Como as Grandes Capitais Atrapalham o Brasil

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o Brasil possui poucos municípios e não municípios demais como afirmam tantos intelectuais.

Em vez dos 5.700 municípios que temos, se comparado com outros países, deveríamos ter 31.000 municípios, basta pesquisar um pouco.

E cidades obviamente menores, mais fáceis de administrar.

Esse estudo meu é de 1993, faz parte das minhas palestras da época, diagnosticando os problemas do Brasil.

Eu sei que a maioria dos municípios são geridos por prefeitos incompetentes, vide São Paulo.

Mas isso se resolve de outra forma, colocando gente com competência profissional no Executivo, e não políticos sem conhecimento administrativo.

Somos um país centralizado e ideologicamente polarizado por causa disso.

Um país com 31.000 municípios seria um país bem mais próximo aos ideais comunitários que venho propondo sistematicamente.

Um comunitarismo natural e não imposto, que daria a todos os habitantes um sentido de vida, a de pertencer e não de ser jogado numa cidade selva, sem apoio além do governo, sempre ineficaz.

Por falta de políticas públicas voltadas às pequenas cidades tivemos o famoso êxodo rural para as grandes cidades, gerando favelização, pobreza, e governos fortes e autoritários.

Pior, criou essa polarização política e essa cultura do ódio da Esquerda brasileira.

Os insultos do Braga, Gleisi Hoffmann, Zeca do Dirceu e Rui Falcão, com relação ao Ministro da Justiça, Sérgio Moro, jamais aconteceriam se esses indivíduos morassem numa pequena cidade e teriam que encontrá-lo no dia a dia.

Numa comunidade podemos ter desavenças políticas e operacionais, mas sempre são medidas as consequências do extremismo verbal.

Como aponta Roger Scruton, o Comunitarista Conservador aceita diferenças, porque não quer que a comunidade seja prejudicada por desavenças internas.

Para um Conservador, a comunidade e a convivência humana vem antes da política.

Para um Esquerdista não, dane-se a convivência social e vamos insultar quem quer que seja.

E assim a Esquerda brasileira fica cada vez mais isolada no seu mundo de fantasia, a um enorme custo para os pobres do Brasil.

Nas grandes cidades esse discurso de ódio da Esquerda não os atrapalha.

Você facilmente poderá viver bem se relacionando somente com outros esquerdopatas da grande cidade.

Amplificando entre si o discurso de ódio contra tudo e contra todos, menos seu grupo de amigos.

Por isso nossa redações jornalísticas são tão violentas e contra a sociedade que compra seus jornais.

Nenhuma redação tem 50% de jornalistas de Direita, mesmo sabendo que 80% de seus leitores são de Direita.

O que manteria o discurso de ódio sob controle e geraria um ambiente de discórdia controlada por civilidade conservadora.

O outro grande problema das grandes cidades é que elas se tornam refúgios dos bandidos, dos psicopatas, dos vagabundos, dos socialmente violentos, que são eventualmente expulsos literalmente das suas comunidades.

Tanto é que esquerdopatia é um fenômeno das grandes cidades americanas, não das pequenas.

E quem mantém a paz, a solidariedade humana, a ordem interna da comunidade, são as pequenas cidades do interior do Middle West americano, que elegeram Trump.

Com a internet, Netflix, trabalho on line, deveríamos estar caminhando para o interior, algo que os americanos fizeram 200 anos atrás, o Go West Movement.

Se você está cansado do discurso de ódio da nossa Esquerda, insultando impunemente nosso Ministro da Justiça.

Se você está cansado desses jornalistas com seu discurso de ódio diário contra seus leitores.

Se você está cansado dessa intolerância da Esquerda reinante nas grandes cidades.

Não mude de país, como Portugal ou Uruguai.

Mude para uma pequena cidade comunitária do interior do Brasil.

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Comentários

11 Responses

  1. Muito esclarecedor. Não conhecia esses dados. Antes, eu pensava que o Brasil tinha excesso de municípios. Excelente perspectiva!

  2. Interessante isso. Há algum estudo sobre como cidades pequenas poderiam manter as contas sob controle, tendo que manter uma câmara municipal, assembléia legislativa, fórum (uma vara cível e outra criminal, no mínimo), cartório, praça, coreto, Caixa Econômica…

    Em estudo recente do TCE, se não me falha a memória, verificou-se que uma significativa parcela dos municípios de São Paulo, estado com um dos maiores índices de municípios por área, estão endividados para além da sua capacidade de pagar as contas. Seria esse fato explicado apenas pelos prefeitos sem traquejo administrativo?

  3. Sinto muito professor, mas dessa vou discordar. Nem tudo o que vale para EUA vale para o Brasil. Entre os dois países existe um oceano Cultural que torna, a meu ver, essa questão bem mais complexa.A maioria dos nossos pequenos municípios nao conseguem pagar suas contas. São criados com objetivo apenas de gerar cabides para vereadores, secretários e etc… Etc… Além de corrupção grossa.

  4. Dentro do nosso atual sistema político e administrativo, infelizmente sua proposta é inviável. Serão mais câmaras de vereadores, mais cargos comissionados, mais estrutura administrativa sem uma compensação de arrecadação. Isso só seria possível com um novo pacto federativo, administrativo e político. Pra mim cada novo município a ser criado deveria ter um plano de auto-sustentação, assim como, as empresas fazem seus planos de negócio.

  5. Há quase vinte anos vivo na zona rural de um vilarejo com cerca de 2 mil habitantes, proximo a uma cidade média paulista com 400 mil habitantes. Enquanto a cidade tem muitos problemas, aqui tudo funciona. Escola, Saude, segurança e, da pra ir andando para qualquer lugar. Melhor coisa que fiz.

  6. Só se os pequenos municípios tivessem que autogerir-se. Como está o Pacto Federativo hoje, os micromunicípios são um encargo pesado para a Nação, que tem que sustentar cãmaras de vereadores, prefeituras inchadas e toda a burocracia estatal…

  7. Estive várias vezes na Alemanha e percebi que a maioria das cidades são pequenas sem grandes metropolis e, em cada uma delas, tem vida própria, sem dependência de outra cidade próxima. É claro que é difícil comparar um país com o outro, mas, podemos seguir o modelo.

  8. Hà um ano atrás ouvi de uma pessoa. “Se eu tivesse vindo antes para o interior de Goiás ou do Mato Grosso, não teria mudado para Portugal.

  9. Para isso teríamos que ter administrações municipais menos onerosas para o cidadão, menos vereadores, menos aspones, menos pessoas para servir cafezinho nas câmaras e nas prefeituras.

  10. Em 1992 li um artigo de Mário Henrique Símonsen onde ele já alertava que deveríamos investir em pequenas e médias cidades, que não tinham (ainda) os tão graves problemas das grandes, e o custo de evitá-los seria muito menor.

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