À Classe Médica Brasileira

 

Suas lideranças usaram os argumentos errados na oposição à medida da Dilma, de importar 6.000 médicos cubanos.

A baixa qualidade do ensino cubano, a falta de condições para exercer a profissão, em nada convenceu a opinião pública.

Mania de médico não consultar ninguém antes de falar em público. Vejam agora o tipo de reação de um famoso jornalista brasileiro:

“Não vamos nem falar no lastimável comportamento dos médicos e suas associações, agarrados a um corporativismo ululante, egoísta e desinformado”.

Como a imprensa divulgou, os Estados Unidos importam 25% dos seus médicos, Canadá 24%, Reino Unido 44%,  25.000 dos médicos sendo indianos.

Por que então o Brasil não deveria fazer a mesma coisa contratando médicos cubanos?

A razão é por Ética, algo que falta no Brasil neste momento. 

E era por estas linhas que a classe médica deveria ter trilhado.

Índia, Cuba, Nicarágua, Equador, gastam US$ 100.000 dólares para treinar um bom médico.

Educação médica é a mais cara do mundo, por isto faltam médicos, especialmente em cidades pobres que não possuem renda para compensar este custo de treinamento.

Normalmente em países pobres e de educação estatal, esta educação é feita com dinheiro público, dos povos destes países.

O povo indiano, cubano e africano investiram nestes estudantes de medicina, justamente para ter bons médicos no futuro para si, não para os outros.

Os 25.000 médicos indianos que trabalham agora na Inglaterra, economizaram para o Governo Inglês US$ 2.500 000.000 de custos de treinamento. Nada ético.

E como consequência geraram US$ 2.500.000.000 de prejuízo para o povo indiano. Pagaram e não levaram.

Além de desestruturar a sua própria medicina local.

Uma das razões do sucesso dos Estados Unidos como potência econômica não tem nada a ver com suas políticas econômicas.

Seu sucesso tem sido justamente atrair profissionais treinados em outros países a custo zero.

Os países mais pobres do mundo treinam por 25 anos jovens de talento, e uma vez formados são atraídos pelos melhores salários e oportunidades oferecidos pela política de imigração dos EUA.

É uma outra forma de explorar mais valia gerada pelas nações subdesenvolvidas do mundo.

E o Governo Brasileiro quer fazer isto com Cuba?

Escreve o Guardian.

“For decades about 25% of doctors practising in the US received their training elsewhere.
 
This now amounts to close to 200,000 doctors educated abroad.
 
Around 5,000 were trained in sub-Saharan Africa; predominantly Ghana, Nigeria and South Africa, but also elsewhere.
 
The poorest will always lose out.”

Ética teria sido um argumento mais convincente do que corporativismo médico.

Meu lado economista é totalmente a favor em trazer médicos formados a custo zero. É uma bela “economia” para o deficit público deste país.

Mas meu lado administrador socialmente responsável diz que seria um roubo de talento do pobre povo cubano.

Algo para os médicos pensarem.

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Comentários

56 Responses

  1. Os economistas defendem a livre circulação de capital e a livre circulação de mercadorias como fundamental para o desenvolvimento. Por que não defender a livre circulação de mão-de-obra como também fundamental para o desenvolvimento?

    Se existisse a plena e livre circulação de mão-de-obra nenhuma empresa norte americana ou europeia implantaria uma fábrica na Ásia em busca de empregados com baixos salários, era só importar Chineses e Vietnamitas e muitas cidades que hoje estão em franca decadência como a região de Detroit testemunhariam um novo ciclo de crescimento e prosperidade.

    Se faltam médicos e engenheiros no Brasil, por que não “importar” médicos e engenheiros espanhóis, país onde a taxa de desemprego bateu 20% ?

    1. A resposta é simples: qualquer que seja o (bom) profissional, ele precisará de condições de trabalho e só virá com uma carreira bem estruturada. Desde que esses profissionais tenham seus diplomas revalidados, eles próprios vão fazer a avaliação do risco de exercer medicina em locais sem condições básicas de atendimento. Se não mexermos nessas condições e não houver um plano de carreira adequado, qualquer profissional qualificado virá e se aglomerará nas grandes cidades, como os médicos nativos.

      1. Se os médicos estrangeiros se aglomerarem nos grandes centros será ótimo também: o tempo entre a marcação e a consulta, que em alguns casos é maior que quatro meses, cairá bem como o valor da consulta.

        Nada melhor que a ampla e leal concorrência. :o)

        1. É um ponto de vista. Como médico,acho que vai piorar o atendimento, não se mexe nas condições de trabalho, os honorários médicos já estão no chão (várias cirurgias pagam menos de R$ 40,00 ao profissional, menos que um corte de cabelo), mas respeito sua visão.

          1. Existem vários médicos que recebem R$40,00 (ou menos) por consulta. Como você mesmo coloca, é um mercado livre. Há carros zero km de 20 mil, há outros de 400 mil. O cabeleireiro da presidente cobra 3,5 mil para cuidar das madeixas da Dilma..;

          2. Existe sim uma falta absurda de médicos e não apenas nas cidades do interior. Também existe uma vergonhosa falta de estrutura em nosso país. Mas prefiro ter médicos para dar atendimento à população do que ficar com esse discurso corporativista dos médicos e suas associações. A falta de estrutura vai continuar e, se houver vontade política e muito investimento, talvez dentro de alguns anos, esta realidade mude.

  2. Parabéns Stephen Kanitz. Como sempre muito lúcido em suas análises. O problema é que tendemos a ser passionais, ao invés de analisarmos pelo plano exterior.

    1. Passional vai ser um filho brasileiro penasr estar sendo atendido e não estar sendo atendido. Morrer por isto. Mais médicos não é saúde: Sa[ude é saneamento básico, educação, ausencia de desnutrição, empregos para o povo se auto gerir. E, se médicos for trazer então, para preencher a vagas nos hospitais construidos e bem geridos no interior, padroa FIFA, traga médicos que passam no REVALIDA para compor um bom quadro, aí sim, de promoção de SAÚDE.

      1. Acertou na mosca: médicos (com todo o respeito) não significam saúde; eles só tentam corrigir os erros da falta de saúde. Médicos não entendem de saúde (prevenção); não foram preparados para isso; só entendem de DOENÇAS (e de mascarar sintomas com o uso de drogas).
        Saúde é vida plena; educação alimentar; saneamento básico; água limpa (sem tanto cloro, sem fluor – que não serve para nada e é veneno – e sem nanopartículas de remédios); alimentação saudável; prevenção de doenças; ausência de vacinas em excesso e (na maioria) inúteis; fiscalização sanitária séria; abolição de alimentos geneticamente modificados (a farsa do ‘modernismo’ acabou!); salários dignos; fim dos impostos extorsivos e, realmente, DEIXAR O CIDADÃO SE AUTOGERIR.

  3. otima analise para um economista, o senhor so esqueceu que os medicos importados que trabalham nos EUA e Europa, so entram se passarem por rigorosos testes de qualidade profissional e de fluencia em lingua.Atualmente, quem frequentou o ensino publico no Brasil( onde se investe muito menos do deveria), nao tem chance nenhuma.Aqui a histõria eh bem diferente, virao medicos sem revalidacao de diploma e sem qualquer avaliacao.( eh contra isso que os medicos estao).Se pensarmos na economia, na minha simples opiniao de leiga, acho que essa conta pode ficar bem cara …

  4. Sr. Kanitz

    Interessante as suas reflexões. Concordo que o médico agora precisa de uma assessoria de imprensa. O mundo que vivemos é marqueteiro.

    Mas infelizmente não se trata apenas de corporativismo ululante, egoísta e desinformado. As razões éticas que o Sr. falou são corretas, mas acho que a população brasileira não está nem aí para isso. Ela ainda não tomou consciência que os médicos que o MS está ofertando para as populações carentes não tem selo de garantia.

    O Sr. foi correto em afirmar que o sucesso dos USA, Canadá e Reino Unido está em importar mão de obra qualificada a custo zero. Aí é que está o problema. O Brasil está importando mão de obra desqualificada a alto custo. Está pagando R$ 30.000,00 para importá-lo, diz que vai capacitá-lo por 3 meses nas universidades públicas, que vai oferecer um curso de especialização via internet e ainda vai pagar mensalmente uma bolsa de estágio de R$ 10.000,00 para 40hs semanais, por 3 anos, quando ele paga uma bolsa de 2.900,00 para 60hs semanais para um médico residente concursado em uma residencia médica oficial.

    Apesar de toda a crise europeia, duvido que algum médico português ou espanhol, capacitado e estabelecido esteja desempregado, que que vá se dispor a sair do seu país para vim trabalhar nos rincões do Brasil sem as condições mínimas de dignidade profissional ou humana, semelhante ao que era a saúde pública portuguesa ou espanhola há 100 anos atrás. Em relação aos médicos cubanos, os que virão para o Brasil serão os fabricados na ELAM, um genérico de faculdade de Medicina, na qual os médicos formados lá não conseguem o registro para trabalhar em Cuba, pois não teem uma formação adequada. São “médicos” formados para o comercio internacional que são trocados por petróleo ou outros produtos de necessidades cubanas. Ou então brasileiros que foram enviados a Cuba através de partidos políticos ou do MST.
    Então o que nos preocupa mesmo, é a qualidade da formação desses médicos que estão sendo importados. Não temos nada contra a médicos estrangeiros que venham para o Brasil pelos meios legais. Isto é: que façam a revalidação dos seus diplomas pelo REVALIDA (sistema de revalidação curricular do diploma de médico) e prova de proficiência de língua portuguesa/brasileira. É só isso que queremos.
    Defendemos que no Brasil não faltam médicos. O que falta é uma distribuição adequada dos médicos pelo Brasil. Isto seria fácil através de um Programa de Carreira de Estado para Médico com um plano de cargos e salários. Aliado a isso, investimento adequado no SUS com requalificação das unidades de saúde, pois a questão não é apenas salarial. Não adianta salario de R$ 30.000,00 e a cidade não ter uma unidade de saúde com as mínimas condições necessárias para atender um infarto, um derrame, um quadro alérgico. Nenhum médico no século XXI irá aceitar que um paciente com apendicite morra nas suas mãos porque ele não tem condições de operá-lo, ou então porque o município em que ele trabalha não tem as condições mínimas necessárias para transferir este paciente para um centro em que este paciente possa ter o tratamento adequado.
    Em fim Sr. Kanitz, no exercício da Medicina,existe muito mais coisa para se pensar do o Sr. imagina.

    Maria do Socorro Mendonça de Campos
    Médica cirurgiã pediátrica e médica do SAMU 192 de Salvador-Ba

        1. O selo se chama:
          1- Diploma de médico reconhecido pelo MEC.
          2- Registro no CRM estadual
          3- Certificado de estágio ou redidência médica reconhecida pelo MEC.
          4- Título de especialista reconhecido pela AMB e CNRM.
          Se não tem, desconfie!
          Quer mais alguns? Aprovação em CONCURSO PÚBLICO conta?

          1. 1 – Com o nível atual das universidades públicas e privadas, não é lá um triunfo ter um diploma de médico;
            2 – Esse aí é automático com o diploma;
            3 – Esse faz parte do curso de graduação, mesmo problema anterior;
            4 – É, meu amigo, infelizmente MUITOS não tem. Muitos MESMO.
            5 – Do jeito que as seleções são feitas no Brasil, com 10 candidatos por vaga em concursos de cidades bem estruturadas e 1 ou 2 para os interiores, realmente, não conta.

            Agora vá lá falar mal dos médicos cubanos, que não estudam…

          2. Alvarrets, se você pensa que graduação e residencia médica são a mesma coisa, era melhor não ter opinado sobre o que desconhece.

      1. Concordo Sr. Newton. Por isso estamos brigando também para que o governo não abra indiscriminadamente faculdades de Medicinas, pois a já existentes não tem professores/preceptores em número e qualidades necessárias para um bom médico. Para isso estamos brigando para que faculdade de Medicina tenha o seu hospital universitário próprio

      2. No Brasil, como relatam os médicos brasileiros (vejam vídeos no You Tube) cujas famílias podem dispender, tem que continuar seus estudos de medicina após concluir seus cursos no Brasil, no exterior para se equipararem à medicina internacional.
        Como eles relatam, no Brasil o ensino da medicina ainda é a Medicina de Diagnostico, enquanto em outros países as faculdades de medicina ensinam a Medicina Preventiva.

    1. Os médicos brasileiros querem o mesmo que os médicos cubanos, serem sustentados pelo povo (CARREIRA DE ESTADO). No Brasil quem carrega os hospitais públicos nas costas são os residentes (ESTAGIÁRIOS) e os outros profissionais da saúde (os de nível técnico que recebem 1/5 do salário dos médicos), enquanto os médicos que deveriam dar o plantão estão dormindo no consultório ou bateram o ponto e foram embora (é só observar os bastidores de um hospital público no dia-a-dia que a verdade e a revolta vem à tona), só trabalham mesmo quando tem que fazer uma cirurgia, pois daí recebem uma “comissão” do material cirúrgico utilizado!!! NINGUÉM É OBRIGADO A PRESTAR CONCURSO PÚBLICO, não gosta da estrutura que os hospitais públicos dispõe para o trabalho procure emprego em outro lugar!!!!

      1. Caro MAV,

        Voce geraliza de modo equivocado. Aceito a crítica como membro da categoria, de realmente uma grande parcela dos profissionais tem uma conduta irresponsavel.
        Mas… Generalizar? Faça-me o favor…
        Além disso, vai da incompetencia administrativa, manter tais funcionarios omissos.
        Detalhe: por falta de condicoes de trabalho, ja abandonei servico publico.

    2. Muito bem, M. Do Socorro. A gente solicitou apenas que os “médicos” cubanos fizessem o Revalida, avaliação em que historicamente a média de aprovação é de apenas 10%.

      Mas aceito a crítica do Sr Kanitz, de fato não sabemos fazer marketing; filhos da racionalidade e da formação científica que somos, temos muita dificuldade em nos comunicar com a população brasileira. Pedimos revalidação de diploma, este ponto é deliberadamente margeado; chamamos os cubanos de escravos, devido ao vínculo empregatício, a marketagem oficial nos chama de racistas… É jogar xadrez com pombo!

  5. Eu moro em uma cidade do Interior do Paraná, no norte pioneiro.

    Os médicos não querem vir trabalhar aqui porque o salário é baixo, então eu tenho que pagar uma consulta se eu quiser ser atendido, pois a maioria das vezes não há medicos nos postos de saude dos bairros.
    Concordo que os salários dos médicos são baixos e por isso não seja interessante trabalhar no interior …. Mas já que é esse o motivo, por favor, não atrapalhe um projeto onde possa vir um médio para minha cidade, estamos falando em saúde, existem pessoas morrendo.Uma vida contem valor inestimavel, quem pode afirmar com toda a certeza que o rapaz que sofre o acidente de moto e por nao medico venha a morrer nao poderia ser o novo Abilio Diniz.

    Os médicos tem todo o direito de recusar trabalhar no interior por um salario baixo, tem o direito de nao querer trabalhar na periferia, mais nao tem o direito de exigir que o interior continue sem médicos.

    Compreendo e apoio a categoria médica, vocês precisam ser melhor remunerados, precisam de jornadas de trabalho menores. Assim como os Policiais, os Bombeiros, entre outras categorias.

    Mas enquanto vocês gritam palavras de ordem o povo acorda 3 da manha pra entrar numa fila pra talvez ser atendido por um médico descontente. Eu não me importaria em ser atendido por um médico de outro país desde que esse seja submetido a nossa legislação e ao exame de eficência da categoria.

    1. Rodrigo, é exatamente isso. Como médico, acho que trazer médicos de fora é possível, desde que se atenda a critérios de revalidação. Mesmo que se tragam ótimos profissionais, esses só darão conta do recado com condições adequadas de trabalho e só se fixarão no interior com uma carreira decente, com possibilidades de evolução, atualização e salários dignos.

      1. A revalidação de diploma é muitas vezes um mero instrumento de evitar a concorrência de mão-de-obra. Isto não é invenção de brasileiro: Muitos engenheiros norte-americanos não passam na prova de revalidação de diploma que eles mesmos impoem aos engenheiros estrangeiros.

        Eu acho que é melhor um médico mediocre, que não passa nos critérios de revalidação do Brasil, que nenhum médico, a situação atual em diversos municípios do nosso país

        1. Essa história de achar que é melhor um médico medíocre do que nenhum médico é válida desde que não seja vc o paciente dele, né?

          1. Exato. Desde que eu ou meus famiares não sejamos os pacientes, tudo bem. Quanto mais barato, melhor, não é?

          2. Newton esta posição não podemos compartilhar meu caro.

            Pode ser que o exame de revalidação do diploma possa sim cortar muitos profissionais …. e por acaso não é isso que é feito pela OAB desde sua criação ? não é o que foi feito por anos pelo CRC ?

            Estamos falando em Saúde meu caro, reforço a posição de rafernandes e fabio regatieri …. você pensou na possibilidade de um médico mandar fazer um cirurgia na sua perna sem a real necessidade ? e ou acabar te deixando com alguma sequela ?

        2. Sr. Newton
          Sou absolutamente contra qualquer tipo de corporativismo, porém, creio que aceitar atendimento de “profissionais” mal preparados pode criar situações muito complicadas p/ o futuro próximo. Seja médicos , engenheiros ou qualquer outro profissional….

          1. Newton, a prova de revalidacao é fácil… Se os caras não passam nela, não podem ser chamados de médicos…

  6. É uma forma de ver o problema. Acho que os médicos não têm uma estratégia de marketing para colocar as prioridades que realmente são as causas dessa revolta da classe: condições de trabalho, plano de carreira e revalidação justa do diploma dos estrangeiros. Quanto a esse último tópico, faltou mencionar que os citados países usam critérios rigorosos de seleção a fim de trazer os melhores profissionais, como dito, a custo zero.

  7. Kanitz,

    Embora eu até possa dar razão a vc, a realidade é que tanto vc como a classe médica apontam razões secundárias para a questão. A realidade – tomando-se como exemplo o ocorrido na Venezuela – é que esses médicos cubanos são 10% médicos e 90% agentes políticos. E, por essa razão, não devem vir.

  8. Moro no Canada. Realmente aqui ha medicos de todos os lugares, mas digo uma coisa, geralmente os medico importados sao muito ruins, principalmente os Indianos. Acho que so os indianos se consultam com medicos indianos.
    Luciano.

  9. Kanitz, é por isso que você está cada vez mais no ostracismo. Quer dizer então que se eu sou um médico que estudei na India e QUISER dar uma vida melhor à minha família, é errado eu aceitar um visto de trabalho na Inglaterra? Se eu não tive oportunidade de ir estudar na Inglaterra, e acabei tendo que estudar medicina em uma faculdade menos conceituada da India, mas ainda assim consegui um visto de trabalho na Inglaterra, eu não deveria ir por estar corroborando com um roubo de talentos em um país que precisa mais? Então eu além de médico sou um trabalhador que deve serviços mal pagos em meu país simplesmente porque o meu país precisa mais do que o país onde eu consigo dar uma vida melhor para minha família? Que opinião horripilante vindo de uma pessoa que eu ainda tinha um mínimo de respeito. Ei você, médico indiano, cubano, brasileiro. conforme-se a viver o resto da vida em seus países pois os miseráveis destes necessitam mais de vocês. É a velha máxima de cada um de acordo com sua capacidade a cada um de acordo com sua necessidade. Acho que vou jogar fogo em uns livros seus que ainda tenho em casa..

    1. Se você pagou seus estudos numa escola privada, você tem toda razão. Em Cuba, Brasil etc o ensino é estatizado, quem paga é o povo brasileiro, o você já esqueceu.
      Além do mais, começar um raciocínio atacando o oponente de estar no ostracismo é um atraso intelectual ‘argumentum ad hominem”.
      Favor queime os meus livros sim.

  10. Senhor não sei quem…

    Discordo totalmente da sua posição, até porque os médicos cubanos que estão vindo para o Brasil, são na grande maioria brasileiros exportados para Cuba justamente para aprender a medicina de guerrilha e ao voltar, atuar no campo para manter o projeto do PT.
    Sinceramente acho o seu artigo tendenciosamente a um apoio disfarçado ao projeto do governo Dilma de importar médicos de Cuba! Não temos falta de médicos no Brasil, temos falta de infraestrutura adequada, principalmente nas cidades do interior onde se pretende que esses médicos atuem!
    Ademais, acho que seu artigo não dá muita clareza ao tratar do custo zero, pois cada médico custará aos cofres da união 10 mil reais por mês, enquanto nossos profissionais recebem em média, R$ 3.500,00. Sim eles foram formados nas faculdades de seus países de origem, no entanto, em Cuba nada é de graça pois pagasse de algum modo e nos demais países citados, o ensino ou é pago pelo próprio estudante ou mesmo em se tratando de ensino público, impostos são pagos justamente nessa direção e finalidade. O cidadão é livre (menos em Cuba e na China) para ir e vir livremente, certo?
    Eu não tenho a menor dúvida de que nosso médicos recém formados iriam atuar de bom grado nesses municípios, desde que houvesse seriedade no trato da saúde pública, desde que houvesse seriedade no trato da pessoa humana, desde que houvesse seriedade nas condições de trabalho oferecidas, ao menos, hospitais aparelhados e mantidos em condições de uso pelo estado e ou município!
    Nossos médicos são em geral pessoas éticas, responsáveis, honestas, dedicadas e estudaram arduamente para exercer uma profissão que ao contrário de status, gera sérios conflitos de ordem emocional, principalmente em se tratando de Brasil.
    Quanto as Associações de que trata o artigo, sinceramente, ou o senhor não sei quem não têm observado a orientação dada pelo PT de “ocupem tudo, assumam tudo” em todas as classes profissionais e de estudantes, como meio de se manter para sempre no poder, ou realmente defende esse absurdo do Programa mais Médicos do PT!

  11. Discordo totalmente da sua posição, até porque os médicos cubanos que estão vindo para o Brasil, são na grande maioria brasileiros exportados para Cuba justamente para aprender a medicina de guerrilha e ao voltar, atuar no campo para manter o projeto do PT.
    Sinceramente acho o seu artigo tendenciosamente a um apoio disfarçado ao projeto do governo Dilma de importar médicos de Cuba! Não temos falta de médicos no Brasil, temos falta de infraestrutura adequada, principalmente nas cidades do interior onde se pretende que esses médicos atuem!
    Ademais, acho que seu artigo não dá muita clareza ao tratar do custo zero, pois cada médico custará aos cofres da união 10 mil reais por mês, enquanto nossos profissionais recebem em média, R$ 3.500,00. Sim eles foram formados nas faculdades de seus países de origem, no entanto, em Cuba nada é de graça pois paga-se por tudo que se recebe de algum modo e nos demais países citados, o ensino ou é pago pelo próprio estudante ou mesmo em se tratando de ensino público, impostos são pagos justamente nessa direção e finalidade, de custear investimento que se reverte em prol da sociedade. O cidadão é livre (menos em Cuba, China, Venezuela e alguns outros países) para ir e vir livremente, certo?
    Eu não tenho a menor dúvida de que nossos médicos recém formados iriam atuar de bom grado nesses municípios, desde que houvesse seriedade no trato da saúde pública, desde que houvesse seriedade no trato da pessoa humana, desde que houvesse seriedade nas condições de trabalho oferecidas, ao menos, hospitais aparelhados e mantidos em condições de uso pelo estado e ou município!
    Nossos médicos são em geral pessoas éticas, responsáveis, honestas, dedicadas e estudaram arduamente para exercer uma profissão que ao contrário de status, gera sérios conflitos de ordem emocional, principalmente em se tratando de atendimento público no Brasil. Os médicos são sempre os responsáveis por tudo de ruim que acontece nos hospitais!
    Quanto as Associações de que trata o artigo, sinceramente, ou o senhor não têm observado a orientação dada pelo PT de “ocupem tudo, assumam tudo” em todas as classes profissionais e de estudantes, como meio de se manter para sempre no poder, ou realmente defende esse absurdo do Programa mais Médicos do PT!

    Finalizando, concordo que a classe médica deveria ser mais próxima da sociedade e participar mais ativamente dos movimentos populares que estão eclodindo por todas as cidades, mas, nesse caso, quem iria atender nossos manifestantes espancados pela Polícia a mando dos governantes, nos hospitais públicos abarrotados de gente?
    Não sei se o senhor conhece bem a realidade brasileira, por exemplo, Sírio Libanês é coisa disponível apenas para autoridades, políticos, celebridades e todo tipo de gente que não vale nada! Gente comum nunca se viu por lá, exceto na hora de reportagens e propagandas de governo!

  12. Médico não pensa; só prescreve remédios, que os laboratórios lhes recomendam e lhes pagam as devidas comissões. Ninguém está no negócio da saúde, mas de tomar a nossa grana, simplesmente.

    1. Sr. Antonio Carlos. Nenhuma profissão é feita só de monstros ou só de santos. Na Medicina como na política, como na justiça, como na engenharia existem pessoas de caráter duvidoso como pessoas éticas e responsáveis. Médico não vive de comissões. Na grande maioria médico vive do trabalho suado e mau remunerado. Médico vive de plantões, vive sem hora de comer, de dormir, sem direito a sábados, domingos e feriados. Médico vive sem ter direito de dar assistência e carinho a sua família. Assim que vive a grande maioria dos médicos brasileiros. Sem emprego fixo, com contratações precárias sem direito a férias, décimo terceiro salário e sem direito a adoecer, pois se parar de trabalhar não tem dinheiro para comprar nem ao menos a comida para o próprio filho.

      1. Reconheço ter carregado nas tintas ao fazer meu comentário e peço desculpas, mas tenho motivos de sobra para tal atitude. Entretanto, por favor, não se limite a dizer o óbvio (há bons e maus em toda parte) e nem sentimentalize ao descrever a vida dos médicos. Essa rotina de coitados não combina com a categoria como um todo. Não se esqueça de que eles fizeram uma escolha (assim espero). A realidade diz que – sinto insistir e lamento – esse tipo de profissional geralmente pertence a um grupo academicamente mal formado, mal informado e desatualizado; isto para não falar de estudantes que usaram anfetaminas durante todo o curso, usaram baseado com certa frequência e, pasme, usaram cocaína na residência médica por vários motivos, inclusive para se manter em alerta nos plantões. Fui universitário e sei o que digo. Não generalizo, claro, mas é uma verdade bem inconveniente, dura de conviver com ela. Esta arenga começou aqui por causa do corporativismo da classe ‘sofredora’ que tem pavor da concorrência externa; não deveriam ter. Aqui em minha cidade, no interior de Minas, há vagas para médicos com ganhos próximos a 10 mil reais; só que ninguém se habilita. Onde estão os coitadinhos, que lutam pela comida do filho? Não é por aí, também não. Eu mesmo já fui atendido por médicos ‘importados’: do Chile e, pasme, da Nigéria. No PS de Itapecerica da Serra, SP. O diagnóstico do africano, sem qualquer exame mecânico, acertou o problema mesmo indo contra a opinião dos outros colegas. Concluindo: o coitado – este, sim! – do paciente, Zé povão, não quer saber deste debate; quer atendimento mínimo e digno na hora crítica da dor. A questão toda não é contra médicos, mas contra o mau atendimento a pacientes pagadores de impostos, que precisam de atendimento do sistema.

        1. Sr. Antonio Carlos

          Não estou sentimentalizando a vida do médico, nem tão pouco descrevendo a rotina de um coitadinho. Eu simplesmente descrevi o dia a dia da grande maioria dos médicos brasileiros. Fazendo uma comparação popular. Não é todo jogador de futebol que tem a oportunidade de jogar na seleção brasileira ou no time do Barcelona. Não é todo jogador de futebol que tem a chance de freqüentar o centro de treinamento do Corinthias, do São Paulo ou do Milan, tão pouco do Chelsea. A grande maioria dos jogadores de futebol ganham salário mínimo, viajam de ônibus, dormem em beliche nos alojamentos, hospedam-se em pensões e vão para o treino no máximo em um Fiat velho.A vida da grande maioria dos jogadores de futebol brasileiro, é essa descrita aí. O mundo dos sonhos, é vivida apenas por poucos.
          Me desculpe no que vou falar. Eu também fui universitária, se não fosse, eu hoje não seria médica. Mas acho que tive a felicidade de conviver com pessoal com melhor formação ética e moral, pois nunca convivi com uma maioria de usuário de anfetamina, baseado e cocaína como o Sr. relata. Quando muito, muita Coca Cola e cafezinhos para poder virar a noite estudando. Ninguém fez escolha de fazer um curso com a maior carga horária curricular do Brasil (7.200hs), sacrificar os melhores momentos da sua adolescência e juventude estudando, enquanto os outros adolescentes e jovens estavam indo a praia, baladas, viagens…, para depois de 6 anos de faculdade, 2 a 5 anos de Residencia médica, e talvez mais 2 de mestrado e 4 de doutorado, e trabalhar em um posto de saúde ou um hospital sem a menor condição tecnica e de dignidade para atender um ser humano. Nenhum ser humano em sã consciência fará opção de passar de 10 a 16 anos da sua juventude de renuncias, para depois disso aceitar a trabalhar por um salário de R$ 3.500,00 sem um plano de cargos e salários, através de vínculos precários, sem estabilidade no emprego, ao bel prazer dos caprichos dos políticos locais. O Sr. pode achar que é demagogia, mas não é. Um médico é treinado para diagnosticar, tratar e curar. Ou então para amenizar sofrimentos através de técnicas paliativas. Nenhum médico é preparado para conviver com o descaso que os governos brasileiros tratam a saúde pública brasileira. Talvez seja por isso que alguns moralmente mais fracos passem a ser usuários de drogas e até mesmo chegam ao suicídio.
          Maria do Socorro

          Enviado via iPhone

          Em 19/08/2013, às 22:15, “Disqus” escreveu:

          1. Sua comparação com jogador de futebol não foi feliz. São dois mundos bem diferentes; um, só precisa ter um talento nato e jogar bem; o outro, tem que usar a inteligência para ser muito bom e saber criar oportunidades para sua futura posição profissional. Entendo que a carreira de um bom médico tem que ser planejada pelo indivíduo e construída quando ainda na faculdade. Deixar isso ao fator sorte/oportunidade é o que pode estar causando toda essa distorção. Definitivamente, este é um assunto para debate ao vivo; sem chance para este tipo de mídia.

  13. Kanitz, quero registrar meu ponto de vista. amadureceu o assunto sobre filhinhos de papai fazer USP e ao estar formado abrir consultorio na av. paulista.
    esses pessoal precisa repor ao povo brasileiro o q consumiram na USP por cinco ou mais anos de graça. ou melhor, de graça nao: os brasileiros classe F, E, e D pagaram impostos como a classe A para q tivessem sucesso na vida mas sua assistencia medica nao tem nivel . medicina nao eh humanismo tb.

    1. Avenida Paulista não é bom lugar pra consultório. A gente da USP prefere perto de grandes hospitais. Mas de qualquer forma, com toda matéria do Kanitz, ele só esqueceu de dizer que os 25% de médicos formados no exterior e que trabalham nos Estados Unidos se submetem ao USMLE, prova dificil e que permite que o médico estrangeiro possa atuar lá, atuar não, começar a residencia médica, para depois poder trabalhar. Mas em nossa turma que se forma este ano, somos 15% aproximadamente prestando este exame para deixar o país para os cubanos e seja lá quem estiver interessado. O jornalista Ivan Lessa ja dizia em resposta ao slogan da ditadura: Brasil, ame-o ou deixe-o: o ultimo que sair, apague a luz do aeroporto.

    2. Sr. Durvalino. Brasileiro nenhum precisa repor nada ao governo. A carga tributária do Brasil já é uma das maiores do mundo. Quem tem que repor é o governo para povo brasileiro, atrás de educação, saúde e segurança de qualidade

  14. São pontos de vistas diferentes, sempre temos várias formas de analisar o problema e acho que isto é claramente incentivado neste blog.
    Discordo de quem diz que no Brasil não falta médico, pois tanto falta que qualquer pessoa que faça um curso bom ou ruim de medicina e mesmo sem fazer especialização acaba empregado para ganhar salários incompatíveis com qualquer outra profissão. Infelizmente um péssimo médico em nosso país pode acabar ganhando 10, 15 mil por mês e acabando com famílias.
    Basta um pai ter condições de pagar uma faculdade que teremos novos médicos, sejam eles bons ou não! Mas é fato também que cada dia mais no Brasil, um país de faz de conta as faculdades públicas são ocupadas por quem teve condições, desde novo de estar nas melhores escolas e com tempo para estudar!
    Os problema são vários, e os pontos de vista também, não temos um lado pleno de certeza e retidão neste caso!

  15. Sr Kanitz e demais colegas,

    Ao ler o artigo e respectivos comentários fico ainda mais intrigada.
    Dilma agora tb quer importar engenheiros para agilizar obras atrasadas.

    Importar mão-de-obra qualificada é questão de urgência para disfarçar a ineficiência dos serviços públicos de saúde e educação no Brasil em tempo de reeleição.
    Embora economista e NÃO administradora – meu lado cientista social cuja matéria faz parte da grade curricular do curso de Ciências Econômicas – acho injusto tirar médicos de países subdesenvolvidos. Contudo, vivemos numa economia de livre mercado, na qual cada profissional decide onde quer trabalhar, onde todas as ações econômicas e individuais devem ser respeitadas. MAS, o Estado tem o papel de regulamentação e fiscalização da economia e deveria atender setores prioritários como: educação e saúde. Investir em educação e criar regras para assegurar o retorno do investimento. Ex: custou ao Governo US$100.000 para treinar um médico, então este médico deverá prestar X horas de trabalho no SUS. E oferecer condições de trabalho JUSTAS tanto para médicos estrangeiros quanto para médicos brasileiros.
    O que me intriga? Este fluxo de profissionais para longe de sua terra natal e de seus familiares num momento em que falamos de sustentabilidade e soluções logísticas regionais.

    Em tempo: Sr Kanitz me incomoda quando o senhor coloca o administrador num patamar superior aos demais profissionais. Somos igualmente capazes e possuímos conhecimentos complementares cuja soma pode ser vantajosa para sociedade. Não acha?

    1. Que isso valha para todos os formados em universidades públicas, não somente médicos. Professores de educação física deveriam exercitar a comunidade, os bacharéis em direito advogar de graca pelo povo, os formados em letras ensinarem os analfabetos de graca, os jornalistas criando reportagens de graca, os administradores ajudando na gestão pública para pagar o ensino.

  16. Uma ressalva: não creio que os países de primeiro mundo recebam os médicos de fora a custo zero. Conheço brasileiros que vão para os EUA trabalhar como médicos porque lá tem acesso à tecnologia mais avançada e outros porque recebem propostas que mesmo não sendo financeiramente tão atraentes lhes permitem viver em um país de primeiro mundo, onde tem segurança, escolas e transporte de qualidade. O custo disso não é zero e pesou na escolha deles.

  17. a OMS recomenda 2,7 médicos pra cada 1.000 habitantes
    o Brasil atualmente está abaixo dessa média
    o Brasil só está importando médicos de países que estejam acima dessa média.

    ou seja, nada de anti ético por aqui. até porque os países receberão uma compensação financeira.

  18. Se houvesse o mínimo de ética nesse país, não estaríamos em situação tem deprimente. Por óbvio, Cuba por exemplo poderia usar parte dessa grana para atender outras necessidades mais urgentes do seu povo. O próprio Padilha é exemplar do que acontece por essas bandas. Nunca faltou lugares pobres para esse ir morar e cuidar da saúde do povo, mas nem mesmo nos grandes centros quis continuar como médico, pois não é besta, política rende muito mais

  19. Caos na saúde em pouco tempo. Quem viver, verá!
    Irei dar minha opinião pessoal: muitos acusam os médicos de corporativismo, mas na realidade, a atual situação da medicina (não dá saúde) é justamente a falta de corporativismo. Enquanto houverem profissionais dispostos a receber do governo R$ 10,00 por consulta especializada, leia-se mínimo de 9 anos de formação, a classe média nunca poderá ser chamada de corporativa, mafiosa, etc…

  20. Olá,

    Tenho 38 anos, sou médico e ganho 40.000,00 ao mês.
    Trabalho apenas com a saúde suplementar e privada. Sem emprego fixo.
    Trabalho em um dos TOP 5 hospitais do país.
    Fiz toda minha formação privada.
    Com especialização na Inglaterra e Estados Unidos.

    Irei abandonar o Brasil.

    Receberei menos e descerei muito na escala social.
    Hoje a medicina do Brasil, na saúde suplementar, é um reflexo da saúde pública. Para fazer uma medicina excelente deve-se “matar um leão ao dia”. Sem falar na péssima qualidade dos profissionais de apoio. A qualidade é nivelada por baixo em TODA a medicina. Não importa o dinheiro ou a importância que uma pessoa possa ter, pois ela será vítima da infra estrutura nivelada por baixo, seja em um caso de emergência (acidente) seja em um procedimento eletivo.

    Vou sair do país pela violência que estamos passando…
    Vou sair para um futuro melhor para meus filhos…
    Vou sair do país, pois a situação vai piorar MUITO.
    Vou sair do país como muitos colegas médicos estão fazendo.
    O país está expulsando seus talentos.

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