las, e se tornaram os reis da cocada.

Quando uma máquina pifava, o que acontecia constantemente, todos gritavam “Chama o Engenheiro“, como fazem até hoje.

Engenheiros ficaram ricos e poderosos, Henry Ford foi o melhor exemplo.

Todo jovem brasileiro quer ser médico ou engenheiro. São 50 candidatos para cada vaga.

Então, por que faltariam médicos e engenheiros?

Com a Lei 7988 de 1945, que criou o Curso de Economia, com seu artigo  9º “Ficam extintos  o curso superior de Administração e Finanças” passou a faltar Administradores no Brasil, especialmente Financeiros.

Por isto passamos 40 anos com crises financeiras, uma após a outra.

Aí ocorreu o segundo desastre, que irá atrasar nossos investimentos em infraestrutura, telecomunicações, engenharia naval, engenharia civil, etc.

Bancos e financeiras começaram a contratar alunos das escolas de Engenharia, que entendiam absolutamente nada de finanças, para suprir esta deficiência.

Não entendiam nem estudaram absolutamente nada de:

análise de crédito,

estratégia empresarial,

planejamento de longo prazo,

análise de demonstrativos financeiros,

avaliação de resultados,

diagnóstico de clima organizacional.

Eles eram inteligentes e entendiam de números, cálculo diferencial e trigonometria, que verdade seja dita, praticamente não se usam em finanças.

Hoje pesquisei um fundo de ações, chamado Squadra, e fiquei estarrecido com o que vi, e fica claro que não faltam Engenheiros no Brasil.

Faltam Administradores Financeiros, mas vocês decidam por si.

 

Equipe da Squadra

Marcos Gadelha  Graduou-se em Engenharia de Produção-Mecânica na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1999.

Luis Felipe Stern  Graduou-se em Engenharia de Produção pela Universidade Federal Fluminense em 2004.

Paulo Gruenbaum  Graduou-se em Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 2009 e concluiu seu MBA executivo em finanças pelo IBMEC em 2013.

Luís Gambôa  Graduou-se em Engenharia Mecânica-Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1999.

Felipe Dutra  Graduou-se em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2005.

Felipe Dias  Graduou-se em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2005. Juntou-se à Squadra em junho de 2008.

João Vianna  Graduou-se em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2010. Juntou-se à Squadra em setembro de 2009.

Marcelo Passos  Graduou-se em Engenharia de Produção-Mecânica na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 2010.

Allan Schvartzman  Graduou-se em Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 2010.

Guilherme Aché  Graduou-se em Economia em 1991 pela Faculdade Cândido Mendes.

Mauricio Miranda  Graduou-se em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1992.

Eduardo Valentim  Graduou-se em Economia pelo IBMEC em 2000.

Eduardo Ferreira  Graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Guilherme Motta  Graduou-se em Economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em Julho de 2009.

Bruno Silva  Graduou-se em Administração pelo IBMEC em 2006.

Donato Ramos  Graduou-se em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 2007.

A equipe é craque, o desempenho do fundo é excepcional.

O que significa que o Brasil possui os Engenheiros que precisa, mas estes estão exercendo ilegalmente a profissão de Administradores Financeiros porque no Brasil qualquer um pode exercê-la, mesmo nada sabendo do assunto.

Perdemos excelentes Engenheiros, que jogaram fora o seu diploma.

No caso das Federais, o povo brasileiro jogou fora dinheiro que não podia, e não teve o retorno social que a sociedade esperava deste “investimento em educação”, tão acalentado por economistas.

Algo para se pensar.  

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Comentários

32 Responses

  1. SK, antes de afirmar que “não entendiam nem estudaram absolutamente nada” é sempre bom checar os fatos. Ja leu alguma grade curricular de Engenharia de Produção? Alguns dos nomes acima possuem MBA…

    1. HCF,

      desculpe, mas você queria que eu escrevesse. “não entendem nem estudaram nada até fazer o curso de Master in Administration”.

      O que está acontecendo aqui. Vocês são a nata da engenharia brasileira?

      1. Entendi o problema.

        Kanitz é do tempo em que o conhecimento do sujeito era, única e exclusivamente, aquele da grade curricular.

        Bacana, deve ter sido que ensinaram ao nosso contador durante seu MBA.

        Sobre essa parte:
        – desculpe, mas você queria que eu escrevesse. “não entendem nem estudaram nada até fazer o curso de Master in Administration”.

        Não queríamos não, você estava errado antes e continua errado agora.

        Excelente momento para “unsubscrive now”, quem sabe não seria hora de se aposentar amiguinho?

        Abraços

  2. Sou Engenheiro Eletricista formado em Universidade Federal. Durante minha vida acadêmica inteira escutei que estava faltando engenheiros (Ainda escuto hoje). O que é mentira. Faltam engenheiros com 15anos + de experiência. Fiquei 4 meses procurando vaga de engenharia e optei por mudar para a área de TI (Virei analista em uma área de Engenharia). Vários amigos ficam sem emprego após se formarem ou as empresas não querem pagar nem próximo ao piso estabelecido. Salário é a razão que vários amigos vão para o setor financeiro. Se importar engenheiros vão ter que pagar muito bem ou não vai vir ninguém…

    1. Igor,

      Desculpe eu sempre paguei bem quem entendia do assunto, porque sai mais barato do que contratar quem não entende.

      Nunca contratei um Engenheiro da Poli como programador porque eles estudavam programação Hipo, de Hipotético, e portando nada adiantava.

      1. “Nunca contratei um Engenheiro da Poli como programador porque eles estudavam programação Hipo, de Hipotético, e portando nada adiantava.”

        Nesse caso fica a dúvida, quem o senhor contratou? Um administrador financeiro?

  3. Xô te ajuda amiguinho Kanitz:

    “alunos das escolas de Engenharia, que entendiam absolutamente nada de finanças, para suprir esta deficiência.”
    Proposição 1:
    Kanitz: – Engenheiros não entendem absolutamente nada de finanças.

    “A equipe é craque, o desempenho do fundo é excepcional.”
    Proposição 2:
    Kanitz: – Engenheiros que não entendem nada de finanças tem um desempenho excepcional em finanças.

    “O que significa que o Brasil possui os Engenheiros que precisa, mas estes estão exercendo ilegalmente a profissão de Administradores Financeiros porque no Brasil qualquer um pode exercê-la, mesmo nada sabendo do assunto.”
    Proposição 3
    Kanitz: – Ok, eu errei na proposição 1, mas já que não vamos conseguir competir em pé de igualdade, por favor, vamos estabelecer uma reserva de mercado.

    – Tudo bem, vocês vão argumentar que em todas as praças financeiras do mundo há uma clara preferência por pessoas com grande capacidade lógico-matemática. Nos EUA, onde me formei administrador “por Harvard”, também é assim, mais e mais engenheiros no mercado financeiro.

    – Sei também, pelo texto que escrevi, que não sou a melhor pessoa nesse quesito, mas veja só, vocês nunca estudaram:

    análise de crédito,

    estratégia empresarial,

    planejamento de longo prazo,

    análise de demonstrativos financeiros,

    avaliação de resultados,

    diagnóstico de clima organizacional.

    Leandro: – Amiguinho Kanitz, será que é necessário um mês para aprender tudo isso? Digo, estudando nas horas vagas, depois do trabalho e do futebol 2 vezes por semana.

    Algo para se pensar.

  4. Meu Querido Amigo
    Vc me conhece bem.
    Matemática não é uma ciência; matemática é a linguagem das ciências.
    Os engenheiros se dão bem com “TODAS” as ciências porque eles começam primeiro a aprender a linguagem universal delas.
    Vcs leem uma ciência e depois vão aprender a linguagem específica para entendê-la. Depois vcs leem uma 2a. ciência e vão aprender a linguagem específica para entendê-la.
    Enquanto isto os engenheiros vão passando na vossa frente!
    Citibank e Itaú deslancharam após os anos 60 quando começaram a contratar engenheiros.Até então estavam plenty de administradores recém formados.
    Aí começaram a aparecer os Herman Wever (engenheiro), Olavo Setubal (engenheiro), Antonio Ermírio (engenheiro), da vida!
    Pergunte ao John Reed!!!

    1. Rudolf,
      “Engenheiros se dão bem com TODAS as ciencias”.

      Acho que você não sabe, mas Isaac Newton perdeu toda a sua fortuna investindo na Bolha das Tulipas. Pelo jeito Finanças não é o forte do pai da Ciência.
      Sou a favor de Engenheiros, primos de nós administradores, pensamos sistematicamente, resolvemos problemas, etc.
      O que não me parece lógico, mas não para todos vocês que estão me criticando, é ensinar Engenharia para quem vai seguir carreira de Administração Financeira.

      Parece tão óbvio que isto é uma perda de tempo e recursos educacionais mas pelo jeito a sua ciência é outra.

      1. Olavo Setúbal, Itaú (engenheiro)
        André Esteves, BTG Pactual (matemático)
        Luis Stuhlberger, CS hedging griffo (engenheiro)
        Henrique Meirelles, Ex-presidente BC (engenheiro)
        Armínio Fraga (engenheiro)

        Com a exposição dos engenheiros/matemáticos (pessoal das ciências em geral) nada mais natural do que encontrar exemplos de fracassos entre eles, afinal esse é um mercado de risco.

        Atribuir um fracasso ao desconhecimento da matéria, não é algo lá muito lógico. Se assim fosse bastaria aplicar uma avaliação minuciosa junto aos profissionais de investimento, uma vez atestado o conhecimento, esses estariam livres de fracassos.

        Esse foi um erro elementar do seu comentário.

  5. Concordo plenamente com o colega IGOR MAX….a falta de engenheiros e diretamente proporcional aos salarios q as empresas se propoe a pagar

  6. “O que significa que o Brasil possui os Engenheiros que precisa”

    Depois de uma “Googlada”:

    Agência Brasil:
    “Brasil forma quase três vezes menos engenheiros do que países da OCDE”

    Link:
    http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-09/brasil-forma-quase-tres-vezes-menos-engenheiros-do-que-paises-da-ocde

    Não só formamos poucos, como os poucos que formamos são muito demandados por outras áreas, como a financeira, porque sabem das potencialidades dos alunos de exatas.

    Kanitz, seu artigo, na melhor das hipóteses, beira o ridículo. Se for para escrever
    bobagens assim, melhor continuar dando entrevistas na Ana Maria Braga.

  7. As empresas estão abarrotadas de engenheiros em diversas áreas que não as suas de formação. A razão disso é simples: eles são muito bons com números.
    Como isso no Brasil é raro, eles tendem a ser endeusados.
    A minha prática em dez anos trabalhando com engenheiros me diz que o SK está absolutamente certo. A propósito, nunca vi tantas grosserias nos comentários. Fiquem calmos, exmos Engenheiros. Este ainda é um local para cavalheiros.

    Abraço

    1. GF Arraes,

      Obrigado GF.
      Eu só quiz dizer que a Dilma deveria contratar os Engenheiros que não acharam emprego em Engenharia

      E pior foram sapecar outras áreas para quais não são formados, do que contratar Engenheiros Cubanos, estes sim não entendem nada de finanças, portanto estão disponíveis.

      1. Eu concordo com sua lógica no que diz respeito com a falta de lógica (investimento em uma formação acadêmica que acabará sendo desviada para outra área), mas observe o caso da publicidade: nunca se exigiu o diploma para exercê-la e o Brasil é um dos gigantes do mundo publicitário. Talvez o motivo esteja na migração por exemplo, de uma classe quase que artística (porque de arte no Brasil não se vive?) e que migra para a publicidade dando boa qualidade nas nossas campanhas. Sei que cada área é uma área, mas estamos aqui para discutir e não assumir uma postura idiota que procura ridicularizar o texto do outro para se sentir melhor ou para reafirmar sua posição que era contrária ao texto. Quer defender seu peixe defenda-o inteligentemente. As veemências das teses são permitidas, mas a falta de protocolo não.

  8. My dear friend
    Eu não sei se realmente estamos precisando importar engenheiros mas, se for o caso eu sugiro “reimportar”os da década de 60 que ainda estão vivos como eu!

  9. Kanitz,
    Eu sempre disse exatamente o que você falou nesse artigo. Realmente o que vejo como problema é a supervalorização que os engenheiros tem. Claro que eles tem seus méritos, mas eles estudaram para uma coisa e acabam indo para outra.

    É obvio que aqueles bons funcionários, mesmo que tenham estudado para, por exemplo, construirem predios, podem (se estudarem formalmente ou não) se darem bem em outras áreas como aministração financeira.

    Quando citam a Engenharia de Produção, realmente ela tem uma grade mais aplicavél a essa realidade. Na minha opinião, a Eng. de Produção foi criada pois o mercado valoriza o Engenheiro, então nada mais lógico que criar uma forma de deixar o Eng. mais preparado para as funções que deveriam ser do Administrador sem fugir completamente da Engenharia.

    De forma geral, isso só acontece, pois o CREA tem grande peso e acabou aumentando o poder dos Engenheiros. Com a elevação do piso salarial( a niveis que muitas empresas de engenharia não podem bancar) para funções de engenharia que não necessitam assinar nenhum documento de responsabilidade cívil, por exemplo.

    Acho que este assunto ainda deveria ser muito debatido, mas é preciso educação que, infelizmente, acabou faltando em alguns posts.

  10. Caro SK,
    normalmente gosto das coisas que escreve. Sou engenheiro e sinto na pele como o mercado se comporta.

    Faço das tuas palavras as minhas quando diz que temos muitos engenheiros no Brasil que trabalham em outras áreas. Isso é um desperdício do ponto de vista de investimento em Educação. Mas a causa disso não é a Educação formal em sim, mas as opções de emprego que o recém engenheiro encontra ao chegar no mercado. Tirando poucas empresas sérias no Brasil, a grande maioria não quer pagar o piso salarial da categoria. Trabalhei numa empresa que era a maior ou segundo maior fabricante do setor dela aqui no Brasil e ela sequer queria pagar o piso. Muitos engenheiros acabam sendo contratados, mas na carteira de trabalho não tem o termo “engenheiro”, tem sim analista “sei lá do que”.
    O curso de Engenharia nas boas universidades brasileiras não dá para levar “nas coxas”. A pessoa estuda muito, sacrifica tempo, lazer, dinheiro para isso. Para que?
    Discordo da visão que quem faz engenharia ganha muito. Adoraria estar errado!

  11. Acho que a premissa fundamental do texto tem fundamento, que é a de que parece ilógico formar pessoas em engenharia para que elas trabalhem em áreas, teoricamente, alheias à engenharia (no caso, Finanças).

    Conforme já citaram, acredito que em boa medida isso seja explicação para a proliferação de cursos de Engenharia de Produção, que é naturalmente muito mais afim à disciplinas da Administração, sem perder a base forte da engenharia em exatas (e o prestígio do título de engenheiro).

    Ademais, acredito que o Kanitz, muitas vezes nestes textos, soa um pouco “engessado” à ideia de que o conhecimento se resume ao conhecimento formal, adquirido em um curso de graduação ou pós. Cada vez mais isto se transforma: longe de mim dizer que o conhecimento formal não é importante, mas hoje em dia o acesso à informação por diversos meios torna a aquisição de conhecimento muito mais uma questão de disposição e disciplina do que o fato de ter ou não um título profissional (pelo menos no campo teórico).

    Finalizando: não tenho a menor condição de dizer se temos pouco ou muitos engenheiros, e nem quais possíveis soluções seriam para o possível problema.

    1. Alvaro,

      Obrigado por ressaltar o ilogico.
      O MBA como Medicina sao os menos engessados por se basearam em estudos de casos.
      Ensinam a pensar administrativamente, algo que acho que todo profissional deveria saber fazer.
      MBA é um belo complemento a todas as carreiras especialmente aqueles que pretendem ter cargos de lideranca.
      Talvez deveriamos lutar para importar MBAs com 20 anos de esperiencia. Empresas estrangeiras reclamam que é quase impossivel.

  12. Kanitz,
    Não entendi seu ponto de vista. O sr. está sugerindo que não faltam engenheiros no Brasil, mas sim, que a maioria deles, acabou indo atuar no mercado financeiro – visto que as escolas de Administração foram extintas durante uma época.
    Acho que é uma análise – no mínimo – simplista.
    O Brasil não é um país tecnológico, arrisco dizer que nunca foi. E pasme: FALTAM vagas para engenheiros atuarem na sua área de formação.
    Eu posso apostar, de olhos fechados, de que cada 5 engenheiros, somente UM atua na área tecnológica.
    O resto? O resto se adapta ao que o mercado brasileiro oferece.
    Uma coisa a ser dita, sobre este fundo de investimento que vc citou, e pra mim foi um exemplo infeliz, é que são todos engenheiros de produção, que é a de longe, a engenharia menos “tecnológica” existente. Pra mim, que sou engenheiro, é muito natural que um engenheiro de produção atue no mercado financeiro.

  13. Gostaria de entender como engenheiros que não sabem nada ocupam tanto o mercado financeiro? Acho que estão formando administradores de mais que, esses sim, não sabem nada!

  14. Sr. Kanitz, pensei muito se deveria fazer este comentário, pois tenho profunda admiração por seus artigos, mas a alegação de exercício ilegal da profissão é algo muito sério…
    Sou engenheira civil, me formei na UFMG.Naturalmente minha carreira evoluiu para gestão. Complementei minha formação fazendo cursos no IBMEC e Fundação Dom Cabral, hoje sou diretora de uma empresa e não me sinto exercendo nenhuma profissão de forma ilegal. Cabe ao profissional decidir suas metas e complementar sua formação de maneira a obter os conhecimentos necessários para atingir tais metas. Isto vale, no meu entendimento, para qualquer profissão seja administrador, economista, engenheiro, etc.
    É óbvio que o curso de engenharia não visa formar administradores financeiros, por isto quando migramos para esta área buscamos formação complementar conforme coloquei acima.
    Não acha estranho o ” mercado”, que os administradores e economistas adoram mencionar, contrate tantos engenheiros para exercer ilegalmente a profissão de administrador financeiro?
    Não tenho certeza se esta máxima era do Sr. Ulisses Guimarães – “Jabuti não sobe em árvore”.
    Tenho respeito por todas as profissões, e, em todas há bons e maus profissionais.

    Algo se pensar antes de se acusar alguém de exercer ilegalmente alguma profissão.

  15. Vergonhoso, sou formado em engenharia mecânica, e posso garantir, as empresas não pagam o piso e a profissão está desvalorizada. Essa falta de engenheiros noticiada pela mídia é a mais pura MENTIRA.

  16. Pela maioria dos comentários de engenheiros, parece consenso entre estes, que não deve haver reserva legal e que o mercado é o meio eficaz para julgar competência.
    Já que tem gente até se encarregando de codificar a discussão em axiomas pra fazer dedução lógica.
    Eu sugiro seguirem a lógica a risca e não serem cínicos.
    Comecem reclamando junto aos seus CREAs que eliminem as reservas legais, daí então poderemos acreditar na sinceridade dos seus argumentos.

  17. Você contrataria um recém formado com um salário de R$ 8.000,00?
    Para engenheiros isto é o piso da categoria, não existe para o Crea diferença entre junior e senior.
    Como o pessoal não consegue emprego vai para outras áreas que precisam de pessoas inteligentes. A resposta ao seu artigo é simples, o piso acaba com as chances dos recém formados e não é a falta de administrador financeiro que tem gente de outras áreas. Neste caso também se aplicar a primeira frase deste comentário.

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